-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: 06/12/12

terça-feira, 12 de junho de 2012

SANTO ANTONINHO, PÃO DOS POBRES!

SANTO ANTONINHO, PÃO DOS POBRES! Pe. Gilberto Kasper pe.kasper@gmail.com Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Há muitas versões, estórias e lendas sobre Santo Antônio, Presbítero e Doutor da Igreja, chamado por nossa Reitoria, carinhosamente de Santo Antoninho, Pão dos Pobres! Trata-se da mesma pessoa, venerada de modos diferentes nos diferentes lugares onde nasceu, passou e morreu. Francisco de Assis, que encontrou o jovem frei Antônio por ocasião do capítulo geral, ocorrido no Pentecostes de 1221, chamava-o confidencialmente de 'o meu bispo’. Antônio, cujo nome de registro é Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo, nasceu em Lisboa em 1195. Entrou aos quinze anos no colégio dos cônegos regulares de Santo Agostinho. Em apenas nove meses aprofundou tanto o estudo da Sagrada Escritura que foi chamado mais tarde por Gregório IX 'arca do Testamento’. Uniu à cultura teológica a filosófica e a científica, muito viva pela influência da filosofia árabe. Cinco franciscanos tinham sido martirizados no Marrocos, onde tinham ido para evangelizar os infiéis; Fernando viu seus ataúdes transportados para Portugal em 1220, e decidiu seguir-lhes os passos, entrando na Ordem dos frades mendicantes de Coimbra, com o nome de Antônio Olivares. Durante a viagem para Marrocos, onde pode ficar apenas alguns dias por causa de sua hidropisia, um acidente arrastou a embarcação para as costas sicilianas. Morou alguns meses em Messina, no convento dos franciscanos, cujo prior o levou consigo a Assis para o Capítulo geral. Aqui Antônio conheceu pessoalmente 'o trovador de Deus', Francisco de Assis. Foi designado para a província franciscana da Romagna e viveu a vida eremítica num convento perto de Forli. Incumbido das humildes funções de cozinheiro, frei Antônio viveu na obscuridade até que os seus superiores, percebendo seus extraordinários dons de pregador, enviaram-no pela Itália setentrional e pela França a fim de pregar nos lugares onde a heresia dos albigenses era mais forte. Antônio teve finalmente uma morada fixa no convento de Arcella, a um quilômetro dos muros de Pádua. Daí saía para pregar aonde quer que fosse chamado. Em 1231, o ano em que sua pregação atingiu o vértice de intensidade e se caracterizou por conteúdos sociais, Antônio foi atingido por uma doença inesperada e foi transportado do convento de Camposampiero a Pádua num carro de feno. Morreu em Arcella a 13 de junho de 1231. 'O Santo' por antonomásia, como era chamado em Pádua, foi canonizado em Pentecostes de 1232, apenas um ano após a morte, apoiado por uma popularidade que sempre cresceria de época em época. Santo Antônio recebe dois títulos reconhecidos mundialmente: Santo Antônio de Lisboa (porque nasceu em Lisboa) e Santo Antônio de Pádua (porque foi em Pádua que exerceu seu ministério de exímio pregador e lugar onde morreu). Há muitas lendas em torno da vida e do exercício ministerial de Santo Antônio, porém, o que é indiscutível, que foi um arauto do Evangelho, ousado e corajoso pregador, sobretudo contra as injustiças sociais. Pregava coerência entre palavra e vida! Nós o chamamos de Santo Antoninho, Pão dos Pobres. Enquanto Santo Antônio exercia os serviços humildes de cozinheiro nos Conventos dos Frades Franciscanos, por onde andou, distribuía pães aos pobres, escondido dos superiores. Os melhores pãezinhos ele reservava aos pobres da redondeza dos Conventos e os distribuía. Daí a Família Proença da Fonseca, vinda de Lisboa, dar-lhe o título de Santo Antoninho, Pão dos Pobres! Após preparação, solenizamos nesta quarta-feira, dia 13 de Junho, em nosso Espaço Cultural de Espiritualidade, a Festa de nosso Padroeiro, durante a Missa com a Bênção dos Pães aos Pobres às 8 horas. Santo Antônio nos ajude a não deixar faltar pão sobre a mesa de nossas Famílias. .

Como você tem feito suas escolhas?

A pessoa humana, experimentando seus próprios limites, ora faz opção pelo bem, ora pelo mal. Mas sempre lutando por sobreviver, tendo como pano de fundo a confirmação de sua existência, estabilidade e realização final. O importante é não ser enganado pelo mal que a cerca e se tornar uma pessoa infeliz. Na descrição bíblica do paraíso, havia ali a árvore do bem e do mal. Diante dela, o homem e a mulher deveriam fazer sua opção e escolha de vida. Era um ato de obediência ou não, uma escolha que teria grandes consequências. Aí estava em jogo o destino de toda a humanidade e, também, até a perda do paraíso. Nesse cenário bíblico encontramos inspirações profundas para nossas realizações de hoje. Às vezes descartamos a esperança diante de opções que matam a vida. Podemos até perder o sentido do novo paraíso, a vida em Deus. Isto acontece quando desconhecemos o sentido do sagrado e da dignidade da pessoa humana. A força do mal leva consigo falsas promessas. É como o poder dominador, que faz parceria com quem age da mesma forma e não dá valor às iniciativas dos outros. Cai por terra a prática da fraternidade e a convivência entre os irmãos. As consequências de tudo isso é o endeusamento do individualismo, fato tão proclamado pela nova cultura. A condição humana está ligada à liberdade e à capacidade de escolha. Tem como segurança a esperança, que deve sempre ser alimentada e concretizada em Jesus Cristo. Supõe firme convicção de fé na ressurreição e na vida eterna. A morada terrestre, que será destruída, transformar-se-á em uma morada eterna em Deus. A vida é sempre marcada por um paraíso perdido, passageiro, e pelo mal que nos leva a perdê-lo. Isto é fruto da tendência que todos temos para o mal, para atos de injustiça e por atitudes muitas vezes desumanas. Assim ficamos perdidos na busca do bem e de uma condição humana que nos torna realizados. A dignidade é fonte de humanização e divinização. Dom Paulo Mendes Peixoto Arcebispo de Uberaba - MG