"Deixai vir a mim os pequequinos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham"
sábado, 24 de novembro de 2012
SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO
Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!
“Com a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, encerramos o Ano Litúrgico. Jesus Cristo é o Alfa e o Ômega, o começo e o fim da história humana, que Deus transforma em história da salvação.
A festa de Cristo Rei foi instituída, como celebração litúrgica, pelo Papa Pio XI em 1925. O Papa fixou o último domingo de outubro como data da festa de Cristo Rei, tendo em vista, sobretudo, a festa subsequente de Todos os Santos, a fim de que se proclamasse abertamente a glória daquele que triunfa em todos os santos eleitos’. A reforma litúrgica do Vaticano II transferiu a data do último domingo de outubro para o último domingo do Tempo Comum. Desse modo, concedeu à celebração um significado mais amplo, sublinhando a dimensão escatológica do reino em sua consumação final. Com esta mudança, Cristo aparece como centro e senhor da história, Alfa e Ômega, Princípio e Fim (cf. Ap 22,12-13). É a Festa do Cristo ‘Kyrios’.
‘Meu reino não é deste mundo, Jesus nos diz. Todo o universo, e nele o ser humano, é criação divina, o alfa, e tem um único objetivo: o ômega – a finalização de tudo e todos no amor, que é Deus. Para que isto ocorra, temos de fazer que Cristo seja o rei, o coração, do mundo e de nossa vida.
O filho do homem glorioso recebe todo o poder e reinará para sempre. Jesus é o grande vencedor e o modelo de fidelidade a ser imitado. O reino proposto por Jesus não se confunde com os modelos do reino que a sociedade propõe’ (cf. Liturgia Diária de Novembro de 2012 da Paulus, pp. 75-77).
Reconheçamos com sinceridade: não é fácil vencer a tentação do triunfalismo. As influências dos tempos de cristandade ainda repercutem e revelam sua força, em muitas manifestações eclesiais e litúrgicas. Hoje o estandarte de Cristo Rei tremula em meio a muitas outras bandeiras da sociedade.
É importante deixar claro que a realeza de Cristo não se confunde com a realeza deste mundo. Suas conquistas não se medem pela quantidade de indivíduos batizados, pela eficiência das estruturas e das instituições eclesiais, pela grandiosidade das igrejas, pelo temor que as autoridades eclesiásticas às vezes impõem. O reino de Cristo conquista novas fronteiras pela atitude de serviço, pelos gestos de doação solidária em favor dos mais fracos. Ele se manifesta no respeito de uns pelos outros, no encontro, no diálogo que instaura relações de comunhão.
Talvez devêssemos retomar a pergunta de Pilatos: ‘Tu és rei?’ Que rei Jesus é hoje para nós?
‘Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade’. Jesus Cristo é reconhecido como Senhor (Kyrios) e Rei porque realizou (e realiza) a missão de salvar, perdoar, reconciliar, libertar, curar, dar a vida, anunciar a Boa Nova do amor do Pai e da esperança. Nesta perspectiva, celebrar hoje a festa de Cristo Rei é reconhecer que ele é o ponto de convergência da história, da atividade e da peregrinação terrena da humanidade. O Cordeiro que foi imolado, agora é motivo de alegria de todos os corações e plenitude total dos anseios. Por isso podemos proclamar: ‘Jesus Cristo, ontem, hoje, sempre. Aleluia!’
Jesus afirma: ‘meu reino não é deste mundo’. O fato de o reino de Cristo não ser do estilo político dos governos terrenos não significa que esteja ausente, que não se realize já neste mundo. Jesus mesmo nos ensina a rezar: ‘venha a nós o vosso reino’.
O senhorio do Cordeiro imolado e vitorioso é reconhecido e perpetuado hoje, no mundo, através dos cristãos e das comunidades eclesiais, não tanto por privilégios e influências sociais, quanto pela presença e serviço, qual fermento na massa, em favor da verdade, da justiça, da fraternidade, da convivência no amor, na paz e na liberdade. ‘Após o Concílio, a teologia cristã insistiu de forma enfática sobre a necessidade de assumir a missão não como implantação da Igreja, mas também como serviço ao mundo, ou mais propriamente, ao Reino de Deus e à Paz que este traz à humanidade’.
