-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: 2008

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

FELIZ 2009


Um Ano Novo vai chegar a esta estação.
Se não puder ser o maquinista,
seja o seu mais divertido passageiro.
Procure um lugar próximo à janela desfrute cada uma das paisagens que o tempo lhe oferecer, com o prazer de quem realiza a primeira viagem.
Não se assuste com os abismos, nem com as curvas que não lhe deixam ver os caminhos que estão por vir.
Procure curtir a viagem da vida, observando cada arbusto, cada riacho, beirais de estrada e tons mutantes de paisagem. Desdobre o mapa e planeje roteiros.
Preste atenção em cada ponto de parada, e fique atento ao apito da partida. E quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou não hesite.
Desembarque nela os seus sonhos…
Desejo que a sua viagem pelos dias desse novo ano seja de PRIMEIRA CLASSE !!!!!
Autoria : desconhecida

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Deus Menino veio fazer morada entre nós.


O sinal é a estrela
O cenário é o estábulo
O motivo é comunicar seu amor à humanidade
O presente é Jesus
A certeza é que Deus, o Emanuel, está conosco
O momento é de alegria
O grito é de compromisso
Que a estrela de Belém continue
a brilhar.e que o menino Jesus motive você a
participar da construção da nova humanidade.
Que ele aponte o caminho da Boa Nova da Salvação,
para promover a paz, justiça e solidariedade.

Feliz Natal

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Celebrando o Natal


O melhor jeito de celebrar o Natal é SER NATAL, atendendo às principais necessidades das pessoas que Deus colocou em seu caminho. Nosso querido São Francisco, criador do presépio, resume com perfeição: que você seja instrumento de paz. Eu até diria ‘ferramenta’ de PAZ em ambientes de guerra fria ou declarada.

Onde rasteja o ódio e as suas conseqüências, que você seja o AMOR. Que você seja o promotor do PERDÃO, onde existe inimizade, mágoa ou ressentimento. Onde reina a discórdia, que você seja o elo de UNIÃO.

Neste mundo de dúvidas e questionamentos, que você derrame a sua FÉ. Entre tanto engano e falsidade, que você seja a VERDADE. Em meio a tanta angústia e desespero, que você promova a ESPERANÇA. Que você, de olhos abertos para a realidade, seja a própria ALEGRIA no meio de tanto sofrimento e tristeza.

Que você seja a LUZ onde as trevas imperam. E como é dando que se recebe, se você for NATAL para tanta gente, você viverá um verdadeiro FELIZ NATAL.

Pe. Jonas Abib

QUANDO O SOFRIMENTO BATER EM SUA PORTA



Sofremos demais por aquilo que é de menos
Sofrer é como experimentar as inadequações da vida. Elas estão por toda parte. São geradas pelas nossas escolhas, mas também pelos condicionamentos dos quais somos vítimas.
Sofrimento é destino inevitável, porque é fruto do processo que nos torna humanos. O grande desafio é saber identificar o sofrimento que vale a pena ser sofrido.
Perdemos boa parte da vida com sofrimentos desnecessários, resultados de nossos desajustes, precariedades e falta de sabedoria. São os sofrimentos que nascem de nossa acomodação, quando, por força do hábito, nos acostumamos com o que temos de pior em nós mesmos.
Perdemos a oportunidade de saborear a vida só porque não aprendemos a ciência de administrar os problemas que nos afetam. Invertemos a ordem e a importância das coisas. Sofremos demais por aquilo que é de menos. E sofremos de menos por aquilo que seria realmente importante sofrer um pouco mais.
Sofrer é o mesmo que purificar. Só conhecemos verdadeiramente a essência das coisas à medida que as purificamos. O mesmo acontece na nossa vida. Nossos valores mais essenciais só serão conhecidos por nós mesmos se os submetermos ao processo da purificação.
Talvez, assim, descubramos um jeito de reconhecer as realidades que são essenciais em nossa vida. É só desvendarmos e elencarmos os maiores sofrimentos que já enfrentamos e quais foram os frutos que deles nasceram. Nossos maiores sofrimentos, os mais agudos. Por isso se transformam em valores.
O sofrimento parece conferir um selo de qualidade à vida, porque tem o dom de revesti-la de sacralidade, de retirá-la do comum e elevá-la à condição de sacrifício.
Sacrifício e sofrimento são faces de uma mesma realidade. O sofrimento pode ser também reconhecido como sacrifício, e sacrificar é ato de retirar do lugar comum, tornar sagrado, fazer santo. Essa é a mística cristã a respeito do sofrimento humano. Não há nada nesta vida, por mais trágico que possa nos parecer, que não esteja prenhe de motivos e ensinamentos que nos tornarão melhores. Tudo depende da lente que usamos para enxergar o que nos acontece. Tudo depende do que deixaremos demorar em nós.
Spinoza escreveu: “Percebi que todas as coisas que temia e receava só continham algo de bom ou de mau na medida em que o ânimo se deixava afetar por elas”. O filósofo tem razão. A alegria ou a tristeza só poderão continuar dentro de nós à medida que nos deixamos afetar por suas causas. É questão de escolha. Dura, eu sei. Difícil, reconheço. Mas ninguém nos prometeu que seria fácil.
Se hoje a vida lhe apresenta motivos para sofrer, ouse olhá-los de uma forma diferente. Não aceite todo esse contexto de vida como causa já determinada para o seu fracasso. Não, não precisa ser assim.
Deixe-se afetar de um jeito novo por tudo isso que já parece tão velho. Sofrimentos não precisam ser estados definitivos. Eles podem ser apenas pontes, locais de travessia. Daqui a pouco você já estará do outro lado; modificado, amadurecido.
Certa vez, um velho sábio disse ao seu aluno que, ao longo de sua vida, ele descobriu ter dentro de si dois cães – um bravo e violento, e o outro manso, muito dócil. Diante daquela pequena história o aluno resolveu perguntar- E qual é o mais forte? O sábio respondeu – O que eu alimentar. O mesmo se dará conosco na lida como os sofrimentos da vida. Dentro de nós haverá sempre um embate estabelecido entre problema e solução. Vencerá aquele que nós decidirmos alimentar...
Pe.Fábio de Melo

