-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: 02/18/13

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

FRATERNIDADE E O IMPACTO DA MUDANÇA DE ÉPOCA

Pe. Gilberto Kasper pe.kasper@gmail.com Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. “Nossa era é marcada por intensas e profundas mudanças. Depois de uma longa ‘época de mudanças’, nós nos deparamos com uma ‘mudança de época’, que enfraquece e altera muitos dos paradigmas tradicionais que sustentavam certa visão de mundo. Raras são as sociedades imunes a esse processo. Vivemos em um mundo globalizado, em que todos são afetados por tudo o que acontece em qualquer lugar. As tradicionais maneiras de compreender o mundo e a maneira de bem viver que serviram de orientação para as pessoas por muitos séculos, sobretudo no Ocidente, já não são aceitas pelas novas gerações. Essa tradição cultural se fragmentou e deu lugar a uma diversidade de novas visões do mundo e da vida, de estruturações sociais, de relação com o sagrado e de modelos antropológicos. Desta forma, onde outrora existiam valores e critérios que definiam dada realidade ou o modo de proceder, agora há uma diversidade de propostas aceitas como válidas, num contexto de abertura a experimentações. Portanto, a expressão ‘mudança de época’ procura conceituar a etapa da história por que passamos, em que se faz a transição de uma cultura estável para outra, nova e ainda não estabilizada. A cultura estável parece não responder ao momento histórico que já é a passagem para outro momento” (cf. Manual da CNBB para a CF de 2013, pp. 12-13). A Campanha da Fraternidade dedicada à Juventude é um clamor a todos nós, de discernimento e nos convida à missionariedade e discipulado de cada cristão numa desafiadora mudança de época. Perdemos valores, noção de justiça, ética e não poucas vezes contemplamos uma Juventude desencantada, sem rumo, engolida por ofertas, sem, entretanto, oportunidades sólidas. Saibamos com ousadia profética, aprofundar neste rico tempo quaresmal, nossa missão e nossa responsabilidade por um mundo mais digno.

FRATERNIDADE E JUVENTUDE

Pe. Gilberto Kasper* “A Campanha da Fraternidade de 2013, que retoma o tema Juventude, se propõe olhar a realidade dos jovens, acolhendo-os com a riqueza de suas diversidades, propostas e potencialidades; entendê-los e auxiliá-los neste contexto de profundo impacto cultural e de relações midiáticas; fazer-se solidária em seus sofrimentos e angústias, especialmente junto aos que mais sofrem com os desafios desta mudança de época e com a exclusão social; reavivar-lhes o potencial de participação e transformação. Esta Campanha deseja, no contexto do Ano da Fé, mobilizar a Igreja e, o quanto possível, os segmentos da sociedade, a fim de se solidarizarem com estes jovens, favorecer-lhes espaços, projetos e políticas públicas que possam auxiliá-los a organizarem a própria vida a partir de escolhas fundamentais e de uma construção sólida do projeto pessoal, a se compreenderem como força de transformação para os novos tempos, a desenvolverem seu potencial comunicativo pelas redes sociais em vista da ética e do bem de todos, a assumirem seu papel específico na comunidade eclesial e no exercício do protagonismo que deles se espera, nas comunidades e na luta por uma sociedade que proporcione vida a todos. Evangelizar, hoje, é uma via de mão dupla. Saem de cena os ‘públicos’ ou ‘destinatários’ da evangelização para dar lugar aos ‘interlocutores’. Os interlocutores da evangelização são pessoas que, numa relação dialogal, se enriquecem pela troca de experiências” (Manual da CNBB para a CF 2013, pp. 10-11). A Igreja, nesta Campanha da Fraternidade, coloca no coração da Juventude nova esperança, novas perspectivas e sentido de vida cristã, que brotem dos Evangelhos e sejam adornados de valores éticos, morais e humanos. Oxalá todos se empenhem por uma FRATERNIDADE E JUVENTUDE à luz dos preparativos da Jornada Mundial da Juventude, agendada com a presença do Santo Padre o Papa no Rio de Janeiro, para julho próximo. *pe.kasper@gmail.com Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.

