-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: 09/17/12

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A CIVILIZAÇÃO DAS ALGEMAS PELO CRIME!

Pe. Gilberto Kasper pe.kasper@gmail.com Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Vivemos as consequências de promessas não cumpridas, como a tão desejada Reforma Política, Judiciária e outras. Tais Reformas não interessam porque garantem o status dos Políticos que elegemos, e que à custa dos Impostos mais elevados do mundo, vivem em “berço esplêndido”, enquanto a maioria do Povo Brasileiro é alimentado com migalhas que indignam qualquer cidadão pensante: Bolsa Família, Bolsa Escola, Cotas Sociais e Acadêmicas, que tanto envergonham nosso País. Migalhas jogam-se aos animais, e nosso Povo é Gente; necessita de oportunidades e não de migalhas. Gostaríamos tanto de poder escrever que o Povo Brasileiro, como prometeu o ex-presidente da República há doze anos, realmente toma café da manhã, almoça e janta diariamente! Mas como escrever tal ilusão, ao lado de tamanha vergonha, causada por um mensalão, onde parece não haver culpados? Estamos próximos das eleições. Não devemos utilizar-nos de um evento isolado para formar nossa opinião sobre quem merecerá nosso voto para assumir a Prefeitura e uma das vinte e duas cadeiras da Câmara Municipal. Mas o aumento da criminalidade em Ribeirão Preto e Região, a Ineficácia da Segurança Pública e o aparente descaso com os mais simples e despreparados cidadãos de nossa Metrópole produzem A Civilização das Algemas pelo Crime! Estamos algemados, sim, pelos Criminosos, que simplesmente tomaram as algemas de quem deveria garantir-nos a mínima segurança para ir e vir, sem medo de ser assaltados, quando não banalmente assassinados. O que desejamos mesmo, é que todos estejam atentos, nos preparemos para votar com inteligência, sem deixar-nos enganar com promessas falsas e mentirosas. Cada um tire suas próprias conclusões. Graças ao eco de tantas pessoas empenhadas e zelosas por maior dignidade, principalmente pela Imprensa de nossa cidade, sempre solícita e respeitada, conseguimos que a Polícia Civil, Técnica e a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) apressassem as investigações alusivas aos arrombamentos da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres. Recebemos dia 21 de agosto inúmeras ligações, inclusive do Dr. Antônio Ferreira Pinto, Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, colocando-se à disposição do que for necessário. Necessário e urgente é que cada um cumpra com sua tarefa. Hoje ecoe nossa voz por maior preservação da Academia Ribeirãopretana de Letras Jurídicas, tombada ao lado de nosso Templo, enquanto abandonada e vulnerável a invasões e acesso perigoso do Espaço Cultural de Espiritualidade por quem tanto solicitamos as melhorias básicas para acolhermos as pessoas a ele ligadas, efetiva e afetivamente! Não se deixe depredar o que ainda resta daquele pedacinho de história. Não há quem passe pelo Patrimônio Tombado, que não fique indignado com seu estado de depredação. Haja o mínimo de respeito com o que é público.

POR QUE MEDO DA MORTE?

Pe. Gilberto Kasper pe.kasper@gmail.com Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista. Se há alguns poucos anos falar de sexo abertamente era tabu, hoje é tabu falar em "morte". Por que medo da morte? A grande certeza que vivemos, é que um dia morreremos, no entanto "morremos de medo de morrer...". Cada vez que a morte passa por perto, ou me encontro diante dela através do exercício de meu ministério, encomendando alguma pessoa falecida, meu questionamento é em relação à vida que levo! A morte é uma excelente oportunidade de melhorar minha qualidade de vida. Geralmente deixamos para depois, as mudanças que talvez teriam de ser revistas logo. É bom não sabermos o dia e a hora de nossa morte, mas quando vier, e nosso nome ecoar na eternidade, não terá outro jeito, a não ser morrer! Há quem chama a morte de segundo parto. O primeiro acontece quando deixamos o útero materno, que geralmente é aconchegante e delicioso. Talvez por isso a criança, ao nascer chora. O segundo parto, é deixar o "útero da terra". Por mais difícil que seja viver, ninguém quer partir. A morte dói, nos faz chorar e traz vazio com sabor de saudade inexplicável. Nossa vida poderia ser comparada a uma viagem de ônibus. Quem ainda não andou de ônibus? Quando nascemos, entramos num ônibus, que é a vida terrena. A única certeza que temos é que há um lugar reservado para nós. Uma poltrona. Não sabemos quem serão nossos companheiros de viagem. Apenas sabemos que a poltrona reservada para nós deverá ser ocupada. Às vezes, ocupamos a poltrona do outro, e isso nos traz constrangimentos. Já assisti muitos "barracos" em ônibus cuja mesma poltrona estava reservada para duas pessoas. Não sabemos quem serão nossos pais, irmãos, amigos, parentes, enfim... Nossa única missão é tornar a viagem a mais agradável possível. Às vezes há pessoas que tornam a viagem insuportável; outras vezes a viagem é agradável! Há também o bagageiro. Nossas coisas não podem ocupar o lugar dos outros, mas devem caber em nosso próprio bagageiro do ônibus, a vida! O ônibus, de vez enquando pára na rodoviária. Se a viagem de ônibus é a vida terrena, a rodoviária é a morte. Ninguém gosta da rodoviária: há cheiro de banheiros, de óleo diesel, barulho de ônibus chegando e saindo, ninguém se conhece, muita gente se esbarrando ou até se derrubando. Há sempre uma incerteza, um friozinho na rodoviária que arrepia nossa espinha, que é a morte. Ninguém gosta da rodoviária: todos passam por ela porque precisam, mas não porque gostam. Haverá um momento em que nosso nome será chamado no alto-falante da rodoviária. Então precisaremos descer do ônibus da vida. Se tivermos enviado algum bilhete, uma carta, feito um telefonema ou até mesmo enviado um email para a eternidade, avisando nossa chegada, não precisaremos ter medo, porque Deus estará esperando por nós. O bilhete, a carta, o telefonema, o email são nossa maneira de viver a fé, a esperança e a caridade através de nossa relação conosco, com Deus e com os outros! Assim Deus estará esperando-nos na rodoviária da morte. Seremos identificados e acolhidos por Ele, de acordo com o que fomos e nunca com o que tivemos. Se Deus não tiver tempo, pedirá ao Seu Filho Jesus para buscar-nos e conduzir-nos à morada eterna. Se de tudo Jesus também não tiver tempo, Nossa Senhora nunca nos deixará perdidos ou esperando na rodoviária da morte. Ela estará lá, de braços abertos, para receber-nos e levar-nos à presença de Deus, colocando-nos em Seu Eterno Colo de Amor. É o que rezamos sempre: "...rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém!"