domingo, 16 de novembro de 2008

A FORÇA E A TERNURA DO AMOR DO SALVADOR POR NÓS

Das alturas da visão de Deus, o amor de Cristo desce em nossas almas e, nesse amor de Jesus por nós, encontramos, unidas, características tão diferentes: a mais profunda ternura e a força mais heróica.
A terna misericórdia do Salvador para com as almas não se desmente em nenhum instante, apesar de todas as ingratidões, contradições e ódios que Ele encontrou em Seu caminho.
Quanto a nós, temos facilmente uma terna afeição a raras pessoas da família ou a um amigo: mas quase sempre essa ternura é inteiramente sensível, superficial; não chega até a alma daqueles que amamos. Rezamos muito por eles? — Além do mais, essa afeição é freqüentemente tão estreita quanto superficial: nós a reservamos para alguns íntimos; como ela é fraca, perderia sua relativa intensidade se se espalhasse. Nosso coração é pobre, avaro em sua afeição: os indiferentes ficam de fora, e com maior razão os que nos ofenderam, feriram; somos até duros com eles e, às vezes, impiedosos.
A ternura sobrenatural de Cristo pelas almas é profunda, porque visa primeiro a alma, desejando-lhes a vida eterna; e ao mesmo tempo ela é universal, imensa, se estendendo a todos.
Jesus é, como Ele afirma, o Pastor das almas; todas podem tornar-se ovelhas de seu rebanho. Ele as conhece todas, chama-as nominatim, cada um por seu nome [1], protege-as contra o inimigo, inquieta-se pelas ausentes, corre à procura delas e carrega-as em seus ombros.
Um dos maiores sinais de sua vinda é este: "Os pobres são evangelizados" [2]. Eles têm, como as crianças, um lugar especial em sua afeição. Ele não teme comprometer Sua dignidade ao admiti-los perto de si; expõe-lhes com bondade a doutrina da salvação e até os serve. É entre os pobres e os humildes que escolhe seus apóstolos; na Quinta-Feira Santa se humilha diante deles, lava e beija seus pés para fazê-los entender melhor o preceito do amor fraternal. Cor Jesu, deliciae Sanctorum omnium, miserere nobis.
O que diz Ele aos pecadores? — "Vinde a mim todos os que estão fatigados e vos achais carregados, e eu vos aliviarei" (Mt. 11, 28). Ele tem piedade da grande miséria para onde o pecado os conduziu; leva-os ao arrependimento sem julgá-los com severidade. Ele é o pai do pródigo, abraça o filho infeliz por sua falta; perdoa a mulher adúltera que os homens se apressavam a lapidar; recebe Madalena arrependida, abre-lhe imediatamente o mistério de Sua vida íntima; fala da vida eterna à samaritana apesar de sua conduta; promete de imediato o céu ao bom ladrão. Realmente se realizam n'Ele as palavras de Isaías: "Ele não quebrará a cana rachada, nem apagará a mecha que ainda fumega." [3]
Ele sem dúvida repreende com muita veemência os fariseus que se obstinam em seu orgulho; mas é porque quer preservar as almas, afastá-las de sua influência, e também quer dar aos fariseus uma última advertência, que ainda os salvaria se eles não se endurecessem em seu orgulho. Advertindo-os assim, Jesus ainda os ama; até lhes dá uma graça que torna para eles realmente possível o cumprimento do dever.
Esse amor de Cristo não perde sua ternura, estendendo-se a todas as almas; ele abraça todas as nações e todos os tempos. Nosso Senhor tem sem dúvida suas preferências por um São João, por Zaqueu, pelo bom ladrão, mas permanece aberto a todos. "Ele morreu por todos os homens", diz São Paulo (II Cor. V, 14-15). Muitos se afastaram d'Ele, mas Ele não repele ninguém. E quando nos afastamos, Ele intercede pelos ingratos como rezou por seus algozes. É o grau supremo da bondade e da doçura na humildade. Ele diz a Pedro que deve-se "perdoar setenta vezes sete vezes", isto é, sempre, e Ele é o primeiro a fazê-lo.
Ao mesmo tempo, esse amor de Jesus por nós é de uma força que faz de seu coração o maior de todos. Cor Jesu, rex et centrum omnium cordium, miserere nobis.
Essa força, essa generosidade de seu amor por nós se manifesta cada vez mais desde o presépio até a Cruz. "Ele me amou, diz São Paulo, até se entregar por mim" [4], e cada um de nós pode dizer o mesmo. Os incrédulos só querem ver no Cristo moribundo um grande homem esmagado por mediocridades ciumentas. Ele é infinitamente mais: é a vítima voluntária que se ofereceu para nos salvar. "Ninguém tem maior amor que aquele que dá a sua vida por seus amigos." (Jo XV, 13)
Almas generosas se oferecem, às vezes, como vítimas para obter a conversão de um pecador, ou abreviar os sofrimentos do purgatório de um ente muito querido. Jesus se ofereceu como vítima por milhares de almas, por todos sem exceção e por cada uma em particular; e nenhum adulto está privado do benefício da redenção a não ser por orgulho ou para satisfazer sua concupiscência. Jesus suportou a pena que cabia a cada um de nós. Ele sofreu o pecado na medida de Seu amor por Deus, a quem o pecado ofende, e na medida de seu amor por nossas almas, que o pecado destrói e faz morrer. Cor Jesu, attritum propter scelera nostra, miserere nobis: Coração de Jesus, contristado por nossos pecados, tende piedade de nós. O coração doloroso e imaculado de Maria esteve intimamente associado a essa heróica oblação e nos ajuda a penetrar seu ministério.
Ninguém nos amou e ninguém nos amará nunca como Cristo. Eis porque, quando os fiéis de Corinto estavam divididos, um dizendo: Eu sou de Paulo! e outro: E eu de Apollo! — E eu de Cefas! — E eu de Cristo! São Paulo lhes escreveu: "Foi Paulo quem foi crucificado por vós?" (I Cor 1, 13)
Jesus quis para si no Getsêmani o amargo cálice de expiação de todos os pecados, todas as imundices reunidas, para nos dar o cálice de Seu Precioso Sangue, que é elevado todos os dias sobre o altar. Esses dois cálices representam toda a história do mundo e das almas, são como os dois pratos da balança do bem e do mal, e é o bem que pesa mais; o Precioso Sangue pode apagar todos os crimes se imploramos o perdão.
Com sua vitória sobre o pecado obtida na Cruz, Jesus é a fonte da vida e da santidade, fonte de toda consolação, salvação dos que n'Ele esperam, esperança dos moribundos, delícia dos santos, como diz a ladainha do Sagrado Coração. Ele nos deixou enfim a Eucaristia para ficar conosco até o fim do mundo e se dar como alimento a cada um de nós em particular.
Ele diz a Seus amigos privilegiados seguidores de Seu exemplo: "O que deixa a chaga de Meu coração aberta é Meu amor. Quero provar às almas que Meu coração não se fecha. Ao contrário, Meu maior desejo é que as almas entrem por essa chaga de Meu coração, abismo de caridade e misericórdia. É só nesse coração de um Deus que elas encontrarão o remédio para abrandar seus sofrimentos e fortificar sua fraqueza. Que elas Me estendam a mão. Eu mesmo as conduzirei até lá."
Continuamos sendo egoístas, porque nosso amor é fraco demais, pobre demais, estreito demais, e miseravelmente se volta para nós próprios. O coração de Cristo dilatará os nossos, ensinando-nos a amar sobre todas as coisas a glória de Deus e a salvação das almas.
Por que nos deixamos levar pelo ciúme, pela inveja? Porque nosso amor não se eleva suficientemente até o Bem Supremo que todos nós podemos possuir juntos sem nos atrapalharmos uns aos outros.
Em vez de nos deixar levar pelo ciúme, agradeçamos antes ao Senhor por ter dado ao nosso próximo qualidades que não temos e alegremo-nos como a mão aproveita do que os olhos vêem.
Por que somos fracos? Porque não amamos o suficiente, porque nosso coração é frio; porque contamos somente com nossas forças cuja enfermidade é manifesta, e porque não contamos suficientemente com o Coração de Jesus, com Seu amor por nós.
O Coração do Salvador pode e quer nos dar essas santas energias, as da confiança e do amor que inspira a adoração, a ação de graças e a reparação, colocando acima de tudo a glória de Deus.
Cor Jesu, de cuius plenitudine omnes nos accepimus, miserere nobis. Vamos ao Pai, por Ele, com Ele e n'Ele.
Garrigou-Lagrange O.P
(PERMANÊNCIA nos. 214-215; trad. de "Le Sauveur et son Amour por nous", E. Cèdre, Paris, 1951, p. 222 ss.)

sábado, 15 de novembro de 2008

A Predestinação de Maria segundo Maria de Ágreda (IV)


Numa quarta etapa ficou estabelecido que a humanidade do Verbo receberia todas as graças e que a santidade, a sabedoria, a beatitude e a glória divina afluiriam em sua alma tanto quanto esta fosse capaz de recebê-las. A este decreto alia-se, em segundo lugar, por uma conseqüência necessária, a predestinação da Mãe do Verbo encarnado. Ela foi concebida no pensamento divino como a primeira de todas as criaturas, e, imediatamente, derramou-se sobre ela o rio da Divindade e de Seus atributos, tanto quanto requeria a sua dignidade de Mãe e tanto quanto ela fosse capaz de recebê-las.

Bem-aventurada Maria de Ágreda, A Cidade Mística ou Vida Divina da Santíssima Virgem Maria (Primeira Parte, capítulo 1)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Erros e acertos


... a experiência dos erros, ela é tão importante quanto a experiência dos acertos.Porque vistos de um jeito certo, os erros, eles nos preparam para nossas vitórias e conquistas futuras, porque não há aprendizado na vida que não passe pela experiência dos erros... os erros não precisam ser fontes de castigos. Erros podem ser fontes de virtudes... o erro tem que estar a serviço do aprendizado, ele não tem que ser fonte de culpas, de vergonhas, nenhum ser humano pode ser verdadeiramente grande, sem que seja capaz de reconhecer os erros que cometeu na vida.Uma coisa é a gente se arrepender do que fez, outra coisa é a gente se sentir culpado.Culpas nos paralisam, arrependimentos não, eles nos lançam pra frente e nos ajudam a corrigir os erros cometidos... Deus nos pemite os erros pra que a gente aprenda a fazer do jeito certo. Você tem errado muito? Não importa, aceite de Deus esta nova página de vida, que tem o nome de 'hoje'... Quando os erros são demais, vire a página.

A predestinação de Maria segundo Maria de Ágreda (III)




Ficou decidido, inicialmente, que o Verbo Divino se uniria a uma alma e a um corpo; em seguida, que outros seres seriam feitos à sua imagem e que comporiam a humanidade. Desde então, todos os homens se tornaram presentes no Espírito de Deus. A união hipostática da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, com a natureza humana foi, então, a primeira obra ad extra - exteriorizada -, porque, após o conhecimento e o amor em si mesmos, seria conveniente que Deus conhecesse e amasse o que é mais imediato à sua divindade, como vem a ser a união hipostática, ou seja, que o Verbo humanizado se tornasse o soberano de todas as criaturas e que, por meio d´Ele, sua criação alcançasse Aquele que as criou.

Bem-aventurada Maria de Ágreda, A Cidade Mística ou Vida Divina da Santíssima Virgem Maria (Primeira Parte, capítulo 1)



terça-feira, 11 de novembro de 2008

Maria é o novo mundo, preparado para receber o novo Adão (II)




Maria é uma terra que não foi amaldiçoada como a primeira, aquela terra, fecunda em espinhos e cardos. Sobre ela, ao contrário, desceu a bênção do Senhor e seu fruto é bendito, como cita o divino oráculo. Agora, de posse da bem-aventurada imortalidade, A Santa Virgem ergue para Deus - para a salvação do mundo - as suas mãos, estas que embalaram o próprio Deus... Branca e pura pomba, erguida em seu vôo até o mais alto dos céus, ela não cessa de proteger nosso plano inferior. Ela nos deixou, fisicamente, mas está conosco em espírito; no Céu, a Virgem Santa coloca os demônios em fuga, tendo-se tornado nossa mediadora junto ao Pai. Outrora, a morte, introduzida no mundo por meio de Eva, estreitou-a sob o seu penoso império; hoje, lançando-se sobre a bem-aventurada filha de u´a mãe cheia de culpa, a morte foi expulsa; e sua derrota surgiu de onde, dantes, surgira o seu poder... Ó Virgem, eu vos vejo adormecida e não morta: vós fostes assunta, da Terra ao Céu e, não obstante, não cessais de proteger o gênero humano... Mãe, permanecestes virgem, porque "Ele era Deus, aquele a quem vós destes à luz". Assim atua, igualmente, vossa "morte viva", tão diferente da nossa: somente vós - o que é mais do que justo - tendes o corpo e a alma íntegros, puros, incorruptos.


De São Teodoro Studita Os mais belos textos sobre a Virgem Maria Apresentados por Padre Pie Régamey (1946)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Maria é o novo mundo preparado para receber o novo Adão (I)



Antes de formar o primeiro homem, Deus tinha-lhe preparado o magnífico palácio da criação. Colocado no Paraíso, o homem se deixou expulsar por causa da sua desobediência, e tornou-se, com todos os seus descendentes, presa da corrupção. Mas, Aquele que é rico em misericórdia, teve piedade da obra de Suas próprias Mãos, e decidiu criar um novo céu, uma nova terra, um novo mar para servir de morada ao Incompreensível, desejoso de reformar o gênero humano. O que é este mundo novo, esta nova criação? A bem-aventurada Virgem Maria é o céu que mostra o sol da justiça, a terra que produz o rio da vida, o mar que traz a pérola espiritual... Como este mundo é magnífico! Como esta geração é admirável, com a sua bela vegetação de virtudes, e suas flores odoríficas da virgindade!... O que há de mais puro, de mais irrepreensível que a Virgem Mãe? Deus, luz soberana e imaculada, nela encontrou tantos encantos que se uniu, substancialmente, a ela, por meio da descida do Espírito Santo. Maria é a terra sobre a qual o espinho do pecado não conseguiu sequer florescer. Ao contrário, ela produziu o rebento, por meio do qual, o pecado foi completamente extirpado.

