-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: 05/10/14

sábado, 10 de maio de 2014

QUARTO DOMINGO DO TEMPO PASCAL

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS

DOMINGO DO BOM PASTOR



Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

"Eu sou o bom pastor, diz o Senhor.
Eu conheço as minhas ovelhas
e elas me conhecem a mim" (Jo 10,14).

O Quarto Domingo do Tempo Pascal é também o Domingo do Bom Pastor, Jornada Mundial de Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas! É também o Dia das Mães!

Somos convidados, neste domingo, a reunir-nos em torno de Jesus, nosso pastor por excelência. Ele doou sua vida por nós e nos conhece a cada um. Sua presença manifesta-se também nos pastores que conduzem a Igreja na paz e na unidade.

O discurso de Pedro provoca conversão nos ouvintes (pastores e ovelhas) que dão sua adesão a Jesus. Pastor é quem passa pela porta que é o próprio Jesus e faz também o povo passar por ela, conduzindo-o ao Pai.

Jesus Cristo é o modelo de verdadeiro pastor, pois foi capaz de dar a vida pelos seus. O discurso de Pedro provoca conversão e entrada na comunidade mediante o batismo. Trilhando os passos de Jesus Cristo pastor, superamos a vingança e a violência. O Domingo do Bom Pastor é um grande convite a darmos graças pela abundância de vida que vem a nós por meio do sacrifício de Jesus, nosso pastor. Em sua mesa saciamos nossa fome e sede de felicidade plena.

Jesus é o pastor verdadeiro. Ele estabelece um relacionamento pessoal e de verdadeira comunhão com suas ovelhas.

Neste itinerário pascal, fizemos com as discípulas e os discípulos do Senhor a experiência de ver o Ressuscitado e de professor a fé nele.

A partir deste domingo os seguidores e seguidoras de Jesus vão assumindo a proposta de Jesus, dando continuidade a sua missão. A comunidade é chamada a enfrentar a perseguição e o sofrimento, a dar a sua vida, como fez Jesus.

Hoje, na certeza de que o Senhor é o Pastor das nossas vidas e que cuida de nós, somos convidados a renovar a nossa vocação batismal, que nos faz participantes da vida e da missão de Jesus.

Cristo ressuscitado é o Bom Pastor que nos conhece pelo nome e nos guia no caminho para Deus. Ele nos abriu a porta da vida através de sua entrega total por amor, que culminou na cruz. É necessário passar por Cristo, pelo seu projeto de libertação, para encontrar a vida em plenitude que procuramos. Nossas opções em favor da vida nos conduzem a Deus por meio de Cristo.

Quem passa através de Jesus e faz o rebanho passar por ele exerce uma autêntica missão pastoral. Somos chamados a testemunhar Jesus Cristo, indo ao encontro das pessoas, conduzindo-as através dele às fontes da vida. Irmãos, o que devemos fazer? é a pergunta que todos nós ouvintes do Evangelho devemos nos fazer. O exemplo de Jesus, o Bom Pastor, nos impele a doar a nossa vida para cuidar e defender o rebanho.

Com o salmista, proclamaremos que o Senhor é o nosso pastor, que nada nos falta a seu lado, pois ele nos propicia a plenitude dos bens da salvação. A comunhão com Cristo Pastor, a escuta de sua voz, de sua palavra, deve levar-nos ao amor e à compaixão pelo povo. 'Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão por eles, porque eram como ovelhas sem pastor' (Mc 6,34).

O Senhor que nos conhece profundamente, nos chama pelo nome para fazermos parte do seu rebanho. O Pastor nos reúne em seu amor, em comunidade. Entramos pela Porta que é o próprio Senhor.

Escutamos a sua voz que nos fala ao coração. Diferentemente de ladrões e assaltantes, Ele nos indica o caminho da vida, nos encaminha para águas repousantes e restaura as nossas forças.

Participamos da mesa que Ele nos prepara, mesa farta, dando-se em alimento: “Isto é o meu corpo dado por vós...”. Partilhando dessa mesa, tomamos parte de seu grande mistério de morte, ressurreição, na certeza de sua vinda final.

Restaurados nas mesas, onde o Senhor se oferece como alimento, fortalecidos por Jesus Cristo, renovamos nossa vocação batismal de sermos testemunhas eloquentes do seu Reino no mundo. Capazes de conhecer as pessoas pelo nome, carregá-las no ombro, curar suas feridas, ajudá-las a trilharem caminhos seguros...".