Pelo batismo somos convidados a reinar com Cristo pelo serviço, pelo perdão, pela reconciliação, enfrentando o desafio da cruz a fim de que todos tenham dignidade e paz.
A Igreja comemora hoje o dia dos leigos, os missionários do Reino de Deus nas diferentes áreas e atividades que tecem a vida humana, religiosa e social. Louvamos a Deus por tantas mulheres e homens que vivem profundamente sua vocação batismal, colocando-se inteiramente a serviço da Boa Nova, anunciada, vivida e celebrada.
O ‘Dia do Leigo’ recorda os membros da Igreja que, pelo batismo, são em Cristo sacerdotes, profetas e reis, inseridos nas realidades da cultura, da política, do comércio, das ciências, da economia, da ecologia, da vida conjugal... A presença e a atuação de leigos cristãos pode transformar essas áreas em espaços fecundos para os valores do reino de Deus.
Neste último domingo do Ano Litúrgico, louvemos e agradeçamos ao Senhor por todas as graças e bênçãos recebidas de sua bondade, ao longo da caminhada do ano que passou. Hoje, em todas as dioceses do Brasil, fazemos a abertura da Campanha para a Evangelização, que é realizada no Terceiro Domingo do Advento” (cf. Roteiros Homiléticos da CNBB, nº 23, pp. 109-116).
Celebrando o Ano da Fé, o Cinquentenário da Abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II e o Vigésimo Ano do Lançamento do Catecismo da Igreja Católica, após o Sínodo que se ocupou com Uma Nova Evangelização para nossa vivência da Fé, somos convidados a rever como tratamos nossos irmãos e irmãs Leigos em nossas Comunidades. Se for verdade que “não há Igreja sem Eucaristia e não há Eucaristia sem Padre”, não menos pertinente nos parece que não é possível haver “Igreja sem os Leigos”, os grandes sacerdotes e sacerdotisas, por conta de seu Batismo, no seio do mundo; da porta dos Templos para fora; lá onde os ministros ordenados não chegam, mas são estendidos pelo testemunho, pela missionariedade e apostolado de nossos Agentes de Pastoral, geralmente tão dedicados e zelosos como Igreja do Ir ao encontro dos que não vêm. Nossos Leigos sintam-se amados e valorizados, uma vez que são eles que edificam o ministério ordenado. O que seria da Igreja, sem a rica presença dos nossos lindos e queridos Leigos? A eles invoco as mais abundantes bênçãos com a ternura de minha gratidão, pedindo que nunca deixem de rezar pela santificação dos sacerdotes ordenados. Se o Padre santifica a Comunidade, é a Comunidade orante que santifica seu Padre!
Desejando-lhes muitas bênçãos, com ternura e gratidão, o abraço sempre amigo e fiel,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Dn 7,13-14; Sl 92(93); Ap 1,5-8 e Jo 18,33-37)
MUDANÇA DE HORÁRIOS DAS MISSAS
NOSSA GRATIDÃO E BÊNÇÃOS
NA SANTO ANTONINHO
Muitas foram as manifestações de solidariedade e desejo de colaborar para repor o que foi furtado. Primeiro o Padre Gilberto está providenciando com os responsáveis, maior segurança, principalmente da casa ao lado, para depois readquirirmos o necessário para nossa Santo Antoninho. Foi aberta uma conta poupança na Caixa Econômica Federal para quem desejar contribuir, partilhando de sua pobreza. A Nina está responsável por esta conta e poderão ver com ela Agência 1612 e Conta Popança 13-00075028-1 – Realina Rosa de Rezende – CPF: 744.846.998-34. Sejam todos recompensados por aquilo que puderem contribuir.
MUDANÇA DE HORÁRIOS DAS MISSAS
A partir do dia 15 de Outubro, graças aos nossos Benfeitores João Naves, Abranche Fuad Abdo, Dulce Neves e o Engº Hermínio Marchetti, iniciarão as obras de melhorias em nossa Igreja Santo Antoninho, a começar da construção dos banheiros. Por esta razão não teremos as Missas durante a Semana. Porém, passaremos a celebrar aos Sábados às 18h40. Antes, às 17h30 teremos a Hora Santa seguida da Bênção do Santíssimo. As Missas aos Domingos continuarão sendo celebradas as 8 e 10 horas. A partir de 2013, celebraremos uma vez por semana na casa de algum Enfermo ou Idoso. Continuaremos nosso projeto da IGREJA DO IR ao encontro de quem já não pode vir.