De São Teodoro Studita Os mais belos textos sobre a Virgem Maria Apresentados por Padre Pie Régamey (1946)

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.Amém.

sábado, 8 de novembro de 2008

Os Anjos


Ao se comunicarem diretamente com os nossos corações, os Anjos nos levam a fazer contato com a capacidade que temos de estar eternizados no presente de cada momento. Quando o passado ou o futuro nos desviam a atenção com pensamentos e lembranças que não são mais necessários, eis um momento propício para invocar o Reino Angélico. Os Anjos nos levam a perceber que, qualquer que seja a situação em que nos encontremos, ela só poderá ser vivida com os momentos presentes em nossas vidas. Os Anjos estão sempre prontos para nos ajudar

Aprendendo a Perdoar



Perdoar alivia, diminui o sofrimento e melhora a qualidade de vida.

Perdoar é caminhar através da dor. É aprender a conviver com o imperfeito e aceitar o outro como ele é: um ser humano e não divino, alguém que pode pisar na bola. Pode não cumprir o que se espera dele. Para perdoar é fundamental enxergar o outro como um todo. É preciso separar o erro que foi cometido daquilo que é maior naquela pessoa. Ele cometeu um erro, nao é o erro.
A capacidade de perdoar nao é um talento nato, é uma coisa que você desenvolve ao longo da vida. Quanto mais madura a pessoa é, mais capacidade ela tem de perdoar. As pessoas amadurecidas toleram mais, entendem mais o que é um relacionamento, o que pode esperar da outra pessoa. Quem nunca perdoa com certeza está sofrendo. Deve ter uma série de situações do passado que não conseguiu resolver. Com o tempo, foi ficando dura, inflexível. É preciso se exercitar para manter a capacidade de perdoar.
O perdão é importante para o bem-estar mental, sim. O Perdão tem a ver com qualidade de vida, com estabilidade emocional. Tem gente que não perdoa e continua remoendo a situação por muito tempo, mesmo quando o outro já mudou de vida, ou nem está mais aqui. Essas pessoas colocam no outro a culpa por toda a sua infelicidade. Isso ocorre muito: a pessoa cria um algoz, um sequestrador, alguém que é a causa do seu sofrimento. Se conseguir perdoar sai do cativeiro.
Existem passos para chegar ao perdão. Um dos exercícios mais importantes é se colocar no lugar do outro. No caso de uma traição por exemplo, a mulher pode tentar se colocar no lugar do homem e ver o que aconteceu, pela perspectiva dele. Pode ser que tenha sido um deslize, um impulso, uma outra necessidade que le foi suprir. O que aconteceu pode ter a ver com a história anterior dele com outras relações amorosas, com desejos inconscientes, coisas que às vezes nem o outro entende. Outra coisa importante nesse exercício é perceber como o outro está te vendo. Com certeza você está se sentindo traída, mas é possível que ele também esteja. Entender isso pode ajudar no processo.
Às vezes a pessoa não perdoa porque, quando olha o outro, só enxerga dor. Esse é o problema. Se tudo que ela enxerga no outro é dor, é porque a dor é dela. A atitude do outro pode ter reavivado essa dor, mas o sentimento sempre esteve ali. Existem várias pessoasque puderam perdoar porque localizaram a origem daquela mágoa. Daí entenderam como essa dor chegou e se instalou com tanta força.
Não, não é necessário perdoar sempre. As religiões defendem isso. Mas existe também um compromisso com a vida. A autopreservação é o mais importante. Quem perdoa o tempo todo, sem parar, pode provocar um estado de humilhação prejudicial à sua auto-estima. Antes de mais nada, qualquer pessoa tem que se respeitar como ser humano. Existem coisas impordoáveis, e elas são diferentes para cada pessoa. É preciso respeitar esses limites.
O perdão pode ser só interno ou precisa ser colocado para fora. Existem situações em que é preciso externar o perdão. Se você não diz que perdoou, o outro pode continuar se sentindo culpado, e fica difícil retasbelecer um vínculo. Em outras ocasiões quando não existe chance de reconciliação, o perdão não precisa ser externado. Na hora que perdoa, sente um alívio que tem a ver com ela, não com o outro. É como se tomasse um banho. E aí pode tocar a sua vida de um jeito melhor.
Luiz Cuschnir

Batalha espiritual -

Batalha espiritual - Um Panorama do Livro de Juízes
Romeu Bornelli

Nosso relacionamento intimo com Ele nos dará sensibilidade espiritual
O livro de Juízes, no Velho Testamento, relata o período mais negro da história nacional de Israel. Segundo o registro de Atos 13.19-20, este período durou "cerca de 450 anos". Foi uma época de crises marcadas pela repetição da fórmula: APOSTASIA à ESCRAVIDÃO à SÚPLICA à LIBERTAÇÃO.O livro de Juízes se divide em 3 partes básicas com 6 episódios centrais. Existem ricas lições e princípios da vida espiritual, e especialmente do conflito espiritual, neste terrível e precioso livro. T.Austin Sparks afirmou certa vez que, após ler todo o livro de Juízes, sua vontade era "procurar tomar um banho rapidamente" por ser tão pesada a atmosfera espiritual do livro. Muito, hoje em dia, tem-se falado a respeito de batalha espiritual. Talvez, a maioria deste ensino seja distorcido e corra o risco de reduzir o tema do conflito espiritual a questões externas como: "mapeamento espiritual" das regiões celestiais, posturas corretas do corpo para orar eficientemente contra hostes demoníacas, chaves (palavras específicas) para amarrar demônios específicos, etc.. Um estudo do livro de Juízes, à luz do Novo Testamento, revelará que o conflito espiritual é essencialmente uma questão interior, do coração, e não exterior. Creio que precisamos de uma "chave" no Novo Testamento para abrirmos o livro de Juízes e começar a entendê-lo, e essa chave é Tiago 4:7 "Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." O contexto imediato desse verso (Tiago 4;1-10), fala dos prazeres da carne e das amizades do mundo, versus o ciúme com que Deus, o Espírito Santo, anseia por nós. Isto, enquadra o conflito espiritual no coração, um conflito pela posse do coração, não um conflito externo (Efésios 6:10-20 a armadura do cristão, também o enfoca assim). Compare Tiago 4:7 e Juízes 2:12 e 14 : "deixaram ao Senhor" e "não mais puderam resistir a eles"(aos inimigos)
Vejamos alguns princípios espirituais extraídos dos capítulos 1, 2 e 3 do livro de Juízes.
1º princípio : UMA RAIZ HOSTIL PRESERVADA IMPLICARÁ EM UMA FORTALEZA HOSTIL REEDIFICADA. Veja Juízes 1.21-26: A casa de José, agiu contra a ordenança de destruir totalmente os inimigos dada em Deuteronômio capítulo 7 versículo 2, não tratou radicalmente com o inimigo, mas usou de misericórdia para com ele e o resultado então, foi que ele apenas mudou de lugar! Isso é verdadeiro em nossas vidas e conflitos espirituais contra a carne, as cobiças e paixões, o amor ao mundo, as amizades do mundo. O evangelho tem caráter radical: o machado está posto à raiz das árvores! Se não formos sérios em obedecer a Palavra de Deus nas questões práticas da vida do coração, nossos inimigos interiores apenas "mudarão de lugar", mas não serão mortificados. A rebelião (não obedecer a palavra que Deus tem falado a nós particularmente em nossa história com Ele) é a fonte de todo pecado e pode ter então diversas expressões em diferentes áreas da vida. Tratemos a rebelião à palavra de Deus em nossos corações, para que o "desaparecimento" de um inimigo em uma área da vida interior não nos engane, senão ele aparecerá em outra área, de outra forma (observe que o inimigo preservado pela casa de José mudou-se, e deu o mesmo nome, "Luz", à cidade ímpia edificada).
2º princípio: A CARNE NÃO PODE SER REEDUCADA ESPIRITUALMENTE TEM QUE SER MORTIFICADA. Veja Juízes 1.27-36: Neste trecho, aparece 6 vezes a expressão: "não expulsou" e 4 vezes: "foram sujeitos a trabalhos forçados". Ao invés de destruir os inimigos, Israel tentou reaproveitá-los para o seu serviço. Quanto de carne não julgada tem hoje sido usada para os serviços de Deus e do seu povo! Isto é verdadeiro em muitas áreas de serviço cristão como: a) Pregação e ensino - Um homem de Deus chamado Robert Murray Maccheyne disse certa vez: "Um homem não pode ser fiel e fervoroso servo de Cristo enquanto não desistir inteiramente de atrair os ouvintes a si mesmo e não a Cristo, enquanto não estiver pregando somente por amor a Cristo". Até mesmo quando falamos da cruz, corremos o risco de não termos as "marcas da cruz" em nosso homem interior. O homem é inclinado a crer em tudo o que é dito com certa dose de autoconfiança. Precisamos conhecer a realidade pessoal da decisão de Paulo "decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado" (I Co 2:2). Eloqüência, cultura, preparo acadêmico, teologia, dinamismo, zelo pelas almas, não podem substituir as "marcas da cruz". b) Pastoreamento de almas - Por não termos a realidade mais penetrante da cruz em nossas almas, muitas vezes, intervimos em outras almas de forma errada, com espírito errado ou em tempo errado. Mudar o comportamento não é o enfoque (seria reeducar a carne), mas sim estreitar a relação com nosso Senhor. "A lei nunca aperfeiçoou coisa alguma" (Hb 7:19 ). Só a visão da glória de Cristo e de Sua graça, podem comprometer nossos corações, levando-os ao Seu altar. c) Adoração e Louvor - Todos os nossos talentos naturais têm que ser "julgados" pela cruz e expostos diante de Deus com todas as suas motivações e inclinações. Nada pode ser "aproveitado" sem o profundo juízo do Senhor, pois "os que estão na carne não podem agradar a Deus" (Rm 8:8). Nós podemos "amar o sacrifício" (o culto, o louvor, a adoração) e por isso sacrificarmos ao Senhor, mas isto não é aceito por Ele. Veja Oséias 8.13: "Amam o sacrifício, por isso sacrificam, pois gostam de carne e a comem, mas o senhor não os aceita". Se não passarmos pela cruz, o motivo e centralidade de nosso reunir e adorar juntos, será espúrio e reprovado pelo Senhor. d) Relacionamentos - O problema fundamental dos nossos relacionamentos humanos é a carne não julgada. O que conta nos relacionamentos é o quebrantamento e não o temperamento do homem. Todos os temperamentos são doentes e maculados pelo pecado. O homem "é carnal" (Gn 6:3). Também aqui, a carne não pode ser reeducada e "sujeita a serviços forçados", tem que ser mortificada pelo trabalho da cruz em nossas almas, através da Palavra viva e eficaz de Deus, falada aos nossos corações. Nos relacionamentos também vale o princípio espiritual: "Se não morrer, fica ele só". O quebrantamento, a carne julgada, o "eu" julgado, é o caminho do relacionamento.
3º princípio _ NO CONFLITO ESPIRITUAL SOMOS PRIMEIRO "PROVADOS PELO SENHOR", E DEPOIS, "APRENDEMOS A GUERRA". Veja Juízes 2.22 e 3.1-2 - Pense sobre isso: o que faz a diferença entre um cristão maduro e um imaturo? Entre a criança e o adulto na fé? Se admitirmos que a diferença não está na capacidade aumentada de não ser tentado, visto que, quanto mais maduros mais tentados, então onde estaria a diferença? O conflito espiritual leva-nos a conhecer a nós mesmos cada vez melhor. Somos provados, expostos e julgados pela operação da Palavra e do Espírito Santo, através das circunstâncias, pelo que Deus que sonda mente e coração (Sl 7.9). Neste processo, aprendemos a guerra. Aprendemos a verdade sobre Deus e a verdade sobre nós mesmos. A nossa capacidade para pecar não é alterada, mas sim nossa sensibilidade ao pecado, quando tentados. Mais uma vez, a diferença está não em algo que foi realizado em nós, em nossa natureza, mas em nossa relação com Cristo, nosso Salvador diário. Por isso, o crescimento espiritual genuíno nunca nos levará à soberba ou auto-suficiência, porque temos sido provados pelo Senhor, que vê a malignidade e depravação de nossa natureza.Por outro lado, a mesma palavra, o mesmo falar de Deus a nós, que nos prova e julga (morte), este mesmo falar edifica o caráter de Cristo em nós (ressurreição), e estes são os dois lados simultâneos do trabalho da cruz em nós.Primeiro, "Cristo formado em vós" (Gl 4.19), aprendemos progressivamente a viver "por meio de Outro" (Cristo), por meio da única Vida que agrada a Deus. Segundo, aprendemos a guerra. No conflito espiritual de nossos corações com a carne, as cobiças e paixões, os alvos e ambições terrenos, o amor ao mundo e o egocentrismo, aprendemos o real valor de todas as coisas, porque "aprendemos a Cristo" (Ef 4.20). Nossa relação com Ele, aprofundada, nos dará sensibilidade espiritual na vida do coração. E isto fará a diferença em nosso caminho à maturidade.
Que o Senhor use de misericórdia conosco!!!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Várias ocupações, um único fim