O PROTAGONISMO JUVENIL NESTA CULTURA

Pe. Gilberto Kasper pe.kasper@gmail.com Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. “Não podemos negar que existe uma relação natural de nossas crianças, adolescentes e jovens com as novas tecnologias. A maioria deles vive no universo midiático e, muitas vezes, aqueles que não têm acesso aos diversos aparelhos ou redes são deixados à margem do processo social ou considerados como menos importantes em relação aos inseridos. É própria dessa faixa etária a busca de experiências, de envolvimentos e de participação em atividades. Os jovens de hoje priorizam a experiência em vez da representação. O protagonismo deles se realiza por meio de conexão com outros jovens e com a esfera pública, quando manifestam uma atitude colaborativa, expressam suas opiniões, mostram competência dentro de uma sociedade global e complexa. A relação natural entre os jovens e as novas mídias alimenta cada vez mais o gosto e o interesse por ser sujeito. Eles se sentem motivados pelos desafios que esse novo universo comunicacional impõe. Conhecem e dominam as linguagens das novas mídias mais que os próprios pais e educadores, e isso os torna socialmente fortes e valorizados. Nessa realidade, criam um novo modo de se relacionar e de assumir compromissos com a família, com a educação, com a sociedade, com a Igreja, com o ambiente” (cf. Manual da CNBB para a CF de 2013, pp.22-23). Não só os jovens, mas pessoas de diversas faixas etárias não conseguem sobreviver sem um celular ao ouvido, um notebook no colo, bem como outros instrumentos sofisticados em salas de aula, andando pelas calçadas, aguardando voos em aeroportos e até mesmo durante celebrações nas comunidades. Em encontros sociais, dificilmente as pessoas conversam umas com as outras, sem a interferência de uma terceira ao telefone ou pela internet. A priori são relações mecânicas, artificiais, sem nada de humanamente falando elegante, terno, educado e sensível. Como seria bom que houvesse uma séria conscientização da necessidade de mudança de hábitos. As pessoas devem manipular os aparelhos eletrônicos modernos de comunicação, e não o contrário. Sociólogos, psicólogos e educadores descrevem tal protagonismo mais uma fuga, do que comprometimento com os apelos de nosso tempo.

OBJETIVOS DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 2013

Pe. Gilberto Kasper pe.kasper@gmail.com Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Conforme o Manual preparado pela CNBB para a Campanha da Fraternidade de 2013, que tem como tema: FRATERNIDADE E JUVENTUDE, e lema: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8), determinou-se um Objetivo Geral: “Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz”. Minha grande esperança sempre se alimentou numa JUVENTUDE com perspectivas de transformação. É ela que mede a febre existente numa sociedade despida de valores éticos, morais; de justiça e de cidadania. Ela questiona incoerências e hipocrisias. Nem sempre tem sido assim. Por outro lado, imagino como nossa Juventude se sente: para determinadas decisões ainda é criança; para assumir responsabilidade de maior proporção, é considerada já adulta. Ora, a Juventude é Juventude. Não é criança e nem adulto. E muitas vezes se nos passa despercebido, de que a Juventude é um período da vida da pessoa que passa. Passa bem mais rápido do que desejamos. Quem sabe, esta Campanha nos ajude a identificar nosso tempo e nosso espaço no mundo familiar, social, eclesial, político e vital. Os Objetivos Específicos da Campanha da Fraternidade pretendem “propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para a elaboração de seu projeto de vida; possibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada, para que eles possam contribuir com seus dons e talentos e sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum” (cf. Manual da CF de 2013, da CNBB, p. 11). Não só o Brasil, mas o mundo inteiro confia à Juventude grande esperança à luz do Ano da Fé, bem como dos preparativos para a Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Rio de Janeiro no mês de julho deste ano. Saibamos ajudar nossos Jovens a reencontrarem seu espaço, sua vez e voz entre todos nós. Tanto a Campanha da Fraternidade como a Jornada Mundial da Juventude, deverão produzir frutos saborosos, com sabor divino.