Padre Gilberto Kasper
DÍZIMO: ATO DE AMOR E GRATIDÃO
“Pagai integralmente os dízimos devido ao Templo
para que haja alimento em minha casa.
Fazei a experiência, diz o Senhor,
e vereis se eu não abrirei os reservatórios do céu
e se não derramo minha bênção sobre vós
muito além do necessário” (Ml 3,8-10).
Falar em Dízimo, significa falar em dinheiro, e isso é um tanto complicado entre cristãos católicos, já que a nossa religião parece ser a mais liberal da face do mundo. Situados numa determinada “Cultura de Sobrevivência”, tornamo-nos mais “pedintes” do que “agradecidos”. Na medida em que entendemos nossa Igreja, como um “supermercado de sacramentos” nos comportamos demasiado “interesseiros”. Esquecemos que o DÍZIMO é um verdadeiro e profundo ATO DE AMOR E GRATIDÃO!
Tudo é de Deus. Nada nos pertence. O que temos, se nos é simplesmente emprestado. Poderíamos dizer que com o Dízimo consciente e comprometido, Deus testa nosso amor e nossa gratidão pelo dom da vida e tudo que Ele nos concede para sermos felizes e realizados.
A palavra dízimo significa a décima parte. No Antigo Testamento os Hebreus deviam contribuir para os serviços do templo, com o dízimo, isto é, a décima parte do que colhiam ou lucravam.
Para o católico a palavra dízimo quer indicar uma contribuição para a Igreja, contribuição que deve ser sistemática (de preferência, mensal), de compromisso moral – por amor, não por obrigação – e fixado de acordo com a consciência moral de cada um.
É uma forma de retribuição do homem a Deus!
O homem de fé reconhece que Deus é bondade. Criou o Universo e as coisas materiais. O Universo é um dom do Pai, para que o homem o possua e o transforme.
O homem de fé oferece uma parte do que possui em sinal de reconhecimento ao Pai, doador de todo o bem.
Não damos diretamente a Deus, pois Ele não precisa de nossos bens (do nosso dinheiro), mas colocamos a serviço desse corpo, a Igreja, pois, a Comunidade é fruto da colaboração de todos.
O dízimo não é só arrecadação financeira, mas é um sistema e método de formação comunitária com informações claras, contatos, reuniões e prestação de contas.
As finalidades do dízimo, seu destino ou aplicação são: para a conservação, manutenção e ampliação da vida e das atividades da Comunidade, de que fazemos parte e servimos. Para pagamentos de luz, água, telefone, impostos, consertos, e bens da Igreja. Para compra de velas, hóstias, vinho de missa, paramentos e objetos litúrgicos necessários para as celebrações. Para pagamento de folhetos e compra de flores. Para limpeza da Igreja e seu jardim. Para a manutenção do Padre e dos Funcionários. Para as despesas com serviços paroquiais, como: catequese, encontros, cursos de formação e outros. Não por último, o dízimo deverá contemplar sempre os mais pobres da Comunidade: aqueles que não têm como dar sua própria colaboração.
O Antigo Testamento apresenta o dízimo como prescrição divina. Inúmeras são as passagens bíblicas onde se prescreve a obrigatoriedade de se dar o dízimo ao culto.
No Antigo Testamento prevalece o dízimo legal, no sentido literal de décima parte, consagrada a Deus, para a manutenção do culto, dos ministros e da assistência aos necessitados.
“Abraão... lhe dá os dízimos de tudo” (Gn 14,18-20).
“De tudo que me concede, lhe consagrarei fielmente a décima parte” (Gn 28,20).
“Todo dízimo é coisa consagrada ao Senhor” (Lv 27,20).
“Pode o homem enganar a Deus?... Trazei, pois, todo o dízimo para o templo de Deus” (Mt 3,8-10).
No Novo Testamento, o dízimo toma o sentido de oferta, consciente e livre, cor-responsável e comunitária, generosa e alegre, numa relação com Deus, para a manutenção do Culto Divino, Evangelização e Assistência da Comunidade Cristã.
