Terça-feira, dia 16 de Setembro de 2008
Hoje a Igreja celebra : S. Cornélio, papa, mártir, +253, S. Cipriano, bispo, mártir, +258 Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Santo Agostinho :
"Jovem, eu te ordeno, levanta-te"
Evangelho segundo S. Lucas 7,11-17.
Em seguida, dirigiu-se a uma cidade chamada Naim, indo com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a acompanhá-la, vinha muita gente da cidade. Vendo-a, o Senhor compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.» Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o transportavam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!» O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe. O temor apoderou-se de todos, e davam glória a Deus, dizendo: «Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!» E a fama deste milagre espalhou-se pela Judeia e por toda a região.
Comentário ao Evangelho do dia feito por : Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja Sermão 98
"Jovem, eu te ordeno, levanta-te"Que ninguém duvide, se for cristão, de que, mesmo agora, os mortos ressuscitam. Claro que todos temos olhos para ver mortos ressuscitarem da forma como ressuscitou o filho desta viúva de quem se fala no evangelho. Mas nem todos podem ver ressuscitar os homens que estão mortos espiritualmente; para isso é preciso já se ter ressuscitado interiormente. É maior feito ressuscitar alguém que há-de viver para sempre do que ressuscitar alguém que tem de morrer de novo.A mãe deste jovem, esta viúva, teve transportes de alegria ao ver ressuscitar o seu filho. A nossa mãe, a Igreja, rejubila também ao ver todos os dias a ressurreição espiritual dos seus filhos. O filho da viúva tinha morrido com a morte do corpo; mas estes, com a morte da alma. Derramavam-se lágrimas sobre a morte visível do primeiro; mas poucos se preocupam com a morte invisível destes últimos, nem sequer a vêem. O único que não ficou indiferente foi aquele que conhecia estes últimos mortos; só ele conhecia esses mortos e lhes podia dar a vida. Com efeito, se o Senhor não tivesse vindo para ressuscitar os mortos, o apóstolo Paulo não teria dito: "Levanta-te, tu que dormes, ergue-te de entre os mortos e Cristo te iluminará!" (Ef 5,14)
"Deixai vir a mim os pequequinos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham"
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
A Montanha de Sião
A montanha de Efraín pode designar a bem-aventurada e sempre Virgem Maria, Mãe de Deus. Ela, Maria, foi grandiosa, como a montanha, Ela que, pela dignidade de sua escolha, ultrapassa qualquer criatura eleita, por mais valorosa que seja esta última. Não teria sido Maria, uma grande montanha, Ela que ergueu o que há de mais nobre, em méritos, acima de todos os coros dos Anjos, até o trono da Divindade, e conseguiu, assim, conceber o Verbo Eterno? Na verdade, profetizando sua magnífica dignidade, Isaías disse: "Dias virão em que o monte da casa de Iahweh será estabelecido no mais alto das montanhas e se alçará acima de todos os outeiros." (Is 2, 2). Sim, Ela foi a montanha, colocada no alto de todas as montanhas, pois a grandeza de Maria resplandece acima de todos os Santos.
São Gregório, o Grande Papa de 590 a 604 e Doutor da Igreja (+604)
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.Amém.
São Gregório, o Grande Papa de 590 a 604 e Doutor da Igreja (+604)
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.Amém.

A Marca Dos Dedos De Deus

(Isaías 64:8).
"Não é você que molda a Deus mas Deus que molda você. Se você é a obra de Deus, aguarde o trabalho artístico de Suas mãos no tempo devido. Ofereça a Ele seu coração, suave e dócil, e mantenha a forma em que o artista o modelou. Deixe seu barro manter-se úmido, para que você não endureça e perca a impressão de Seus dedos."
Temos sido gratos a Deus pelo que Ele tem feito em nossas vidas? Temos compreendido que Ele sabe muito melhor do que nós o caminho que nos conduzirá à verdadeira felicidade?Temos tido a paciência de esperar pelo momento certo de tudo acontecer sem a ansiedade de ver os resultados de acordo com nossa vontade?
Muitas vezes queremos dirigir os passos de Deus, tentando ensinar-Lhe a hora e a maneira correta de agir a nosso favor. Queremos tudo e a todo momento, mas o nosso Pai sabe do que necessitamos e o momento oportuno de nos atender. Ele é o Oleiro e nós apenas o barro em suas mãos.
Quando é necessário, aperta-nos um pouco aqui e outro pouco ali, moldando-nos para que, ao final, tenhamos a beleza e a finalidade para a qual nos criou. A nós cabe simplesmente confiar no Seu amor e sabedoria e esperar pela bênção que, sem dúvida, logo chegará.
Que cada um de nós, como filhos amados do Senhor, conservemos o brilho da ação de Deus em todas as nossas atitudes e que jamais as marcas de Seus dedos desapareçam de nossas vidas.
Você tem seu coração endurecido? Deixe que o Senhor Jesus o umedeça com Sua graça moldando-o segundo Sua vontade. Sua vida será bem mais feliz.
texto: Paulo Roberto Barbosa. Um cego na Internet
O martírio da Virgem Maria
O martírio da Virgem Maria foi-nos transmitido na profecia de Simeão e no relato da Paixão de Cristo. Simeão, que era justo e piedoso, ao ver a criança, disse: "Eis que este menino foi colocado para a queda e o para o soerguimento de muitos em Israel e como um sinal de contradição." E, dirigindo-se a Maria: "E a ti, uma espada traspassará tua alma!" Mãe bendita, uma espada traspassou, realmente, a tua alma. Aliás, não foi somente tendo traspassado a tua alma que ela penetrou na carne de teu Filho. Depois que Jesus entregou o seu espírito, a lança cruel que lhe abriu o costado, não conseguiu, evidentemente, atingir a sua alma; mas, traspassou-a, profunda e dolorosamente. A alma de Jesus não estava mais lá, mas a tua, esta ficara, e dilacerada. Não fiquem espantados, caros irmãos, se dizemos que Maria é mártir em sua alma. Aquele que se surpreende, esquece - pois ele ouviu - que Paulo considera a falta de amor como um dos maiores crimes dos pagãos. O coração da Virgem Maria estava longe desta frigidez. E jamais deixará de envolver seus pequenos servidores com seu ardoroso amor materno.
