Algumas pessoas não católicas dizem que a cruz é um símbolo pagão e que não deve ser usada. Mas esta afirmação não está de acordo com o que a Igreja Católica sempre viveu e ensinou desde os seus primórdios e também não concorda com os textos bíblicos, que louvam e exaltam a Cruz de Cristo. Senão vejamos:
Mt 10, 38 – Jesus disse: “Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim”.
Mt 16, 24 – “Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”.
Lc 14, 27 –“E quem não carrega a sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo”.
Gl 2, 19 – “Na realidade, pela fé eu morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou pregado à cruz de Cristo”.
Gl 6, 12.14 – “Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.
1Cor 1,18: “A linguagem da Cruz… para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus”.
1Cor 1, 17: “… anunciar o Evangelho, sem recorrer à sabedoria da linguagem, a fim de que não se torne inútil a Cruz de Cristo”.
Quando o imperador Constantino o Grande, enfrentou seu rival Maxêncio sobre a ponte Milvia, próximo do ano 300, viu nos céus uma cruz luminosa acompanhada dos dizeres: “In hoc signo vinces!” (Por este sinal vencerás). Constantino, então, colocou a sua pessoa e o seu exército sob a proteção do sinal da cruz e venceu Maxêncio, tornando-se imperador supremo de Roma, proibindo em seguida a perseguição aos cristãos pelo Edito de Milão, em 313.
O símbolo resultante da sobreposição das letras gregas X e P, iniciais de Cristo em grego, lembrava Cristo e a Cruz e foi representado no estandarte de Constantino. No fim do século IV, tomou a forma que lembrava a Cruz.
Após a conversão de Constantino († 337) a cruz deixou de ser usada para o suplício dos condenados e tornou-se o símbolo da vitória de Cristo e o sinal dos cristãos, como mostra de muitas maneiras a arte, a Liturgia, a piedade particular e a literatura cristã. A cruz tornou-se, então, sinal da Paixão vitoriosa do Senhor. Conscientes deste seu valor, os cristãos ornamentavam a cruz com palmas e pedras preciosas.cpa_as_sete_palavras
Os Padres da Igreja como Tertuliano de Cartago e Hipólito de Roma, já nos séculos II e III, afirmavam que os cristãos se benziam com o sinal da Cruz. Os mártires tomavam a cruz antes de enfrentar a morte e os santos não se separavam da cruz. As Atas dos Mártires mostra isso.
No entanto, muito antes de Constantino, Tertuliano (†202) já escrevera: “Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa o sinal da Cruz” (De corona militis 3)*.
S. Hipólito de Roma († 235), descrevendo as práticas dos cristãos do século III, escreveu: “Marcai com respeito as vossas cabeças com o sinal da Cruz. Este sinal da Paixão opõe-se ao diabo e protege contra o diabo, se é feito com fé, não por ostentação, mas em virtude da convicção de que é um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o Cordeiro verdadeiro; ao fazer o sinal da Cruz na fronte e sobre os olhos, rechaçamos aquele que nos espreita para nos condenar” (Tradição dos Apóstolos 42)*.
Cadastre-se grátis e receba os meus artigos no seu e-mail
No Novo Testamento a Cruz é símbolo da virtude da penitência, domínio das paixões desregradas e do sofrer por amor de Cristo e da Igreja pelas salvação do mundo. Seria preciso apagar muitos versículos do Novo Testamento para dizer que a Cruz é um símbolo introduzido no século IV na vida dos cristãos. O sinal da Cruz é o sinal dos cristãos ou o sinal do Deus vivo, de que fala Ap 7, 2, fazendo eco a Ez 9,4: “Um anjo gritou em alta voz aos quatro Anjos que haviam sido encarregados de fazer mal à terra e ao mar: “Não danifiqueis a terra, o mar e as árvores, até que tenhamos marcado a fronte dos servos do nosso Deus”.
São Clemente de Alexandria, no século III, chamava a letra T (tau), símbolo da cruz, de “figura do sinal do Senhor” (Stromateis VI 11)*.
Por tudo isso, a vivência e a iconografia dos cristãos, desde o século I, deram à cruz sagrada um lugar especial entre as expressões da fé cristã. Daí podemos ver que é totalmente errônea a teoria de que a Cruz é um símbolo pagão introduzido por influência do paganismo na Igreja e destinado a ser eliminado do uso dos cristãos. Rejeitar a Cruz de Cristo é o mesmo que rejeitar o símbolo da Redenção e da esperança dos cristãos.