“As palavras de nosso Senhor Jesus Cristo nos advertem que, em meio à multiplicidade das ocupações deste mundo, devemos aspirar a um único fim. Aspiramos porque estamos a caminho e não em morada permanente; ainda em viagem e não na pátria definitiva; ainda no tempo do desejo e não na posse plena. Mas devemos aspirar, sem preguiça e sem desânimo, a fim de podermos um dia chegar ao fim” (Do Sermão 103, de Santo Agostinho).
As tantas aspirações da vida podem nos jogar numa busca frenética de tantas coisas, podem nos fazer mergulhar num redemoinho de preocupações e até de futilidades... E, então, essas tantas aspirações nos alienam, nos esvaziam, nos sufocam e desumanizam... Que o digam os psicólogos e terapeutas...

E, no entanto, o nosso bendito Salvador nos manda aspirar; mas, não a qualquer coisa: devemos aspirar a um único fim, devemos aspirar por Deus, aquele Deus que somente vem a nós o Filho Jesus! Quando esta é a nossa aspiração radical, a nossa saudade fundamental, o nosso anelo mais profundo e definitivo, então tal aspiração não nos frustra, mas realiza, não nos angustia, mas nos enche de paz, não torna a vida pesada, mas alivia, não nos amargura, mas nos cumula de doçura, não nos decepciona, mas nos prepara para o prêmio e o gozo da eternidade.

Jamais deixaremos de aspirar. Quem neste mundo a nada aspira é doente, deixa de buscar, de sonhar, de viver; já não é humano! Aspirar é próprio da condição humana, é-nos inerente. Por isso diz Agostinho: “Aspiramos porque estamos a caminho e não em morada permanente; ainda em viagem e não na pátria definitiva; ainda no tempo do desejo e não na posse plena”. A questão, portanto, não é aspirar, mas a que aspiramos! Há tantos no mundo que a tanta tolice aspiram! Há tantos que, se dizendo cristãos, já não aspiram a nada! Aqueles estão tomados pelo vazio; estes, pela mediocridade... Aspiremos! Aspiremos pela plenitude, aspiremos pelo destino, aspiremos pela morada, aspiremos pela posse plena, aspiremos por Deus! Seja ele a aspiração fundamental da nossa existência e nossa vida terá valido a pena! “Mas – adverte-nos ainda o santo Bispo de Hipona – devemos aspirar, sem preguiça e sem desânimo, a fim de podermos um dia chegar ao fim”...

Batalha Espiritual


É muito comum ouvirmos no meio evangélico o termo “Batalha Espiritual”; houve uma época na qual o tema virou “modismo”, soldados levantaram-se aos milhares e manuais de guerra foram escritos às centenas, detalhando ações, ensinando estratégias. A guerra foi travada, mas, poucos resultados positivos foram colhidos. Qual o motivo para tantos fracassos? Porque em alguns lugares funcionou e em outros não?
Um dos pontos importantes, geradores de fracassos é menosprezar o inimigo ou não conhecê-lo o suficiente. A Bíblia deixa claro, que o diabo é extremamente sagaz e poderoso, tem em suas mãos poder para fazer grandes feitos e conhece profundamente o ser humano. Ele conhece todas as chamadas estratégias de guerra e está devidamente preparado com o seu exercito para anular os possíveis ataques e pronto para um contra-ataque eficaz contra a igreja.
As histórias narradas em livros, vitoriosas, não se aplicam necessariamente em outras regiões ou cidades, o opositor já conhece os passos e está pronto para a resistência. É aconselhável ler tais narrativas, mas, fazer uso das mesmas práticas não é sábio.
A Batalha Espiritual, como o nome afirma, é travada no mundo espiritual e é necessário que haja homens santos e cheios do Espírito Santo, agraciados com dons (visão, revelação, profecia, etc.) para que sejam canais, através dos quais o Senhor Deus orientará o Seu exercito de servos, revelando as estratégias certas para cada ocasião, bem como, os passos do inimigo. A Batalha não é segundo a carne (“Embora andando na carne, não militamos segundo a carne.” 1Co 10.3), não é contra homens, sim, contra satanás (“Pois nós não estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os poderes que dominam completamente este mundo de escuridão.” Ef 6.12; veja mais: Gn 3.15; 2Co 2.11; Tg 4.7).
Os servos chamados à guerrear precisam ser irrepreensíveis em suas ações, a santidade é uma qualidade imprescindível. Neste exército não há espaço para os chamados “crentes carnais”, ou desprovidos de compromisso verdadeiro com Deus. Aventurar-se na batalha com brechas é morte certa!
A recomendação de Paulo a Timóteo foi: “Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate, mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé.” (1Tm 1.18,19). O soldado de Deus precisa manter-se firme na fé e procurar desempenhar com seriedade e zelo a missão confiada. A vigilância (“Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos”. 1Co 16.13) deve ser constante, não se contaminar com o mundo, abrindo brechas através das quais o inimigo possa tocá-lo. A oração é tão importante quanto o ar que se respira (“com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos”. Ef 6.18), se não houver vida de oração, a derrota está próxima.
A Batalha Espiritual engloba todos os servos que procuram vivenciar o senhorio de Cristo Jesus (Fp 1.30), não apenas alguns: “Por isso peguem agora a armadura que Deus lhes dá. Assim, quando chegar o dia de enfrentarem as forças do mal, vocês poderão resistir aos ataques do inimigo e, depois de lutarem até o fim, vocês continuarão firmes, sem recuar.” (Ef 6.13). Mas, como já foi tratado antes, é indispensável que haja compromisso e vida santa. Os soldados são capacitados e protegidos pelo próprio Senhor a desempenharem a missão (“Porque eu, o SENHOR, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo.” Is 41.13; “Ó SENHOR, meu Deus e meu Salvador, tu me protegeste na batalha.” Sl 140.7). A força vem de Cristo! (“Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão. O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!” 2Tm 4.17,18).
A vitória na guerra vem do próprio Senhor! (“Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.” 1Co 15.57). Não é à força do homem, não são objetos e recitações de textos que nos fará vencedores. Somos nesta batalha apenas soldados sob o comando do nosso General.
Leiam sobre o tema, os relatos edificam a fé e mostra o quão sério é o mundo espiritual, no entanto, não queiram imitar as ações descritas, sem a devida revelação do Senhor, serás motivo de gargalhadas para os dominadores das trevas. As estratégias de uma batalha espiritual são reveladas por Deus, são orientações únicas para cada tempo e local.
Elias R. de Oliveira

terça-feira, 14 de outubro de 2008

RECEBI UMA CARTA DE DEUS.