O próprio Cristo ensina que quem se dedica à Evangelização tem o direito de viver da pregação e nos mostra que, ao lado de deveres para com o estado, temos deveres para com a fé: “Daí a César o que é de César (impostos) e a Deus o que é de Deus (dízimo) (Lc 20,25). Em muitos outros textos no Novo Testamento, sobretudo nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas de São Paulo, encontramos ricos testemunhos e princípios de que os cristãos devem dar a sua contribuição material para a manutenção dos ministros, as despesas do culto e a assistência aos pobres:
“Recebestes de graça, daí de graça” (Mt 10,8-10).
“Não sabeis que os ministros do culto vivem dos proventos do templo e os que servem o altar participam do altar? Assim aos que anunciam o Evangelho ordenou o Senhor viverem do Evangelho” (I Cor 9,4-14).
“Cada um dê, conforme decidiu no seu coração, sem tristeza nem constrangimento, porque Deus ama a quem dá com alegria” (II Cor 9).
“Se entre vós semeamos bens espirituais, será, porventura demasiada exigência colhermos de vós bens materiais?” (I Cor 9,11).
“Os fiéis viviam todos unidos e tinham tudo em comum... repartindo tudo... conforme as necessidades de cada um” (At 2,44-45).
O Dízimo além de Ato de Amor e Gratidão é Gesto de Participação!
Vivemos num tempo de renovação. A Igreja também se renova, pois seria estranho que dentro de um mundo em mudanças e renovação ela ficasse parada. Seria estranho que a Igreja obrigasse o cristão retroceder no tempo para viver sua fé.
Embora a Igreja seja uma realidade eterna, isto é, seja a presença da ação Salvadora de Deus e tenha muitas coisas que não mudam, contudo Ela é também uma realidade histórica, que vive no tempo e no espaço, e por isso tem muitas coisas que devem mudar e se renovar.
Seria estranho se ela se descuidasse de se renovar no seu tipo de manutenção. E a melhor forma que Ela encontrou para isso foi a implantação do sistema do Dízimo.
Sem desmerecer outras formas de contribuição, o Dízimo é a forma mais legítima de expressar a cor-responsabilidade de todos os membros da Comunidade. Todos nós já estamos bastante convencidos de que a Igreja precisa dos recursos humanos e materiais para desenvolver suas atividades. E nós somos responsáveis pelos meios e recursos de que a Igreja precisa, pois nós somos membros dela.
DÍZIMO: Oferta espontânea feita consciente !!!
Qual é a nossa despesa mensal?
Clube, passeio, cigarro, cerveja, presentes, revistas, cinemas, divertimentos...
... e para sua Igreja?
O Dízimo é responsabilidade com Deus e não com o Padre!
Tornar-se “Dizimista” na Comunidade Paroquial não é apenas uma contribuição para as despesas da Paróquia para se ver livre, ou para “fazer como os outros”.
Ser Dizimista é em primeiro lugar, sentir-se responsável e participante na Vida da Comunidade Paroquial.
Por isso separamos, do muito que Deus nos deu, uma parte que Ele nos dá e a separamos para oferecer a Deus como Ato de Amor e Gratidão!
O dízimo não é “esmolinha” qualquer, não é uma contribuição forçada, não é um pagamento constrangido, porém, é uma atitude de filhos, pela qual dizemos a Deus “muito agradecido” por tudo que Ele nos deu.
É a nossa pequena parte oferecida para que não falte o necessário para que os outros O conheçam e O amem.
Devido às inúmeras dificuldades de “sobrevivermos” em nosso País, a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil sugere, que pelo menos reservemos, mensalmente, 2% de nossos salários para o dízimo. Porém, se cada cristão católico, oferecesse 1% de seu salário bruto à sua Comunidade de Fé, ficando com os restantes 99% para as demais despesas, não precisaríamos realizar tantas promoções, a fim de arrecadar o necessário para a sobrevivência de nossas atividades pastorais e materiais.
Finalmente, dar o dízimo justo à Comunidade não é favor e nem deve ser recompensado: antes é dever e compromisso, transformados em
Ato de Amor e Gratidão!
Pe. Gilberto Kasper
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