* Este artigo foi baseado no de Dom Estevão Bettencourt, da revista “Pergunte e Responderemos”, Nº 351 – Ano 1991 – Pág. 364.
Prof. Felipe Aquino
"Deixai vir a mim os pequequinos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham"
domingo, 23 de julho de 2017
EUCARISTIA CAMINHO PARA A CURA
A doença e
o sofrimento estiveram sempre entre os problemas mais graves que afligem a vida
humana. Na doença, o homem experimenta a sua incapacidade, os seus limites, a
sua finitude. Qualquer enfermidade pode fazer-nos entrever a morte. (CIC 1500)
A doença
pode levar à angústia, ao fechar-se em si mesmo e até, por vezes, ao desespero
e à revolta contra Deus. Mas também pode tornar uma pessoa mais amadurecida,
ajudá-la a discernir, na sua vida, o que não é essencial para se voltar para o
que o é. Muitas vezes, a doença leva à busca de Deus, a um regresso a Ele. (CIC
1501)
Frequentemente,
Jesus pede aos doentes que acreditem (Mc 5,34 -36;9,23) Serve-se de sinais para
curar: saliva e imposição das mãos (Mc7,32-36;8,22-25), lodo e lavagem (Jo 9,6s).
Por seu lado, os doentes procuram tocar-Lhe (Mc 1,41), «PORQUE SAÍA D'ELE UMA
FORÇA QUE A TODOS CURAVA» (Lc 6, 19). POR ISSO, NOS SACRAMENTOS,
CRISTO CONTINUA A «TOCAR-NOS» PARA NOS CURAR. (CIC 1504)
O Espírito
Santo confere a alguns o carisma especial de poderem curar (1Cor 12,9.28.30)
para manifestar a força da graça do Ressuscitado. Todavia, nem as orações mais
fervorosas obtêm sempre a cura de todas as doenças. Assim, São Paulo deve
aprender do Senhor que «a minha graça te basta: pois na fraqueza é que a minha
força actua plenamente» (2 Cor 12, 9), e que os sofrimentos a
suportar podem ter como sentido que «eu complete na minha carne o que falta à
paixão de Cristo, em benefício do seu corpo, que é a Igreja» (CI 1,
24).(CIC 1508)
«Curai os
enfermos!» (Mt 10, 8). A Igreja recebeu este encargo do
Senhor e procura cumpri-lo, tanto pelos cuidados que dispensa aos doentes, como
pela oração de intercessão com que os acompanha. ELA "CRÊ NA PRESENÇA
VIVIFICANTE DE CRISTO, MÉDICO DAS ALMAS E DOS CORPOS, PRESENÇA QUE AGE
PARTICULARMENTE ATRAVÉS DOS SACRAMENTOS E DE MODO MUITO ESPECIAL DA EUCARISTIA,
PÃO QUE DÁ A VIDA ETERNA (Jo 6,54-58) (CIC 1509)
“NA
EUCARISTIA, ESTÃO CONCENTRADAS, COM SINGULAR RIQUEZA E VARIEDADE DE MILAGRES,
TODAS AS REALIDADES SOBRENATURAIS”. ( Papa Leão XIII)
“HÁ MAIS PROVEITO NA EUCARISTIA QUE EM UMA
SEMANA DE JEJUM A PÃO E ÁGUA.
(Santo Ambrósio)
Anjo é espírito ou encargo?
(CIC 328) A existência dos seres espirituais, não-corporais, a que a Sagrada Escritura habitualmente chama anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura é tão claro como a unanimidade da Tradição.
(CIC 329) Santo Agostinho diz a respeito deles: «Angelus [...] officii nomen est, non naturae. Quaeris nomen naturae, spiritus est; quaeris officium, angelus est: ex eo quod est, spiritus est: ex eo quod agit, angelus –ANJO É NOME DE OFÍCIO (ENCARGO), NÃO DE NATUREZA. Desejas saber o nome da natureza? Espírito. Desejas saber o do ofício? Anjo. Pelo que é, é espírito: pelo que faz, é anjo (anjo = mensageiro)» (168). Com todo o seu ser, os anjos são servos e mensageiros de Deus. Pelo facto de contemplarem «continuamente o rosto do meu Pai que está nos céus» (Mt 18, 10), eles são «os poderosos executores das suas ordens, sempre atentos à sua palavra» (Sl 103, 20).