Tu és um ser humano, és o Meu milagre.E és forte, capaz, inteligente, e cheio de dons e talentos. Conta teus dons e talentos. Entusiasma-te com eles.Reconhece-te. Aceita-te. Anima-te. E pensa que desde este momento podes mudar tua vida para o bem, se assim te propões e se te enches de entusiasmo.Tu és minha criação maior. És meu milagre.Não temas começar uma nova vida. Não te lamentes nunca. Não te queixes. Não te atormentes. Não te deprimas. Como podes temer se és meu milagre? Estás dotado de poderes desconhecidos para outras criaturas do Universo.És ÚNICO. Ninguém é igual a ti. Só em ti está aceitar o caminho da felicidade e enfrentá-lo seguindo sempre adiante. Até o fim. Simplesmente porque és livre.Em ti está o poder de não amarrar-te às coisas. As coisas não fazem a felicidade. Te fiz perfeito para que aproveitasses tua capacidade, e não para que te destruísses com teus enganos mundanos.Te dei o poder de PENSAR.Te dei o poder de AMAR.Te dei o poder de IMAGINAR.Te dei o poder de CRIAR.Te dei o poder de PLANEJAR.Te dei o poder de REZAR.E te situei o poder dos anjos quando te dei o poder da escolha.Te dei o domínio de escolher o teu próprio destino usando tua vontade. O que tens feito destas tremendas forças que te dei ? Não importa ! De hoje em diante esqueça o teu passado, usando sabiamente este poder de escolha.Opta por SORRIR em lugar de chorar.Opta por CRIAR em lugar de destruir.Opta por DOAR em lugar de roubar.Opta por ATUAR em lugar de adiar.Opta por CRESCER em lugar de consumir-te.Opta por BENDIZER em lugar de blasfemar.Opta por VIVER em lugar de morrer.E aprende a sentir a Minha presença em cada ato de sua vida. Cresça a cada dia um pouco mais no otimismo e na esperança! Deixa para trás os medos e os sentimentos de derrota. Eu estou ao teu lado. Sempre.Chama-me. Busca-me. Lembra-te de mim. Vivo em ti desde sempre e sempre te estou esperando para amar-te.Se hás de vir até Mim algum dia.. que seja hoje, neste momento! Cada instante que vivas sem Mim, é um instante infinito que perdes de Paz.Procura tornar-te criança... simples, generoso doador, com capacidade de extasiar-te e capacidade para comover-te ante à maravilha de sentir-te humano.Porque podes conhecer Meu amor, podes sentir uma lágrima, podes compreender uma dor.Não te esqueças de que és Meu milagre.Que te quero feliz, com misericórdia, com piedade, para que este mundo em que transitas possa acostumar-se a sorrir, sempre que tu aprendas a sorrir.E se és Meu milagre, então usa os teus dons e muda o teu meio ambiente, contagiando esperança e otimismo sem temor porque...EU ESTOU AO TEU LADO !DEUS.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Maravilhas do Criador



"E eles disseram: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa." (At.16,31)
O elefante é o único animal cujas pernas dianteiras se dobram a frente. Por que? Porque de outra forma seria difícil para esse animal levantar-se, por causa do seu peso. Por que os cavalos, para se erguerem, usam as patas dianteiras, e as vacas, as traseiras? Quem orienta esses animais para que ajam dessa maneira? Deus.
Esse mecanismo Deus que coloca um punhado de argila no coração da terra e através da ação do fogo transforma-a em formosa ametista de alto valor. Esse mesmo Deus que coloca certa quantidade de carvão nas entranhas do solo, e, mediante a combinação do fogo e a pressão dos montes e das rochas, transforma esse carvão em resplandecente diamante, que vai fulgurar na coroa dos reis ou no diadema dos poderosos!
Por que o canário nasce aos 14 dias, a galinha aos 21, os patos e gansos aos 28, o ganso silvestre aos 35 e os papagaios e avestruzes aos 42 dias? Por que a diferença entre um período e outro é sempre de sete dias?
Porque o Criador sabe como deve regular a natureza e jamais comete engano. Ele determinou que as ondas do mar se quebrem na praia à razão de 26 por minuto, tanto na calma como na tormenta. Aquele que nos criou pode também nos dirigir. Somente aquele que fez o cérebro e o coração pode guiá-los com êxito para um alvo útil. A insondável sabedoria divina revela-se ainda nas coisas que poucos notam: A melancia tem número par de franjas. A laranja possui número par de gomos. A espiga de milho tem número par de fileiras de grãos. O cacho de bananas tem, na última fila, número par de bananas, e cada fila de bananas tem uma a menos que a anterior. Desse modo, se uma fileira tem número par; a seguinte terá número ímpar. Á ciência moderna descobriu que todos os grãos das espigas são em número par, e é admirável que Jesus, ao se referir aos grãos, tenha mencionado exatamente números pares: 30, 60, e 100. Pela sua maravilhosa sabedoria e graça, é assim que o Senhor determina à vida que cumpra os propósitos e os planos dele. Somente a vida sob o cuidado divino está a salvo de contratempos.
Outro mistério que a ciência ainda não descobriu: Enormes árvores, pesando milhares de quilos, apoiadas em apenas poucos centímetros de raízes. Ninguém até agora conseguiu descobrir esse princípio de sustentação a fim de aplicá-lo em edifícios e pontes.
Mas há maravilha ainda maior. O Criador toma o oxigênio e o hidrogênio, ambos sem cheiro, sem sabor e sem cor, e os combina com o carvão, que é insolúvel, negro e sem gosto. O resultado, porém, é o alvo e doce açúcar.
Esses são apenas alguns vislumbres de um Deus sábio e amoroso. Esse mesmo Deus que realiza tais maravilhas no mundo que Ele criou, pode também efetuar em nós um milagre ainda muito maior. Ele pode dar-nos um novo nascimento, fazendo novas todas as coisas. Ele pode tomar nossa vida triste, inútil e insípida, e torná-la alegre, útil e plena de significado para nossa felicidade e glória Dele.

Evangelho do dia

Hoje a Igreja celebra : São Calisto I, papa, mártir, +222, S. João Ogilvie, presbítero, mártir, +1615 Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Santo Ambrósio : «Quem fez o exterior não fez também o interior?»

Evangelho segundo S. Lucas 11,37-41

Mal Jesus tinha acabado de falar, um fariseu convidou-o para almoçar na sua casa; Ele entrou e pôs-se à mesa. O fariseu admirou-se de que Ele não se tivesse lavado antes da refeição. O Senhor disse-lhe: «Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e de maldade. Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? Antes, dai esmola do que possuís, e para vós tudo ficará limpo.

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja Comentário sobre o Evangelho de S. Lucas, 7, 100-102
«Quem fez o exterior não fez também o interior?»«Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato.» Como vedes, os nossos corpos são aqui designados por nomes de objectos frágeis e feitos de barro, que se partem com uma simples queda. E os sentimentos íntimos da alma são designados por expressões e gestos do corpo, como aquilo que está no interior do copo pode ser visto do exterior. [...] Como vedes, não é o exterior deste copo e deste prato que nos suja, é o seu interior.Como bom mestre que é, Jesus ensina-nos a limpar as manchas do corpo, dizendo: «Dai antes de esmola o que estará dentro e tudo para vós ficará limpo.» Vedes de quantos remédios dispomos? A misericórdia purifica-nos. A palavra de Deus também nos purifica, de acordo com o que está escrito: «Vós estais limpos, devido à palavra que vos tenho dirigido» (Jo 15, 3). [...]É o ponto de partida de uma passagem muito bela: o Senhor convida-nos a procurar a simplicidade e condena a nossa ligação àquilo que é supérfluo e terra-a-terra. Devido à sua fragilidade, os fariseus são comparados – e com razão – ao copo e ao prato: observam pontos que não têm qualquer utilidade para nós, negligenciando aqueles onde se encontra o fruto da nossa esperança. Cometem, pois, uma grande falta, desdenhando o melhor. E, contudo, até a essa falta é prometido o perdão, desde que depois dela venha a misericórdia e a esmola.

Evangelho do dia

Hoje a Igreja celebra : S. Eduardo III, rei de Inglaterra, +1066, Beata Alexandrina Costa, virgem, +1955 Ver comentário em baixo, ou carregando aqui São Justino : «Ora aqui está alguém que é maior do que Salomão»

Evangelho segundo S. Lucas 11,29-32.

Como as multidões afluíssem em massa, começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado sinal algum, a não ser o de Jonas. Pois, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o será também o Filho do Homem para esta geração. A rainha do Sul há-de levantar-se, na altura do juízo, contra os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; ora, aqui está quem é maior do que Salomão! Os ninivitas hão-de levantar-se, na altura do juízo, contra esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; ora, aqui está quem é maior do que Jonas.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por : São Justino (c.100 -160), filósofo, mártir Diálogo com Trífon (34-36)
«Ora aqui está alguém que é maior do que Salomão»Deixai-me citar um salmo, dito pelo Espírito Santo a David; dizeis que tem a ver com Salomão, vosso rei, mas tem a ver com Cristo [...]: «Ó Deus, concede ao rei a tua rectidão» (Sl 71,1). Como Salomão se tornou rei, dizeis que é dele que este salmo fala; mas as palavras do salmo designam nitidamente um rei eterno, que é Cristo. Porque Cristo foi-nos anunciado como rei, sacerdote, Deus, Senhor, anjo, homem, chefe supremo, pedra, criança por nascimento, como um ser de dor num primeiro momento, depois como um ser que se eleva aos céus, e que regressa na glória da sua realeza eterna [...]«Ó Deus, concede ao rei a tua rectidão e a tua justiça ao filho do rei, para que julgue o teu povo com justiça e os teus pobres com equidade [...] Todos os reis se prostrarão diante dele; todas as nações o servirão» [...]. Salomão foi um rei grande e ilustre; no seu reinado foi edificada a casa a que chamamos Templo de Jerusalém, mas é claro que nada do que é dito no salmo lhe aconteceu. Nenhum rei o adorou nem o seu reino não se estendeu até aos confins da Terra, os seus inimigos não se curvaram a seus pés para lhes sacudir a poeira [...]O «Senhor do universo» (Sl 23,10) não é Salomão; é Cristo. Assim que ressuscitou de entre os mortos e subiu aos céus, ordenou aos príncipes que Deus nomeou no céu «para abrirem as portas» do céu, a fim de que «Aquele que é o Rei da glória entre» e suba para «se sentar à direita do Pai, até que ele faça dos inimigos escabelo para seus pés», como é dito noutros salmos (23,109). Mas quando os príncipes do céu O viram sem figura nem beleza, sem honra, nem glória (Is 53,2), não O reconheceram e perguntaram: «Quem é esse Rei glorioso?» (Sl 23,8). O Espírito Santo responde-lhes então: «O Senhor do universo, eis o Rei glorioso». Com efeito, não é de Salomão, que tanta glória teve enquanto rei [...], que se pôde dizer: «Quem é ele, esse Rei glorioso?»

