-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: 11/19/12

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A SANTO ANTONINHO NO ADVENTO

Pe. Gilberto Kasper pe.kasper@gmail.com Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Celebraremos a partir do próximo domingo o Advento na Igreja Santo Antoninho, e com ele, o início do novo Ano Litúrgico. Além das Celebrações normais, prepararemos mais um Natal do Senhor com o especial atendimento das Confissões: nossa reconciliação com Deus, com os irmãos e conosco mesmos. Teremos o mutirão de Confissões nas Paróquias de nossa Forania, bem como na própria Reitoria. O Sacramento da Reconciliação nos capacita a compreendermos melhor a celebração do Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, eixo principal da belíssima Novena de Natal preparada com tanta ternura pelo Seminário Maria Imaculada de Brodowski e a Comissão para a Liturgia de nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto. “Que a Novena de Natal nos ajude a viver mais consciente e alegremente nossa fé, confirme nossa esperança, inspire nosso amor fraterno em suas múltiplas e sempre novas exigências” (cf. Côn. Nasser Kehdy Netto, nosso Administrador Arquidiocesano). Uma deleitosa maneira de prepararmos, durante os Domingos do Advento, o Natal do Senhor, com esse sabor de Ano da Fé, é nosso IXº Concerto Ecumênico de Natal de Ribeirão Preto. Durante as Missas das 10 horas, em nosso Espaço Cultural de Espiritualidade, teremos a participação de um Coral diferente, começando com o Arco Íris, sob a regência do Profº Osmani Antônio de Oliveira, já no próximo domingo, dia 2 de dezembro. Adornando a participação do Coral, teremos também, uma belíssima encenação da busca de acolhida de Maria grávida e José em Belém, onde nasceu o Salvador do mundo entre animais, já que nenhum coração humano se dispôs a ser o berço do Criador, que se dignou assumir nossa humanidade na meiguice de um Menino. Nasceu cheirando a feno. Hoje poderá nascer cheirando a paz, acolhida, ternura e a fraternidade que deveria nortear nossas relações humanas, num tempo de tanto desamor e violência. Que o Príncipe da Paz encontre em nossas Comunidades de Fé, a coerência entre o que celebraremos e o que pretendemos viver, concretamente, ao longo do Novo Ano! Sintam-se todos convidados a preparar bem o Natal do Senhor, já a partir do próximo domingo, em nossa Igreja Santo Antoninho, na Avenida Saudade, 222-1, nos Campos Elíseos de Ribeirão Preto.

ADVENTO: INÍCIO DO NOVO ANO LITÚRGICO

Pe. Gilberto Kasper* No próximo domingo iniciaremos o Advento, tempo de espera e esperança. E com o Advento, iniciamos o novo Ano Litúrgico, diferentemente do Ano Civil, que se inicia a 1º de Janeiro. O Senhor nos concede mais um ano para louvá-lo e amá-lo, para compreender e celebrar seu amor para conosco. Celebraremos o Natal e suas festas de manifestação da presença de Jesus, o Menino Deus, o Emanuel, o Verbo encarnado, acolhido pelos pobres pastores e os magos do Oriente: a salvação não tem barreiras, nem limites. Ele veio e vem para salvar a todos. Os textos litúrgicos do Advento ecoam a bondade divina e imploram salvação. A Deus pedimos que “nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro do vosso Filho”; que “possamos celebrar de coração purificado o grande mistério da encarnação do vosso Filho”, e que, “pela participação na Eucaristia”, ele nos ensine, “a discernir com sabedoria as coisas terrenas e colocar nossas esperanças nos bens eternos”. A riqueza espiritual dessas orações é grande, vale a pena meditá-las. Dessa forma, a liturgia vai ensinando-nos a orar numa linguagem repleta de expressões teologicamente ricas e se torna – como deve ser – “escola de oração”. As explicações bíblicas e as orientações litúrgicas serão de grande valia para os que as usarem com sabedoria e fantasia, isto é, sem se dispensar da fadiga de aprofundar, compreender e adaptar à sua concreta realidade as numerosas e bonitas reflexões e sugestões celebrativas (cf. Roteiros Homiléticos da CNBB, nº 24, pp. 7-8). Em nossa Igreja Santo Antoninho, na Avenida Saudade, 222-1, nos Campos Elíseos de Ribeirão Preto, pelo quarto ano consecutivo, prepararemos o Natal com o IXº Concerto Ecumênico de Natal de Ribeirão Preto. Durante os quatro Domingos do Advento, os quatro primeiros domingos do mês de Dezembro, a Missa das 10 horas, em nosso Espaço Cultural de Espiritualidade, acolherá um Coral diferente a cada domingo, para ajudar-nos através da música natalina, preparar bem nossos corações, que deverão transformar-se mais uma vez, a manjedoura humana, onde nosso Criador possa tornar-se um de nós, na meiguice de um Menino! Sintam-se todos convidados a participar, já a partir do próximo domingo, dia 2 de dezembro, às 10 horas, da Missa que será cantada pelo querido Coral Arco Íris, sob a regência do Profº Osmani Antônio de Oliveira. Cantemos um novo Advento, preparando o melhor Natal de nossa vida! *pe.kasper@gmail.com

É MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR

Pe. Gilberto Kasper pe.kasper@gmail.com Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. A Filosofia estabelece o princípio: “sublata causa tollitur effectus”, que, traduzido, garante que eliminando a causa cessa o efeito. O glossário popular sentencia que é melhor prevenir do que remediar. Se isso vale em todos os campos, aplica-se particularmente à saúde. É preciso prevenir as doenças para garantir a saúde. Começa pela boca. Não só pelos cuidados com a higiene, com a escovação dos dentes, como com todo alimento que se ingere. Uns fazem mal aos dentes, outros ao estômago, outros aos rins, outros ao sistema nervoso etc. Quem sabe alimentar-se adequadamente corre menos perigo de ficar doente. A solução preventiva está na dosagem da dieta. Além da boca, corremos hoje uma infinidade de riscos de acidentes e de violência. É possível cuidar-se mais, evitando os perigos, que nos rondam de todos os lados. A imprudência está na raiz de muitos males que nos acometem, conforme afirma Dom Dadeus Grings em sua Cartilha da Saúde, que nos autorizou a reproduzir suas ideias publicadas em seu material, partilhando-as com nossos leitores tão diletos. A saúde não é apenas questão pessoal. Integra as exigências do bem comum. Por isso, procede-se a uma vacinação em massa, para prevenir e, consequentemente, eliminar o perigo de alastramento de pestes. Estamos, hoje, bem mais seguros que nas épocas anteriores à vacinação. A população inteira é imunizada contra certas doenças, que antigamente constituíam graves pesadelos e dizimavam populações inteiras. Quando eu era criança, a pessoa que morria aos 60 anos de idade, morria velha. Muitas delas nem sabiam de que morriam. A medicina, embora menos desenvolvida, era mais preventiva. Mas não havia o hábito de refazer os chamados “exames de rotina”, anualmente. Hoje, quando a pessoa morre aos 80 anos de idade, lamentamos com comentários, como: “Mas ainda era tão jovem e já faleceu?”. Com o avanço da medicina ocorre uma tendência de esticar a vida. O que se torna um desafio para o Estado é a manutenção de um povo que vive mais, sem produzir. É lamentável quando se culpa os Pensionistas e Aposentados de causarem os chamados “rombos na Previdência”. Pessoas que gastaram a vida pelo desenvolvimento de uma Nação, acusados de “pesadelos econômicos”. Oxalá saibamos reconhecer e respeitar mais nossos idosos, proporcionando-lhes vida e saúde dignas.