Sermão de São Bernardo (Dom. As., 14-15)
Sermão de São Bernardo (Dom. As., 14-15)
Evangelho cotidiano
Hoje a Igreja celebra : Nossa Senhora das Dores
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Beato Guerric d'Igny : «E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua»
Evangelho segundo S. João 19,25-27.
Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Clopas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!» Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.
Comentário ao Evangelho do dia feito por : Beato Guerric d'Igny (c.1080-1157), abade cisterciense 4º sermão para a Assunção
«E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua»Quando Jesus se pôs a percorrer as cidades e as aldeias para anunciar a Boa Nova (Mt 9,35), acompanhava-o Maria, a seus passos presa de maneira inseparável, suspensa de seus lábios sempre que Ele abria a boca para ensinar. A tal ponto assim era que nem a tempestade da perseguição nem o horror do suplício a fizeram abandonar a companhia do Filho, os ensinamentos do seu Mestre. «Aos pés da cruz de Jesus estava Maria, sua mãe». Ela é mãe, verdadeiramente mãe, a que nem nos terrores da morte abandonava o Filho. Como poderia ela ter sido assustada pela morte, esta cujo «amor era forte como a morte» (Ct 8,6), e mais forte até que a própria morte. Sim, de pé ela se mantinha aos pés da cruz de Jesus e a dor desta cruz crucificava-a em seu próprio coração, também; todas as chagas que via no corpo ferido de seu Filho eram gládios que lhe trespassavam a alma (Lc 2,35). É pois com toda a justiça que ali mesmo é proclamada Mãe, e lhe seja designado um protector bem escolhido que a tome a seu cuidado, porque foi de facto ali que se manifestaram o amor perfeito da mãe para com o Filho e a verdadeira humanidade que o Filho recebera da mãe [...].Tendo-a Jesus amado, levou o seu amor «até ao extremo» (Jo 13,1). Não só os seus últimos momentos de vida foram para ela, como também as suas últimas palavras: acabando por assim dizer de ditar o seu testamento, Jesus confiou a mãe aos cuidados do seu mais querido herdeiro [...]. Pedro recebeu a Igreja; e João, recebeu Maria. Esta parte da herança coube a João como um sinal do amor privilegiado de que era objecto, mas também devido à sua castidade [...] Porque convinha que à mãe do Senhor só prestasse serviços o discípulo bem amado de seu Filho, e mais ninguém [...] E por tal disposição providencial, poderia o futuro evangelista de tudo se ocupar com familiaridade juntamente com a que tudo sabia, aquela que, desde sempre, observava tudo o que a seu Filho dizia respeito e «conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração» (Lc 2,19).
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Beato Guerric d'Igny : «E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua»
Evangelho segundo S. João 19,25-27.
Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Clopas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!» Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.
Comentário ao Evangelho do dia feito por : Beato Guerric d'Igny (c.1080-1157), abade cisterciense 4º sermão para a Assunção
«E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua»Quando Jesus se pôs a percorrer as cidades e as aldeias para anunciar a Boa Nova (Mt 9,35), acompanhava-o Maria, a seus passos presa de maneira inseparável, suspensa de seus lábios sempre que Ele abria a boca para ensinar. A tal ponto assim era que nem a tempestade da perseguição nem o horror do suplício a fizeram abandonar a companhia do Filho, os ensinamentos do seu Mestre. «Aos pés da cruz de Jesus estava Maria, sua mãe». Ela é mãe, verdadeiramente mãe, a que nem nos terrores da morte abandonava o Filho. Como poderia ela ter sido assustada pela morte, esta cujo «amor era forte como a morte» (Ct 8,6), e mais forte até que a própria morte. Sim, de pé ela se mantinha aos pés da cruz de Jesus e a dor desta cruz crucificava-a em seu próprio coração, também; todas as chagas que via no corpo ferido de seu Filho eram gládios que lhe trespassavam a alma (Lc 2,35). É pois com toda a justiça que ali mesmo é proclamada Mãe, e lhe seja designado um protector bem escolhido que a tome a seu cuidado, porque foi de facto ali que se manifestaram o amor perfeito da mãe para com o Filho e a verdadeira humanidade que o Filho recebera da mãe [...].Tendo-a Jesus amado, levou o seu amor «até ao extremo» (Jo 13,1). Não só os seus últimos momentos de vida foram para ela, como também as suas últimas palavras: acabando por assim dizer de ditar o seu testamento, Jesus confiou a mãe aos cuidados do seu mais querido herdeiro [...]. Pedro recebeu a Igreja; e João, recebeu Maria. Esta parte da herança coube a João como um sinal do amor privilegiado de que era objecto, mas também devido à sua castidade [...] Porque convinha que à mãe do Senhor só prestasse serviços o discípulo bem amado de seu Filho, e mais ninguém [...] E por tal disposição providencial, poderia o futuro evangelista de tudo se ocupar com familiaridade juntamente com a que tudo sabia, aquela que, desde sempre, observava tudo o que a seu Filho dizia respeito e «conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração» (Lc 2,19).
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