sábado, 11 de outubro de 2008

Vitória de Lepanto e festa de Nossa Senhora do Rosário
No século XVI, o Império Otomano em expansão continuava a ameaçar a Europa Ocidental. Num contexto pouco favorável, em maio de 1571, o Papa Pio V conseguiu, finalmente, celebrar a "Santa Liga", aliança entre Espanha, Veneza e Malta, que ele consagrou na Basílica de São Pedro. Uma imponente frota se reuniu, sendo confiada a Dom João da Áustria, irmão de Felipe II, da Espanha. Desejando implorar a proteção celeste para a frota, São Pio V publicou um jubileu solene e ordenou o jejum e a oração pública do Rosário. A batalha decisiva teve lugar no dia 7 de outubro de 1571, no golfo de Lepanto, à saída do estreito de Corinto. No combate, 213 galeras espanholas e venezianas e uns trezentos navios turcos. Aproximadamente cem mil homens combatiam em cada divisão. A frota cristã alcançou vitória completa, graças à artilharia pesada embarcada. Quase todas as galeras inimigas foram apresadas ou postas a pique. O almirante turco, Ali Pacha, foi decapitado. Quinze mil cativos cristãos foram liberados. Somente um terço da frota turca conseguiu voltar, derrubando assim a lenda da invencibilidade da frota muçulmana. Na noite da batalha, o Papa Pio V dirigiu-se, bruscamente, do seu escritório até a janela, onde parecia contemplar um espetáculo. Em seguida, voltou-se, dizendo aos prelados que o rodeavam: "Vamos dar graças a Deus: nossa armada saiu vitoriosa." Isto aconteceu no dia 7 de outubro, pouco antes das cinco horas da tarde, mas a notícia da vitória chegaria a Roma somente dezenove dias mais tarde, a 26 de novembro, confirmando, assim, a revelação feita pelo sumo pontífice. Após a batalha de Lepanto, Pio V acrescentou às Ladainhas da Santíssima Virgem, uma invocação suplementar: "Socorro dos cristãos, rogai por nós", e ordenou a instituição da festa de Nossa Senhora das Vitórias que Gregório XIII, logo a seguir, faria celebrar, sob o nome de festa do Rosário, a cada primeiro domingo do mês de outubro, em todas as igrejas. No seio do povo católico, a vitória de Lepanto contribuiu, desta forma, para o rápido desenvolvimento da devoção do Santo Rosário.


Abade J. Olivier www.salveregina.com




Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.Amém.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Evangelho do dia

ditas da parte do Senhor" (Lc 1,45)
Evangelho segundo S. Lucas 11,27-28.
Enquanto Ele falava, uma mulher, levantando a voz do meio da multidão, disse: «Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!» Ele, porém, retorquiu: «Felizes, antes, os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por : São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja Sermão 31 sobre o Cântico dos cânticos
«Feliz daquela que acreditou que teriam cumprimento as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor" (Lc 1,45)Os homens da antiga aliança viviam sujeitos a um regime de símbolos. Para nós, pela graça de Cristo, presente na carne, resplandeceu a própria verdade. E contudo, por relação ao mundo futuro, vivemos ainda, de certa maneira, à sombra da verdade. Escreve o Apóstolo Paulo: «A nossa ciência é imperfeita e a nossa profecia também é imperfeita» (1 Cor 13, 9); e ainda: «Não que eu tenha já alcançado a meta» (Fil 3, 13). Com efeito, não podemos deixar de distinguir aquele que caminha pela fé e aquele que se encontra já na visão clara. Assim, «o justo viverá da fé» (Hab 2, 4; Rom 1, 17), enquanto o bem-aventurado exulta na visão da verdade; agora, o homem são vive à sombra de Cristo [...]. E é boa, esta sombra da fé, que filtra a luz que cega os nossos olhos ainda mergulhados nas trevas, e os prepara para suportarem a luz. Com efeito, está escrito que Deus «purificou os seus corações pela fé» (Act 15, 9). A fé não tem, pois, como efeito a extinção da luz, mas a sua conservação. Tudo aquilo que os anjos contemplam a descoberto é preservado para mim pela luz da fé, que o faz repousar no seu seio, a fim de o revelar no momento ideal. Não será preferível ela manter oculto aquilo que ainda não és capaz de captar sem véu?Aliás, a Mãe do Senhor também vivia na sombra da fé, uma vez que lhe disseram: «Feliz aquela que acreditou» (Lc 1, 45); e, do corpo de Cristo, recebeu também uma sombra, segundo a mensagem do anjo: «a força do Altíssimo estenderá sobre ti a Sua sombra» (Lc 1, 35). Esta sombra nada tem, pois, de desprezível, uma vez que é projectada pela força do Altíssimo. Com efeito, a carne de Cristo tinha um poder que cobriu a Virgem com a Sua sombra, a fim de que o filtro desse corpo vivificante lhe permitisse suportar a presença divina, sustentar o brilho da luz inacessível, o que seria impossível a uma mortal. Este poder iludiu todas as forças adversas; o poder desta sombra expulsou os demónios e protegeu os homens. Poder verdadeiramente vivificante e sombra verdadeiramente refrescante! Quanto a nós, é à sombra de Cristo que vivemos, pois caminhamos pela fé e recebemos a vida, sendo alimentados pela Sua carne.

A vida deu a cada um de Nós diversos encantos:
O encanto de aceitar as Diferenças... O encanto de poder Compartilhar... De amar e ser amado De perdoar e ser Perdoado E principalmente, O encanto de sempre Poder contar com um Amigo especial!
Que a sua vida seja um ENCANTO... Para tornar suas vitórias Mais Significativas e suas Perdas mais fácil de Suportar!!!

OS MILAGRES DA AMIZADE




A Amizade torna os fardos mais leves, porque os
divide pelo meio. A Amizade intensifica as
alegrias, elevando-as ao quadrado na matemática
do coração.
A Amizade esvazia o sofrimento, porque a simples
lembrança do amigo é lenitivo com jeito de talco
na ferida. A Amizade ameniza as tarefas
difíceis, porque a gente não as realiza sozinho.
São dois cérebros e quatro braços agindo.

A Amizade diminui as distâncias. Embora longe, o
amigo é alguém perto de nós. A Amizade enseja
confidências redentoras: problema partilhado,
percalço amaciado, felicidade repartida, ventura
acrescida. A Amizade coloca música e poesia na
banalidade do cotidiano.

A amizade é a doce canção da vida e a poesia da
eternidade.O Amigo é a outra metade da gente. O
lado claro e melhor. Sempre que encontramos um
amigo, encontramos um pouco mais de nós mesmos.
O Amigo revela, desvenda, conforta. É uma porta
sempre aberta em qualquer situação.

O Amigo na hora certa, é sol ao meio dia,
estrela na escuridão. O Amigo é bússola e rota
no oceano, porto seguro da tripulação. O Amigo é
o milagre do calor humano que Deus opera no
coração.
Padre Roque Schneider

Evangelho do dia

Hoje a Igreja celebra : S. Daniel Comboni, presbítero, fundador, +1881, S. Tomás de Vilanova, bispo, +1555 Ver comentário em baixo, ou carregando aqui São Macário : «A Sua própria casa somos nós» (Heb 3, 6)

Evangelho segundo S. Lucas 11,15-26.

Mas alguns dentre eles disseram: «É por Belzebu, chefe dos demónios, que Ele expulsa os demónios.» Outros, para o experimentarem, reclamavam um sinal do Céu. Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino, dividido contra si mesmo, será devastado e cairá casa sobre casa. Se Satanás também está dividido contra si mesmo, como há-de manter-se o seu reino? Pois vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. Se é por Belzebu que Eu expulso os demónios, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas se Eu expulso os demónios pela mão de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós. Quando um homem forte e bem armado guarda a sua casa, os seus bens estão em segurança; mas se aparece um mais forte e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos. Quem não está comigo está contra mim, e quem não junta comigo, dispersa.» «Quando um espírito maligno sai de um homem, vagueia por lugares áridos em busca de repouso; e, não o encontrando, diz: 'Vou voltar para minha casa, de onde saí.' Ao chegar, encontra-a varrida e arrumada. Vai, então, e toma consigo outros sete espíritos piores do que ele; e, entrando, instalam-se ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por : São Macário (?-405), monge no Egipto Homilia 33

«A Sua própria casa somos nós» (Heb 3, 6)O Senhor instala-Se numa alma fervorosa, faz dela o Seu trono de glória, toma assento nela e nela permanece. [...] Esta casa onde habita o seu mestre é toda graça, ordem e beleza, assim como a alma com quem o Senhor permanece é toda ordem e beleza. Ela possui o Senhor e todos os Seus tesouros espirituais. Ele habita nela, e nela domina.Que terrível, porém, é a casa de onde o Senhor está ausente, longe da qual o Senhor se encontra! Esta casa deteriora-se, arruína-se, enche-se de manchas e de desordem, tornando-se, na palavra do profeta, lugar de reunião de serpentes e de sátiros, casa abandonada que se enche de gatos selvagens, de hienas e de cardos (Is 35, 11-15). Infeliz da alma que não consegue levantar-se de queda tão funesta, que se deixa prender e acaba por odiar o esposo e por desviar os seus pensamentos de Jesus Cristo! Mas quando o Senhor a vê recolher-se e procurar, noite e dia, o seu Senhor, chamá-lo como Ela a convida a fazer: «Orai sem desfalecer», então «Deus far-lhe-á justiça» (Lc 18, 1-7), como prometeu, e purificá-la-á de todo o mal, fazendo dela uma esposa «sem mancha nem ruga» (Ef 5, 27). Acredita na Sua promessa, que é a verdade. Verifica se a tua alma encontrou a luz que lhe iluminará os passos, bem como o alimento e a bebida verdadeiros, que são o Senhor. Ainda os não tens? Procura noite e dia, e encontrá-los-ás.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Evangelho do dia

Hoje a Igreja celebra : São João Leonardo, presbítero, +1609, Nossa Senhora do Monte Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Rábano Mauro : «Dar-lhe-á tudo quanto precisar»

Evangelho segundo S. Lucas 11,5-13.

