-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: 11/05/12

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O Rosário de nossa Santa Mãe

A própria natureza fez do nome "mãe", o mais doce entre todos os nomes e, do amor materno, o próprio modelo de um amor terno e cuidadoso; assim, a alma piedosa o sente, de forma tão vivaz, que não encontra palavras para exprimir, o quanto pulsa e arde, em Maria, a chama de um amor benevolente e eficaz. Isto ocorre porque Maria é nossa Mãe, não no plano natural, mas por parte de Cristo. Ela conhece mais do que ninguém, ela vê perfeitamente tudo o que nos diz respeito: as nossas necessidades na vida; os perigos públicos ou íntimos que nos ameaçam; as angústias e os males que nos rodeiam e, sobretudo, a dificuldade da luta que devemos enfrentar para a salvação de nossa alma, contra os inimigos mais encarniçados. Nessas e em tantas outras provações, nossa Mãe celeste possui, mais e melhor do que ninguém, o poder e o desejo de trazer consolo, força e auxílio, de toda espécie, a seus filhos bem-amados. Vamos nos dirigir a Maria, corajosa e ardentemente; vamos invocá-la, em nome destes laços maternais que a unem tão estreitamente a Jesus e a nós; invoquemos, com profunda devoção, sua assistência pelo modelo de oração que lhe é agradável; então, poderemos, com justa razão, repousar em segurança e alegria sob a proteção da mais perfeita de todas as mães. Papa São Leão XIII (1810-1903) Encíclica "Magnae Dei Matris", de 8 de setembro de 1892.

MAIS RESPEITO E REVERÊNCIA

MAIS RESPEITO E REVERÊNCIA Volto da missa dominical. Mas dela não saí edificado; antes constrangido com a “nova” pedagogia da Igreja, a de como se dirigir a Deus. Ensina-me o folheto dominical que devo me dirigir a Deus não de uma forma “temente”, isto é, respeitosa e reverente; mas com intimidade desabrida, tratando-o por “você”. O refrão de um dos cantos, aliás, pareceu-me paradigmaticamente escandaloso: “você em mim, eu em você”. Daqui a pouco agrega-se “e nóis tudo c’as mina, cara, numa boa, brodis”. Talvez não seja prudente atribuir isso à Igreja, mas a alguns padrecos, ou freirinhas, não importa. Mas o tratamento dado a Deus, “você”, é irrefletido, irreverente e desrespeitoso. O surpreendente é que se o tenha permitido com a chancela de alguém maior, “oficializando” um documento que serve de base ao culto de milhões de católicos. Obviamente, duvido que esse padreco, ou essa freirinha, ousasse se dirigir a uma autoridade, ainda que apenas o Prefeito fosse; ou ao Papa, ou ao Bispo, ou a um sacerdote mais velho por essa forma “e aí cara, você me entende, não é? Somos iguais na essência...” E nem isso se poderia dizer a Deus; entre Criador e criatura, perfeição e corrupção (da qual um belo exemplo é dado...) não há igualdade. A pura e simples educação social imprime o dever de tratar pessoas mais velhas, ainda que de menor hierarquia por “Senhor” e nunca “você”! De onde vem, pois, essa estranha pedagogia de que Deus deve, ou pode, ou “quer” ser chamado de “você”? Dir-se-á que Deus é tão grande, que nem estará “aí” para a forma como se o chama. Que é tão misericordioso que perdoará até àqueles que o ofendem injuriosamente e que, portanto, esse “você” é o de menos. Mas há duas “pedagogias” norteando nossa religião: uma “primária”, a do Deus do Antigo Testamento, ciumento e exigente; e a “superior”, do Deus compassivo e amoroso que, todavia, não veio para ab-rogar as escrituras, a Lei e os Profetas. E que também, parece, sempre foi respeitosamente tratado, mesmo por seus “mais chegados”. Afinal, como tratar Deus? É uno e trino. E, talvez, por essa condição trinitária, tenha se desenvolvido a noção de referi-lo pela segunda pessoa do plural, “vós”, aliás cerimoniosa como exigem as convenções humanas. É verdade que no trato de “Vossa Excelência”, atribui-se, frequentemente, a conjugação com a terceira pessoa do singular mas, sempre, subentendendo-se, reverentemente, uma forma implícita (ou explícita) de Senhor, Magnífico, Todo-Poderoso, não “você” (embora corruptela de “Vossa Mercê”, por “vos-micê...). O que não deve ocorrer é a “mistureba” da concordância verbal desses folhetins entre a segunda do singular (tua, teu), a terceira do singular (Receba o Senhor...), ou a segunda do plural (ó Pai, aceitai-nos...). Conviria, penso, uma normatização; caso contrário professoras de Português contra-indicarão --- e com razão --- esses roteiros das missas distribuídos aos fiéis, pelo menos por sua forma, como nocivos à alfabetização... Ó Pai, como é possível que se pense que (tu) sejas a inspiração desses padrecos, retire (o Senhor) deles essa missão ou (vós) os iluminai. Isto vos pedimos para que (o Senhor) nos conceda tal graça a teu povo... Amém. Harley Edison Amaral Bicas