Muitos foram os pronunciamentos dos nossos Bispos durante a sua 52ª Assembleia Geral. Todos foram unânimes na esperança por uma Igreja Evangelizadora e Missionária, configurada com Jesus Cristo, o Bom Pastor! Preocupados com a santidade dos pastores a serviço de uma Igreja simples, humilde, servidora e conhecedora de seu Rebanho! Há muitos modos de ser pastor e de evangelizar. Cada um colocando seus dons a serviço do Reino de Deus, conforme lhes foram concedidos gratuitamente. Mas há algo em comum que nunca poderá faltar em nosso pastoreio: Sermos todos configurados com Cristo, o Bom Pastor, que conhece suas ovelhas pelo nome, as ama, as acolhe, as compreende, as aceita como são, as perdoa e as traz de suas periferias existenciais às comunidades eclesiais!

Participemos todos da SEMANA DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES! Além de unirmo-nos a esta belíssima iniciativa da Pastoral de Animação Vocacional, rezemos por Vocações santas, simples, puras, configuradas a Cristo, o Bom Pastor! Não esqueçamos o pronunciamento dos Bispos reunidos em Puebla na III Conferência Episcopal da América Latina e do Caribe: "As  Vocações (santas e não mercenárias) são a resposta de um Deus providente à uma Comunidade orante...". Também rezaremos por todas as Mães, especialmente as que sofrem!

Desejando a todos muitas bênçãos, com ternura e gratidão, nosso abraço amigo,

Pe. Gilberto Kasper

(Ler  At 2,14.36-41; Sl 22(23); 1Pd 2,20-25 e Jo 10,1-10).




MAIO MÊS DAS MÃES

O SENTIDO DA MATERNIDADE CRISTÃ


Pe. Gilberto Kasper


Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo da UNIESP, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Presidente do Fraterno Auxílio Cristão e Jornalista.


O mês de maio começa celebrando a Festa de São José, Operário, embora seja bem mais dedicado à MULHER! Comemora as Noivas, as Mães e é considerado pelos cristãos católicos, um mês dedicado à MARIA, Mãe de Jesus.
Gostaria de refletir muitos temas, mas pensei em escrever algo sobre o sentido da maternidade cristã, a partir das milhares de mães que assumem seus filhos sozinhas. São as que nossa sociedade chama de “mães solteiras”! É interessante observar que nunca ouvi ninguém chamar uma mãe, casada, direitinho, ou cujo pai assume com ela o filho, de “mãe casada”!
Continuamos com o péssimo hábito de discriminar as pessoas, vivendo, muitas vezes, às escondidas, disfarçando gravidez antecipada, aliás, nas últimas décadas, a maioria das crianças nascem aos sete meses, ou me engano? Casamentos ou contratos de estabilidade conjugal forçados, que não passam de hipocrisia, para não admitir, ou então não sentir-se motivo de conversinhas de vizinhos maldosos seriam válidos? Certamente a gravidez simplesmente, sem a certeza do amor gratuito, com sabor divino, profundo e verdadeiro, não é razão suficiente para “mentir” fidelidade diante de testemunhas, de ministros assistentes a matrimônios com aparatos megalomaníacos, como fotografias, filmagens, festas em renomados espaços de elegância exacerbada. São simplesmente nulos. Não acontece então o verdadeiro casamento, eis uma farsa.
Penso que estaria na hora de revermos o verdadeiro sentido da maternidade cristã. O que significa ser mãe, com ou sem parceiro? Ser mãe implica uma vocação específica, sublime, nobre e abençoada por Deus, o Criador. Ser mãe é gerar vida com amor. Para ser mãe de verdade, é preciso “fazer amor” e não simplesmente relação sexual por mero prazer hedonista. É, por isso possível, dissociar vocação ao matrimônio da vocação materna? Penso que não. Quem se casa sem querer constituir Família, utiliza-se de uma Instituição Sagrada: A Família, colocada de bruços nas últimas décadas, continua sendo a célula da sociedade. Precisa urgentemente ser reerguida e reassumida por pessoas que ainda acreditam em valores humanos e promovem a pessoa na sociedade, que ao contrário, coisifica-a.
Quero, neste mês de maio, prestar minha homenagem muito terna, às mães que chamam de “solteiras”: mulheres corajosas, especiais, que desempenham também o papel de pais, para educar e amar divinamente os filhos que geraram, tantas vezes com dificuldades impostas pela própria família, pelos parentes e por uma sociedade que precisa ser mais amorosa, fraterna e misericordiosa com elas. Quem julga, fala mal, condena e determina a sentença sobre qualquer pessoa e seu comportamento, ousa prepotentemente ser deus sobre o outro. Minha ternura a todas as Mães do mundo, sobre as quais invoco as bênçãos da Sagrada Família de Jesus, Maria e José!