(CIC 332 ) Ei-los, desde a criação (172) e ao longo de toda a história da salvação, anunciando de longe ou de perto esta mesma salvação, e postos ao serviço do plano divino da sua realização: eles fecham o paraíso terrestre (173); protegem Lot (174), salvam Agar e seu filho (175), detêm a mão de Abraão (176) pelo seu ministério é comunicada a Lei (177), são eles que conduzem o povo de Deus (178), anunciam nascimentos (179) e vocações (180) assistem os profetas (181) – para não citar senão alguns exemplos. Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus (182).
(CIC 336) Desde o seu começo (197) até à morte (198), a vida humana é acompanhada pela sua assistência (199) e intercessão (200). «Cada fiel tem a seu lado um anjo como protector e pastor para o guiar na vida» (201). Desde este mundo, a vida cristã participa, pela fé, na sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus.
Fonte – Catecismo da Igreja Catolica
(CIC 329) Santo Agostinho diz a respeito deles: «Angelus [...] officii nomen est, non naturae. Quaeris nomen naturae, spiritus est; quaeris officium, angelus est: ex eo quod est, spiritus est: ex eo quod agit, angelus –ANJO É NOME DE OFÍCIO (ENCARGO), NÃO DE NATUREZA. Desejas saber o nome da natureza? Espírito. Desejas saber o do ofício? Anjo. Pelo que é, é espírito: pelo que faz, é anjo (anjo = mensageiro)» (168). Com todo o seu ser, os anjos são servos e mensageiros de Deus. Pelo facto de contemplarem «continuamente o rosto do meu Pai que está nos céus» (Mt 18, 10), eles são «os poderosos executores das suas ordens, sempre atentos à sua palavra» (Sl 103, 20).
(CIC 332 ) Ei-los, desde a criação (172) e ao longo de toda a história da salvação, anunciando de longe ou de perto esta mesma salvação, e postos ao serviço do plano divino da sua realização: eles fecham o paraíso terrestre (173); protegem Lot (174), salvam Agar e seu filho (175), detêm a mão de Abraão (176) pelo seu ministério é comunicada a Lei (177), são eles que conduzem o povo de Deus (178), anunciam nascimentos (179) e vocações (180) assistem os profetas (181) – para não citar senão alguns exemplos. Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus (182).
(CIC 336) Desde o seu começo (197) até à morte (198), a vida humana é acompanhada pela sua assistência (199) e intercessão (200). «Cada fiel tem a seu lado um anjo como protector e pastor para o guiar na vida» (201). Desde este mundo, a vida cristã participa, pela fé, na sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus.
Fonte – Catecismo da Igreja Catolica
Veja os significados das cores usadas nas missas
As cores usadas durante as missas representam o Tempo Litúrgico. São seis cores que marcam, durante todo o ano, os diversos momentos vividos pela Igreja. Estas cores foram fixadas em Roma há séculos e, em seguida, os cristãos do mundo inteiro aderiram ao costume.
O frater explicou parte da história: “A cor era vivenciada a partir do imperador romano. Se ele saia para uma guerra, ele ia de vermelho. Se ia para um casamento, de dourado. Então, a Igreja cristianiza um símbolo, e esse símbolo nos ajuda a rezar. Por isso, a gente percebe em cada cor uma distinção diferente, um significado, uma alegria, que nos ajuda a entrar em contato com o mistério da revelação do Cristo para nós”.
O ano litúrgico começa com a cor roxa. Ela marca o início de tudo, é o Tempo do Advento. As outras cores são: a vermelha, verde, branca, rosa e preta. Cada uma representando um momento celebrado pela Igreja, seja alguma festa ou solenidade.
“A vermelha nos mostra o martírio, todas as pessoas que derramaram sangue pela causa da Igreja. É usada também na Sexta-Feira da Paixão, a morte de Cristo, e no Domingo de Ramos. O paramento verde é o mais comum, abrange grande parte do calendário litúrgico e nos mostra a esperança, que nós estamos sempre esperando, algo novo, algo interessante. O branco é a cor mais festiva da Igreja, para grandes momentos de Páscoa, Natal, casamento, batizado, festas de Nossa Senhora, de Nosso Senhor Jesus Cristo. O rosa é usado apenas em dois domingos do ano litúrgico: o quarto domingo da Quaresma e o terceiro domingo do Advento. E por último, uma cor de fato, de luto”, pontuou Fr. Murillo.
Geralmente as estolas trazem a cor que deve ser usada na celebração, mas o altar também pode conter alguns detalhes que remetam à cor litúrgica.
Assinar:
Postagens (Atom)