-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: 08/27/12

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

São Pedro Juliano Eymard e Nossa Senhora do Laus (França)

O amor pela Eucaristia cresceu no coração de Pedro Juliano paralelamente ao amor pela Virgem Santíssima. Ainda bem jovem, ele se consagrou a Maria, prostrando-se diante de seu altar. Gostava muito de rezar o terço. Entretanto, um desejo o atormentava; o de fazer uma peregrinação à cidade de Laus - situada em Saint-Etienne-le-Laus, na Provence, Côte D´Azur -, para visitar a capela de Nossa Senhora do Bonne Rencontre, venerada em toda a região desde que a Virgem Santa aparecera a Benoîte Rencurel, no dia 29 de setembro de 1664. Seis léguas de distância separavam-no de La Mure do Laus. Pedro Juliano, nos seus dez anos de idade, teve que implorar muito... Até que, finalmente, a permissão lhe foi dada e ele pôde realizar o seu sonho, participando de uma peregrinação, em grupo, e permanecendo no local desejado por mais uma semana. Uma palavra sua nos desvela um pouco as graças recebidas: "Foi lá que, pela primeira vez, pude conhecer e amar Maria." Uma atração secreta e imperiosa o levaria inúmeras vezes ao Laus. O vigário o censurava, sempre: "Queres ser Padre, sem, ao menos, saber se tens vocação!" Preocupado, Pedro Juliano resolveu ir ao Laus para pedir à Nossa Senhora que o iluminasse e o encaminhasse. Ao chegar lá, confessou-se com o Padre Touche e este o encorajou a realizar o sonho de tornar-se padre. Desde então, exclamava com justo reconhecimento: "Ó! sim, se me tornei padre, isto eu devo à Virgem Santíssima; sem ela, eu não teria triunfado contra os obstáculos que se opunham aos meus desígnios." "A Virgem - diria ele, mais tarde - tinha-me conseguido uma contrição de lágrimas. Daqui, posso ver o pilar, no qual eu me apoiava, e tanto chorava! Sempre que eu retornar ao Laus, me apoiarei nele." Um dia, quando falava sobre o Laus ao sentir-se diante de Nossa Senhora do Bom Socorro, ele se enleou - estava a ver a Virgem Santa, verdadeiramente - murmurou: "A Mãe Santíssima lá está; lá, nós podemos vê-la!" Em seguida, bem envergonhado, calou-se. São Pedro Juliano recebeu de Maria Santíssima a missão de fundar uma obra dedicada à adoração perpétua da Eucaristia. Efetivamente, fundou a Congregação dos Padres do Santíssimo Sacramento. Segundo Robert Labigne, Florilégio Mariano, 1981 Fonte: Um Minuto com Maria

Maria, humana como nós

Ela foi a pessoa que melhor realizou a vontade de Deus O gênero humano possui duas naturezas: a corporal e a espiritual. (CIC, 2337). Uma bonita característica desta realidade é que tudo aquilo que somos neste mundo têm como finalidade última revelar a nossa identidade eterna, como disse o Papa João Paulo II em uma de suas catequeses: “O corpo, de fato, e só ele, é capaz de tornar visível o que é invisível. Foi criado para transferir para a realidade visível do mundo o mistério oculto desde a eternidade em Deus, e assim ser sinal d’Ele (Teologia do Corpo, nº 19, de 20/02/1980). Até a essência humana do "Homem-Deus" teve esse propósito: “a pessoa humana do Cristo pertence 'in proprio' à pessoa divina do Filho de Deus, Sua vontade e inteligência têm como primazia a revelação do ser espiritual da Trindade (CIC, 470). Podemos identificar uma mostra disso ao checar a vida dos santos, aqueles que já alcançaram a glória junto ao Altissímo, mas que, desde sua vida terrena, enquanto peregrinos neste mundo, demonstravam habilidades, carismas e dons que faziam parte da identidade eterna a respeito deles. Perceba que aqueles que foram elevados aos altares, os mais conhecidos, são tidos como padroeiros e intercessores de causas específicas conforme suas experiências vividas em sua passagem aqui na terra. Dom Bosco, hoje no céu, continua intercedendo pelos jovens; São Lucas, médico (cf.Cl 4,14), é padroeiro destes profissionais da medicina; Santa Cecília, musicista, é auxiliar espiritual dos músicos, e assim por diante. Neste contexto, destacamos Maria Santíssima. Ela foi a pessoa humana que realizou, da maneira mais perfeita, a obediência da fé (CIC, 148), por isso está acima de todos os santos. Ela teve, em sua humanidade, a dádiva de ser mãe como maior incumbência e a mantém na eternidade. Tudo nela diz respeito à maternidade. Aquilo que conhecemos a seu respeito, proclamado pela Igreja em seus títulos, já tinham um traço, uma característica que ela desenvolveu em sua vida neste mundo. A personalidade, a alegria, o silêncio, o serviço, a feminilidade, a prontidão, o ser educadora, a intimidade, o modo particular de ser mãe, correspondem ao cuidado que Cristo desfrutou e que, ainda nos tempos de hoje, nós também podemos obter de Maria. Nisso tudo, ela antecipava o ser “Auxiliadora”, “Rainha de Paz”, distribuidora de “Graças”, “Medianeira”, mulher “das Dores" etc. Nela, o “dom da maternidade” atinge seu significado mais profundo e perfeito desde sempre e para sempre. Maria, a mãe de Jesus, é e sempre será a mãe de toda a Igreja. Sem nenhuma exceção, aqueles que são gerados no Cristo herdam a filiação do Pai das Misericórdias e também dessa Mãe Dulcíssima, que nos acolhe e nos ama, pois, somos membros do Corpo Místico de Jesus, no qual Sua dimensão física foi gerada por Maria. Ela é o modelo de mãe que concebe o corpo e também cuida para que o filho alcance a plenitude da vida espiritual e da vontade de Deus a seu respeito. Ao vislumbrar o rosto humano da Virgem de Nazaré, seremos impulsionados a aumentar nosso amor,nossa devoção e entrega a Nossa Senhora, como também será uma provocação, partindo dos exemplos de Maria, a encontrar a iniciativa do Senhor no sentido de nossa própria existência, conhecer o que Deus pensou a nosso respeito para esta vida e para a eternidade. Maria, mãe da ternura, rogai por nós! Sandro Ap. Arquejada blog.cancaonova.com/sandro Membro da Comunidade Canção Nova, formado em Administração, colunista do Portal Canção Nova, autor do livro: "Maria humana como nós"