Disse-lhes ainda: «Se algum de vós tiver um amigo e for ter com ele a meio da noite e lhe disser: 'Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu chegou agora de viagem e não tenho nada para lhe oferecer', e se ele lhe responder lá de dentro: 'Não me incomodes, a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados; não posso levantar-me para tos dar'. Eu vos digo: embora não se levante para lhos dar por ser seu amigo, ao menos, levantar-se-á, devido à impertinência dele, e dar-lhe-á tudo quanto precisar.» «Digo-vos, pois: Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á; porque todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra, e ao que bate, abrir-se-á. Qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Ou, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!»

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Rábano Mauro (c.784-856), abade beneditino e bispo Três livros para Bonoso, livro 3,4; PL 112, 1306
«Dar-lhe-á tudo quanto precisar»Não permitas que te falte a confiança em Deus, nem te deixes desesperar da sua misericórdia [...] Canta ao Senhor estas palavras do profeta: «Como os olhos do servo se fixam nas mãos do seu amo, e como os da serva, nas mãos da sua ama, assim os nossos olhos estão postos no Senhor, nosso Deus, até que tenha piedade de nós. Tem piedade de nós, Senhor, tem piedade de nós, porque estamos saturados de desprezo» (Sl 122, 2-3). Se estamos saturados de desprezo por causa dos nossos muitos pecados, devemos porém voltar-nos para o Senhor nosso Deus até que Ele de nós se apiede, e dirigir-Lhe continuamente as nossas súplicas até que nos conceda o perdão pelos nossos erros. De facto, é próprio da alma constante e tenaz perseverar na oração sem vacilar por desespero de querer ser atendida, e persistir tenazmente na oração até que Deus lhe faça misericórdia.Para que não venhas a pensar que ofendes ao Senhor por persistires na oração quando não mereces ser escutado, lembra-te da parábola de Evangelho. Nela descobrirás que os que oram a Deus com importuna perseverança não Lhe são desagradáveis, porque é dito: «Embora não se levante para [...] dar por ser seu amigo, ao menos, levantar-se-á, devido à impertinência dele, e dar-lhe-á tudo quanto precisar». Compreende pois que é o diabo que nos sugere que entremos em desespero por querer ser atendidos, e fá-lo para que nos seja retirada essa esperança na bondade de Deus, que é a âncora da nossa salvação, o fundamento da nossa vida, o guia no caminho que leva aos céus. O apóstolo Paulo diz: «Foi na esperança que fomos salvos» (Rm 8,24).

terça-feira, 7 de outubro de 2008

ACREDITAR SEM VER


Homem de fé é aquele que não vê e mesmo assim não desisteDeus não decepciona aquele que busca e espera n’Ele. É belíssima a passagem de quando Moisés é levado pelo movimento das águas e é encontrado pela filha do faraó. Para o povo sair da escravidão, o mar precisou se abrir. O povo, diante da impossibilidade de vencer as águas, se volta contra o profeta e lhe pergunta por que ele os retirara do Egito, se eles não têm como ultrapassar o mar. Diante do questionamento dele, o Senhor lhe diz apenas uma frase: "Diga ao povo que caminhe". Deus não lhe proferiu uma frase que garantisse o milagre, mas que requeria fé. A expressão de Deus não é uma expressão que facilita a vida, mas que encoraja. O Senhor não facilita, pois quem facilita corre o risco de infantilizar o facilitado e Ele não nos quer infantis na fé. Deus nos quer amadurecidos, prontos para dar o primeiro passo. Fé é saber acreditar quando tudo está ao contrário. Homem de fé não é aquele que vê. É o que não vê e mesmo assim não desiste. Na experiência do povo de Israel, diante de um povo que o [Moisés] quer matar, Deus não facilita para ele, mas requer sua fé.O povo queria uma reposta mágica, mas Deus dá uma ordem que encoraja, que faz crescer dentro deles a lembrança que aquele Deus que caminhou com eles não os deixará na mão. Nós não sabemos como será, mas não desistimos do que esperamos. Quando tudo indicava que a morte iria chegar, com os pés na água, seguindo a ordem do Senhor, o milagre aconteceu. Por um lado, eles estavam imobilizados pelo mar que podia afogá-los; por outro, pelo exército que poderia matá-los. Aquele povo estava emparedado. Ser homem e mulher de fé é você viver uma única alternativa: aquela de não poder recuar. É como diz Santo Agostinho: "Deus só nos pede aquilo que Ele já nos deu. Tudo está em nós sob forma de dom". A experiência da fé nos movimenta para sermos o que realmente somos. Você não tem outro destino, a não ser a santidade; da mesma forma que o povo de Israel não tinha outra opção a não ser a libertação. Ninguém emagrece fazendo novena. Ou nós nos disciplinamos ou não vamos emagrecer! O que faz um homem ser de fé é a resposta que dá diante da insegurança. Isso é Cristianismo. Não é uma postura angelical, é uma forma de se tornar guerreiro, soldado. Coragem! Vitória é o que Deus quer celebrar na nossa vida por meio da fé.
(Artigo produzido a partir da homilia de 20/fev/2007) Padre Fábio de Melo
Louvado seja Deus !

Evangelho do dia

Hoje a Igreja celebra : Santa Taís, penitente, séc. IV, Santo Artoldo, monge pastor, +1206 Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Santo Agostinho : «Ensina-nos a orar»

Evangelho segundo S. Lucas 11,1-4.

Sucedeu que Jesus estava algures a orar. Quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João também ensinou os seus discípulos.» Disse-lhes Ele: «Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; dá-nos o nosso pão de cada dia; perdoa os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixes cair em tentação.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (África do Norte) e doutor da Igreja Sermão 80

«Ensina-nos a orar»Acreditais, irmãos, que Deus ignora o que vos é necessário? Aquele que conhece a nossa aflição conhece antecipadamente os nossos desejos. Por isso, quando ensinava o Pai Nosso, o Senhor recomendava aos discípulos que fossem sóbrios nas palavras: «Nas vossas orações, não sejais como os gentios, que usam de vãs repetições, porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos. Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós Lho pedirdes» (Mt 6,7-8). Se o vosso Pai sabe o que vos é preciso, para quê dizê-lo, mesmo por poucas palavras? [...] Se o sabes, Senhor, será mesmo necessário pedir-To em oração?Ora quem nos diz: «não useis de vãs repetições» declara-nos noutro passo: «Pedi e recebereis» e, para que não pensemos que o diz com leveza, acrescenta: «Procurai e encontrareis» e, para que não pensemos que se trata apenas de uma simples maneira de falar, vede como termina: «Batei, e hão-de abrir-vos» (Mt 7,7). Ele quer portanto que, para que possas receber, comeces por pedir, para que possas encontrar te ponhas a procurar, para que possas entrar não deixes, enfim, de bater à porta [...] Porquê pedir em oração? Porquê procurar? Porquê bater? Porquê cansarmo-nos a pedir, a procurar, a bater, como se estivéssemos a instruir Aquele que tudo sabe já? E lemos inclusive, noutra passagem: «Disse-lhes uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer» (Lc 18,2). [...] Pois bem, para esclareceres este mistério, pede em oração, procura e bate à porta! Se Ele cobre com véus este mistério, é porque quer animar-te e levar-te a que procures e encontres tu próprio a explicação. Todos nós, todos, devemos encorajar-nos a orar.

UMA QUESTÃO DE ESCOLHA


O coração anda no compasso que pode. Amores não sabem esperar o dia amanhecer. O exemplo é simples. O filho que chora tem a certeza de que a mãe velará seu sono. A vida é pequena, mas tão grande nestes espaços que aos cuidados pertencem. Joelhos esfolados são representações das dores do mundo. A mãe sabe disso. O filho, não. Aprenderá mais tarde, quando pela força do tempo que nos leva, ele precisará cuidar dos joelhos dos seus pequenos. O ciclo da história nos direciona para que não nos percamos das funções. São as regras da vida. E o melhor é obedecê-las.Tenho pensado muito no valor dos pequenos gestos e suas repercussões. Não há mágica que possa nos salvar do absurdo. O jeito é descobrir esta migalha de vida que sob as realidades insiste em permanecer. São exercícios simples...Retire a poeira de um móvel e o mundo ficará mais limpo por causa de você. É sensato pensar assim. Destrua o poder de uma calúnia, vedando a boca que tem ânsia de dizer o que a cabeça ainda não sabe, e alguém deixará de sofrer por causa de seu silêncio. Nestas estradas de tantos rostos desconhecidos é sempre bom que deixemos um espaço reservado para a calma. Preconceitos são filhos de nossos olhares apressados. O melhor é ir devagar.Que cada um cuide do que vê. Que cada um cuide do que diz. A razão é simples: o Reino de Deus pode começar ou terminar, na palavra que que escolhemos dizer.É simples...
Padre Fábio de Melo

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Evangelho do Dia

Terça-feira, dia 07 de Outubro de 2008

Hoje a Igreja celebra : Nossa Senhora do Rosário Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Mestre Eckhart : «Maria escutava a sua palavra»

Evangelho segundo S. Lucas 10,38-42.

Continuando o seu caminho, Jesus entrou numa aldeia. E uma mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra. Marta, porém, andava atarefada com muitos serviços; e, aproximando-se, disse: «Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar.» O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas; mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Mestre Eckhart (c. 1260-1327), teólogo dominicano Sermões
«Maria escutava a sua palavra»Maria devia primeiro ter sido uma Marta, antes de se tornar realmente uma Maria. É que, quando estava sentada aos pés de Nosso Senhor, ainda não o era: era-o no nome, mas não na sua realização espiritual.Algumas pessoas levam as coisas tão longe, que querem libertar-se de todas as obras. Eu digo que isso não está bem! Só depois do tempo em que receberam o Espírito Santo, é que os discípulos começaram a criar alguma coisa de sólido. Maria também, enquanto estava sentada aos pés de Nosso Senhor, ainda estava a aprender; apenas acabara de entrar para a escola; aprendia a viver. Mas, depois, quando Cristo subiu ao céu e ela recebeu o Espírito Santo, então sim, começou a servir. Atravessou o mar, pregou e ensinou e tornou-se numa colaboradora dos apóstolos. Desde o primeiro instante em que Deus se tornou homem e homem de Deus, também Cristo começou a trabalhar com vista à nossa beatitude, e isso até ao fim, quando morreu pela cruz. Não há um membro do seu corpo que não participe nesta grande obra.