A SAÚDE E SEUS DESAFIOS

Pe. Gilberto Kasper* Dificilmente encontramos quem se diga satisfeito com a saúde. Diante de uma sociedade “enferma”, A Saúde e seus Desafios aumentam tanto, que mereceriam maior zelo por parte de todos, a começar pelos cidadãos. Não basta buscar culpados. Não basta reclamar, é preciso sugerir soluções concretas e reconhecer os esforços que de todos os lados são empreendidos para atender a todos. Não podemos admitir que existisse alguém que não se importe com a saúde das pessoas. O que acontece, é a impotência que nossos Governantes sentem ao querer oferecer saúde de maior qualidade a seu Povo. Talvez haja falhas na Política Pública da Saúde. Mas é preciso reconhecer o esforço empreendido para aliviar os sofrimentos, especialmente dos menos favorecidos. As filas intermináveis nos Postos de Saúde, nos Consultórios Médicos, nos Hospitais Públicos e Conveniados são uma realidade igual. O SUS – Sistema Único de Saúde do Brasil é um modelo de atendimento elogiado pelos Países considerados desenvolvidos, e neles, funciona. Sua aplicabilidade em nosso País talvez seja mais problemática por falta de “vontade política”. Se elencasse as intervenções que já fiz por agilizar atendimentos médicos a pessoas simples e dependentes do SUS, necessitaria de uma edição inteira deste querido Jornal, e nem assim, concluiria meus depoimentos. Sinto-me profundamente envergonhado, ter de interceder por alguém, quando tais atendimentos deveriam ocorrer naturalmente. Verba não falta. Talvez não seja aplicada com inteligência ou desviada de seu verdadeiro destino, para cobrir outros projetos. Quantas reportagens já assistimos, de hospitais e postos de saúde abandonados e inacabados, deteriorados com a desculpa de que a verba destinada não chegara ao destino? Certa vez fui chamado para atender um enfermo acidentado, num Hospital Municipal na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro. Estranhei, quando percebi todos os quartos do mesmo, vazios. Portas abertas, sem pacientes. Só a UTI e o CTI funcionavam. Perguntei à Enfermeira que me conduzia ao Paciente, o motivo daquilo, ao que me respondeu: “A Prefeitura não tem enviado alimento nem aos pacientes e nem aos funcionários do Hospital. Assim só funcionam a UTI e o CTI onde os pacientes são alimentados por sondas. E nós, funcionários, trazemos nosso alimento de casa”. Fiquei horrorizado, mas isso se repete Brasil afora mais do que se imagina. Tenho passado por vários Postos de Saúde e também visitei recentemente o Hospital Municipal Santa Lídia de Ribeirão Preto. Percebi o empenho e o zelo dos médicos, enfermeiros, atendentes e funcionários, que irradiavam alegria na dedicação à saúde dos pacientes. Fiquei encantado com a limpeza, o lanche até para acompanhantes dos pacientes internados naquele Hospital, pelo SUS; não por intermédio de algum Convênio pago. Não conferi a acusação de que o mesmo Hospital faz acepção e discriminação de pacientes. O paciente que visitei, estava internado pelo SUS com atendimento tão digno como os que ocupavam leitos mantidos por algum Convênio. Ao contrário, conhecemos Hospitais de nossa cidade, que reformaram suas recepções, parecendo hotéis turísticos. Chegando às Alas atendidas pelo SUS, a miséria é tão decepcionante, que até os leitos se encontram enferrujados. Antes de criticarmos, utilizemos de nossa educação básica, para então exercermos nossa cidadania, reivindicando atendimento digno de pessoas e não de “povão”. A Saúde e seus Desafios deve ser uma tarefa de todos. O Bom Senso sempre terá de ser a bússula orientadora de nossas relações: médicos e pacientes, pacientes e atendentes. Médicos deveriam dialogar mais com os pacientes do que com os exames, os atendentes deveriam acolher mais os enfermos, do que suas fichas de identificação. *pe.kasper@gmail.com

A SOLICITUDE PELA SAÚDE PÚBLICA

Pe. Gilberto Kasper* Sabemos que surgem sempre ameaças de novas doenças, que assustam. Não basta empenhar-se na cura de quem já está infectado. É preciso ir às causas. Citemos a calamidade da AIDS. Está ligada a uma série de comportamentos humanos, que estão longe de serem recomendados. É preciso apelar para a responsabilidade nesses campos, tanto no que diz respeito ao uso de drogas, que virou o grande pesadelo de nossos tempos, como a todo campo de doenças sexualmente transmissíveis. É preciso advertir acerca das consequências para, depois, não se limitar a chorar sobre o leite derramado. Não há dúvida de que um dos fatores decisivos para a prevenção das doenças é a higiene e uma vida regrada. Mas é também preciso advertir sobre o exagero, que chega até o escrúpulo e à ansiedade, que se incute e implanta nesse campo. Vida saudável não é só comida e bebida saudáveis, mas também alegria e paz, convivência harmônica e fé, descanso e trabalho, exercício físico e mental... Temos que aprender a viver em cidade, criando hábitos urbanos, mas também tornando a cidade mais humana, com espaços para o lazer e para a convivência salutar. A solicitude pela saúde pública vai desde a água potável ao esgoto, desde o ar respirável ao ambiente de relativa tranquilidade, que evite o barulho desmesurado e o trânsito caótico. Cuidar da saúde não é, em primeiro lugar, cuidar de hospitais e postos de saúde, mas criar as condições que a promovam. Ou seja, cuidar da saúde, não se reduz às terapias que se ocupam com as doenças e enfermidades. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como expressão de uma inter-relação entre três níveis vitais: o físico, o psíquico e o social. Com isso, demonstra que não existe saúde sem os requisitos fundamentais da educação, da habitação, da alimentação, da equidade, da paz, da justiça social e da fé. Com grande esperança em nossos eleitos para governar nossas cidades nos próximos quatro anos, confiamos que se realizem de verdade, as promessas elencadas nos “projetos que nortearam as campanhas eleitorais”. Exercendo nossa cidadania, ficaremos atentos e cobraremos com veemência tudo o que nos foi prometido! Precisamos descobrir entre nós, verdadeiros líderes, que nos desacomodem da passividade. Tenhamos consciência de nossa participação ativa na elaboração das leis, bem como de suas devidas aplicações. Sem nossa participação não teremos como cobrar e nem esperar melhorias. A Santo Antoninho que o diga, esperando há 5 anos! *pe.kasper@gmail.com