COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
GAUDETE – DOMINGO DA ALEGRIA
Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“Alegrai-vos sempre no Senhor.
De novo eu vos digo: alegrai-vos!
o Senhor está perto” (Fl 4,4s).
“Celebramos com esperança, otimismo e muita fé o Terceiro Domingo do
Advento – Gaudete – DOMINGO DA ALEGRIA! A exemplo do Profeta Isaías, todos devemos
nos alegrar, pois o Senhor está próximo. João Batista aparece neste domingo
para preparar o caminho de Jesus até nós.
A
Palavra de Deus proclamada neste Domingo nos apresenta o tema da alegria, pois o Espírito do Senhor está
sobre nós, nos leva a rezar sem cessar e nos faz reconhecer em João Batista o
mensageiro da vinda de Jesus.
A
celebração é momento de exultação, pois Deus está em nosso meio. A missão de
João Batista é apontar a luz para a humanidade. O desejo de Deus é ver-nos
felizes. Mas o que significa, para nós, ser feliz?
Com
nossa ação de graças, reconheçamos que se realizou para nós o anúncio da
libertação. Nosso Deus nos associa à alegria da sua vida nova” (cf. Liturgia Diária de Dezembro de 2014 da Paulus, pp. 47-49).
Por tradição, o Terceiro Domingo do Advento é denominado Domingo Gaudete, que
significa Domingo da Alegria. Isso, porque a antífona de entrada começa
com esta expressão: ‘Alegrai-vos sempre
no Senhor’ (em latim Gaudete in
Domino semper). Esta, portanto, é a chave para a compreensão dos textos
bíblico-litúrgicos e eucológicos, assim como dos ritos e símbolos do Terceiro Domingo do Advento.
A alegria de que trata a
Liturgia deste domingo liga-se à proximidade da festa da Natividade do Senhor. A
percepção de que já atravessamos mais da metade do caminho rumo à Noite
Santa do Natal ilumina a celebração da comunidade de fé. Com razão a
Oração da Igreja assim se exprime: “Levantai
vossa cabeça, pois a vossa redenção se aproxima”. Portanto, o júbilo não se
dá somente por que já se aproxima uma data memorável, mas sobretudo, porque as
consequências do Mistério que nela se celebra já podem ser sentidas pela Igreja
peregrina.
O Terceiro Domingo do Advento – Gaudete
– é momento de passagem ou transição para a comunidade que celebra como
o fora para os contemporâneos do Batista. Nós, como eles, somos atraídos para a
“beira do Jordão”, a fim de permanecer de prontidão, à espera da travessia
pascal que se inaugura com a revelação de Deus e se plenifica com a encarnação
do Verbo.
Nesse sentido, nosso
olhar recai sobre o que se augura com a celebração Eucarística: “que estes sacramentos nos purifiquem dos
pecados e nos preparem para as festas que se aproximam”. A preparação para
a celebração da natividade e manifestação do Senhor na carne exige transpor o
Jordão, passando pelas águas que nos liberam da maldade, da corrupção, da
morte. Dito de outro modo, ao celebrar o Terceiro Domingo do Advento, a
Igreja se alegra por estar à “beira” do Jordão, em poder levantar a cabeça e
vislumbrar seu destino, que é a comunhão de vida com o Messias, cujas vozes
proféticas de todos os tempos e lugares apontam e prenunciam, segundo a
inteligência da fé.
Dar graças, fazer
eucaristia, corresponde de fato ao “nosso
dever e salvação”, porque é no ato de buscar e reconhecer a presença de
Deus, que nos percebemos salvos, mergulhados em sua vida. Damo-nos conta o
quanto o Espírito Santo está sobre nós empurrando-nos para que demos testemunho
da visita do Messias no mundo, alegrando os tristes, devolvendo a dignidade aos
empobrecidos. A ação de graças recomendada por Paulo nos faz reconhecer que
tudo quanto fora dito por Deus em promessa, cumpriu-se em seu Filho e se
desdobra naqueles e naquelas que o servem e lhe são fiéis. Em suma, nossa
fidelidade torna evidente aquele que nos chamou e é fiel no cumprimento de sua
Palavra.
AGRADECIMENTO PELA DOAÇÃO NA COLETA PARA A EVANGELIZAÇÃO
[É o domingo em que deveremos
partilhar
nossa pobreza, doando generosamente os frutos saborosos de nossos
exercícios penitenciais e de abstinência propostos para o rico tempo do Advento!
Não devemos dar qualquer “migalha” ou aquilo que nos sobra da compra de
presentes de Natal. Recebemos um envelope destinado à Coleta para a Evangelização,
que deveremos devolver, contendo o resultado daquilo que deixamos de gastar em
favor dos que têm menos do que nós, bem como, para que Jesus Cristo seja
conhecido e nosso povo evangelizado de sul a norte de nosso imenso País. Quem
não tiver ou esquecer o envelope, coloque na coleta da esmola numa das
Celebrações deste Domingo da Alegria sua doação, porque todas as Paróquias e
Comunidades endereçarão o que recolherem, à Cúria Metropolitana, que por sua
vez dará o destino certo à generosidade de nosso coração. Sejamos, portanto,
honestos e justos, porque a Igreja no Brasil sobrevive com nossa
corresponsabilidade!]
Desde o início, a obra de
evangelização e o trabalho da Igreja contaram com o apoio espiritual e material
de todos os batizados. Motivados pela fé recebida e pela gratidão a Deus, todos
os membros da Igreja são chamados a colaborar, de várias formas, para que o dom
do Evangelho também chegue a outras pessoas.
Além de vivenciar
concretamente sua corresponsabilidade de batizado pelas obras de evangelização
e do sustento de irmãos e irmãs empenhados nestas atividades, a sua
participação o tornará mais disponível ao Senhor.
Esta será a destinação de
sua coleta: 45% para a sua Diocese; 20% para as 17 Subsedes da CNBB; e 35% para
a CNBB Nacional.
Deus lhe pague pela
contribuição nesta importante coleta!
O grande convite deste Domingo
da Alegria – GAUDETE – é transpirar a esperança
de que o Natal do Senhor nos ajude a promovermos maior dignidade entre
as pessoas, sendo Anjos uns para os outros. Acendendo a vela rosa de nossas Coroas do
Advento, possamos renovar o propósito de testemunharmos uma fé cheia de
alegria, com sabor divino.
Não nos esqueçamos de
nossos gestos concretos, oferecendo quem sabe, como presente de Natal
uma Bíblia
ao invés de presentes perecíveis. A Palavra de Deus semeada
no coração dos que amamos e dos que ainda não a conhecem, não perecerá. Ao
contrário será alimento de vida a quem a acolher com alegria! Não falar mal de ninguém
até o Natal poderá tornar-se um magnífico hábito entre irmãos que amam, ao longo do novo ano que se aproxima. Se não
tivermos nada de bom a dizer sobre o outro, é melhor calar!
Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e
gratidão, o abraço amigo,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Is
61,1-2.10-11; Sl Lc 1; 1 Ts 5,16-24 e Jo 1,6-8.19-28).