Viver é cultivar os valores espirituais, para superar os embaraços materiais e morais; e chegar a conclusão de que, em última análise, dado o balanço geral, a vida é bela. Esta vida não foi feita para ser lamentada; mas para ser usufruida.
Salve, Mãe de Deus!
São Francisco de Assis, "homem apaixonado por Cristo", vivia segundo a regra do Evangelho, imitando Jesus, Filho de Maria. Ele recomendou a seus irmãos de hábito que conservassem a Igreja Santa Maria dos Anjos, também chamada de "A Porciúncula", como a Casa-mãe da Ordem. A cada dia, todos os religiosos sentiam a necessidade imperiosa de recitar o Santo Rosário. E São Francisco rezava a Nossa Senhora, designando-a protetora da ordem Franciscana: Salve, Senhora Santa, Rainha, Santa Mãe de Deus, Tu és a Virgem que se tornou a Igreja; escolhida pelo Pai Santíssimo do céu, por Ele consagrada como um Templo com o Seu Filho bem-amado e o Espírito Santo Paráclito; Tu, em quem esteve e está a plenitude da graça e Aquele que é todo o bem. Salve, Palácio de Deus! Salve, Tabernáculo de Deus! Salve, Casa de Deus! Salve, Veste de Deus! Salve, Serva de Deus! Salve, Mãe de Deus!






Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.Amém.

domingo, 5 de outubro de 2008

Maravilhas do Criador



"E eles disseram: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa." (At.16,31)
O elefante é o único animal cujas pernas dianteiras se dobram a frente. Por que? Porque de outra forma seria difícil para esse animal levantar-se, por causa do seu peso. Por que os cavalos, para se erguerem, usam as patas dianteiras, e as vacas, as traseiras? Quem orienta esses animais para que ajam dessa maneira? Deus.
Esse mecanismo Deus que coloca um punhado de argila no coração da terra e através da ação do fogo transforma-a em formosa ametista de alto valor. Esse mesmo Deus que coloca certa quantidade de carvão nas entranhas do solo, e, mediante a combinação do fogo e a pressão dos montes e das rochas, transforma esse carvão em resplandecente diamante, que vai fulgurar na coroa dos reis ou no diadema dos poderosos!
Por que o canário nasce aos 14 dias, a galinha aos 21, os patos e gansos aos 28, o ganso silvestre aos 35 e os papagaios e avestruzes aos 42 dias? Por que a diferença entre um período e outro é sempre de sete dias?
Porque o Criador sabe como deve regular a natureza e jamais comete engano. Ele determinou que as ondas do mar se quebrem na praia à razão de 26 por minuto, tanto na calma como na tormenta. Aquele que nos criou pode também nos dirigir. Somente aquele que fez o cérebro e o coração pode guiá-los com êxito para um alvo útil. A insondável sabedoria divina revela-se ainda nas coisas que poucos notam: A melancia tem número par de franjas. A laranja possui número par de gomos. A espiga de milho tem número par de fileiras de grãos. O cacho de bananas tem, na última fila, número par de bananas, e cada fila de bananas tem uma a menos que a anterior. Desse modo, se uma fileira tem número par; a seguinte terá número ímpar. Á ciência moderna descobriu que todos os grãos das espigas são em número par, e é admirável que Jesus, ao se referir aos grãos, tenha mencionado exatamente números pares: 30, 60, e 100. Pela sua maravilhosa sabedoria e graça, é assim que o Senhor determina à vida que cumpra os propósitos e os planos dele. Somente a vida sob o cuidado divino está a salvo de contratempos.
Outro mistério que a ciência ainda não descobriu: Enormes árvores, pesando milhares de quilos, apoiadas em apenas poucos centímetros de raízes. Ninguém até agora conseguiu descobrir esse princípio de sustentação a fim de aplicá-lo em edifícios e pontes.
Mas há maravilha ainda maior. O Criador toma o oxigênio e o hidrogênio, ambos sem cheiro, sem sabor e sem cor, e os combina com o carvão, que é insolúvel, negro e sem gosto. O resultado, porém, é o alvo e doce açúcar.
Esses são apenas alguns vislumbres de um Deus sábio e amoroso. Esse mesmo Deus que realiza tais maravilhas no mundo que Ele criou, pode também efetuar em nós um milagre ainda muito maior. Ele pode dar-nos um novo nascimento, fazendo novas todas as coisas. Ele pode tomar nossa vida triste, inútil e insípida, e torná-la alegre, útil e plena de significado para nossa felicidade e glória Dele.

Tenha Fé e alegria ,sempre.




“Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência”(Tg 1. 2-3)



“Se alguém de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus - que a todos dá liberalmente, com simplicidade e sem recriminação - e ser-lhe-á dada”
“Mas peça-a com fé, sem nenhuma vacilação, porque o homem que vacila assemelha-se à onda do mar, levantada pelo vento e agitada de um lado para o outro”.(Tg 1.5-6)

Evangelho do dia

Hoje a Igreja celebra : S. Benedito, o Negro, confessor, +1589 Ver comentário em baixo, ou carregando aqui São Basílio : Dar fruto

Evangelho segundo S. Mateus 21,33-43.

«Escutai outra parábola: Um chefe de família plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, construiu uma torre, arrendou-a a uns vinhateiros e ausentou-se para longe. Quando chegou a época das vindimas, enviou os seus servos aos vinhateiros, para receberem os frutos que lhe pertenciam. Os vinhateiros, porém, apoderaram-se dos servos, bateram num, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Tornou a mandar outros servos, mais numerosos do que os primeiros, e trataram-nos da mesma forma. Finalmente, enviou-lhes o seu próprio filho, dizendo: 'Hão-de respeitar o meu filho.’ Mas os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre si: 'Este é o herdeiro. Matemo-lo e ficaremos com a sua herança.’ E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Ora bem, quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?» Eles responderam-lhe: «Dará morte afrontosa aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida.» Jesus disse-lhes: «Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular? Isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos? Por isso vos digo: O Reino de Deus ser-vos-á tirado e será confiado a um povo que produzirá os seus frutos.

Comentário ao Evangelho do dia feito por : São Basílio (c. 330-379), monge e bispo de Cesareia, na Capadócia, doutor da Igreja Homilia 5 sobre o Hexâmeron, 6
Dar frutoO Senhor está permanentemente a comparar a alma humana com uma vinha: «O meu amigo possuía uma vinha numa colina fértil» (Is 5, 1), «Plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe» (Mt, 21, 33). É, evidentemente, à alma humana que Jesus chama a Sua vinha, foi a ela que cercou, como se fosse uma sebe, com a segurança que proporcionam os Seus mandamentos e a protecção dos Seus anjos, porque «o anjo do Senhor assenta os seus arraiais em redor dos que O temem» (Sl 33, 8). Em seguida, ergueu em nosso redor uma paliçada, estabelecendo na Igreja «primeiro, apóstolos, segundo, profetas, terceiro, doutores» (1 Cor 12, 28). Por outro lado, através dos exemplos dos homens santos de outrora, eleva-nos os pensamentos, não os deixando cair por terra, aonde mereciam ser pisados. Deseja que os abraços da caridade, quais sarmentos de uma vinha, nos liguem ao nosso próximo e nos levem a repousar Nele. Assim, mantendo permanentemente o impulso em direcção aos céus, elevar-nos-emos como vinhas trepadeiras, até aos mais altos cumes.O Senhor pede-nos também que consintamos em ser podados. Ora, uma alma é podada quando afasta para longe de si os cuidados do mundo, que são um fardo para o nosso coração. Assim, aquele que afasta de si mesmo o amor carnal e a ligação às riquezas, ou que tem por detestável e desprezível a paixão pela miserável vanglória, foi, por assim dizer, podado, e voltou a respirar, liberto do fardo inútil das preocupações deste mundo.Mas – e mantendo ainda a linha da parábola – não podemos produzir apenas lenha, ou seja, viver com ostentação, ou procurar os louvores dos de fora. Temos de dar fruto, reservando as nossas obras para as mostrarmos ao verdadeiro agricultor (Jo 15, 1).

Maria, padroeira de Madagascar

Em 1971, foi celebrado o centenário da chegada do primeiro padre católico a Fianarantsoa. Na ocasião, o Arcebispo, Dom Gilbert Ramanantoanina, tomando a Sagrada família como modelo, dedicou o ano do centenário à santificação da família. Em entrevista ao jornal católico Lumière (Luz), o Arcebispo lembrou os momentos significativos, notáveis dos primeiros cem anos da vida cristã, em relação à sua circunscrição eclesiástica, evocando a personalidade do Padre Finaz que, em 1885, rezou a primeira Missa em Tananarive, onde viveu clandestinamente, quando da perseguição aos cristãos católicos. Teve início, então, a evangelização de Fianarantsoa... Padre Finaz lá chegou a 5 de outubro de 1871 e conseguiu frustrar a hostilidade dos protestantes. Alugou modesta palhoça, onde instalou um oratório, e colocou uma estátua da Virgem Santíssima sobre o altar. Logo na primeira reunião - domingo, 9 de outubro -, o sacerdote ensinou alguns cânticos às crianças e a recitação do Terço. Recorrendo, confiante, à Maria Imaculada, Padre Finaz conseguiu, graças à Mãe Santíssima, Rainha do Céu, e ao Primeiro Ministro, autoridade aqui na Terra, a concessão de dois terrenos necessários ao estabelecimento da Missão, isto, apesar das pesadas dificuldades, aparentemente insuperáveis, por que passara. O primeiro terreno foi liberado no dia 8 de dezembro de 1871 e o segundo, um ano mais tarde. Desde 1867, um florilégio de cânticos fora composto por outro missionário, Padre Castets, e as primeiras palavras da seleta, ou mesmo, da antologia, eram as seguintes: "Ó Maria, Mãe imaculada, nós, povo madagascarense, a elegemos nossa Padroeira e nossa Força." Este compromisso mantém-se válido até os nossos dias e os madasgascarenses, com toda a fidelidade, continuam a rezar, a louvar e a recorrer à Virgem Maria nas tantas grutas de Nossa Senhora de Lourdes, estabelecidas em todo o país.


(Nossa Senhora das T.N. 1971, nº 2)




Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.Amém.