-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: 09/05/10

domingo, 5 de setembro de 2010

A Biblia é a Palavra de Deus: de que forma?



Graças a Deus, a Bíblia está nas mãos do povo de Deus.

Ainda não totalmente, não suficientemente.

Em todo caso, vão longe os tempos em que a Bíblia era livro reservado aos padres e a outros poucos leitores.

Traduções diferentes, novas edições, milhares de exemplares “semeiam” a Palavra de Deus um pouco por toda parte.


Apesar disso, é preciso que a “semeadura” aumente para que os frutos sejam mais abundantes.

Esta é também a finalidade do “Mês da Bíblia” que, no Brasil, celebramos durante o mês de setembro.

O poeta Castro Alves, numa de suas poesias, escreveu: “Bendito quem semeia livros e faz o povo pensar”.

Podemos parafrasear: “Bendito quem difunde a Bíblia e faz o povo rezar”.

Eis uma boa idéia.

Quem sabe, você, no mês de setembro, consiga gastar um dinheirinho e oferecer uma Bíblia a quem não tem.

Se quem dá um copo de água por amor de Jesus merece a vida eterna, imagine o que não merece quem dá de beber a água da vida eterna que brota no coração por meio da Palavra de Deus.

Esta é uma bela maneira de celebrar o Mês da Bíblia; não perca a oportunidade; bastaria renunciar a um cineminha aqui, a um refrigerante ali, a um pastel acolá; gastamos em tanta coisa inútil ou secundária...

Ter a Bíblia, lê-la, meditá-la, usá-la para a oração e para orientar a própria vida é o que a Igreja deseja e pede.

Tudo depende, porém, da maneira como isso é feito.

Nesse sentido, será bom dar atenção a algumas observações que farei aqui.

¢ Em primeiro lugar, a Bíblia não é um livro científico; por isso, não vá procurar nela soluções para problemas que cabe à ciência resolver.

Quer um exemplo?

A criação do mundo em seis dias, conforme narra o Livro do Gênesis, não é um relato científico; é uma síntese do ponto de vista religioso para fazer compreender como tudo provém da ação criadora de Deus.

Para os redatores da Bíblia, que tudo contemplavam à luz de Deus, era fundamental sublinhar que o mundo – seja lá como for que tenha surgido e se tenha formado (não era disso que queriam tratar) – em sua existência e devir era e é obra do Criador.

Esta é a mensagem que a narração da criação deseja transmitir no Livro do Gênesis.

Embora a Bíblia, por longo tempo, tenha sido tomada ao pé da letra – nisso consiste o “fundamentalismo” –, aos poucos foi crescendo na Igreja a tomada de consciência da dimensão estritamente religiosa da Bíblia, que não pode mais ser vista como um “manual de ciências”.

Evidentemente, a Bíblia não exclui a ciência, nem se opõe a ela, pois a Verdade é sempre uma só.

¢ Em segundo lugar, a Bíblia não é um livro de história e geografia, tal como entendemos os manuais referentes a essas realidades.

A Bíblia contém muitas referências históricas e também geográficas, hoje confirmadas por testemunhos contemporâneos ou posteriores a ela, tanto escritos quanto arqueológicos.

Entretanto, a intenção primeira da Bíblia não consiste em ser um texto de história universal ou nacional, nem um livro de geografia.

Como disse, o objetivo da Bíblia é religioso, ou seja, ressaltar que todos os acontecimentos da vida humana (história), todas as configurações e transformações do nosso universo (geografia) são iluminadas pela luz de Deus, pois nada escapa ao seu poder e a seu amor.

É importante você compreender essas coisas para não fazer da Bíblia um livro que ela não é e não quer ser (o que seria um tipo de “fundamentalismo”).

Tudo pode ser resumido no seguinte: os autores da Bíblia se puseram diante das mais variadas realidades do mundo – sejam elas quais forem –, projetaram sobre elas a luz de Deus, procuraram vê-las como Deus as vê e escreveram o resultado de sua contemplação e reflexão para que outras pessoas também vejam o mundo e suas realidades dessa forma.

¢ Em terceiro lugar, a Bíblia tem Deus como autor.

Sim, Deus é o autor último da Bíblia; Ele, porém, se serviu de seres humanos para redigi-la ao longo dos séculos; é lógico, Deus não escreve, não imprime livros...

Também aqui é preciso evitar todo tipo de “fundamentalismo”, que consistiria em imaginar que os autores da Bíblia tinham Deus a seu lado que soprava em seus ouvidos o que eles deveriam pôr por escrito.

Ser Deus o autor da Bíblia significa afirmar que a Bíblia é Palavra de Deus porque Ele “inspirou” os redatores dos diversos livros de tal modo que pusessem por escrito, não o próprio modo de pensar, mas o dEle.

Você pode perguntar: como aconteceu isso?

Houve um tempo em que os intérpretes da Bíblia chegaram a ensinar que Deus fazia com que os redatores escolhessem “aquelas” palavras que Ele queria que usassem; em outras palavras, os redatores não passariam de alunos que põem por escrito um ditado feito pela professora...

Com o tempo compreendeu-se que isso também é uma forma de “fundamentalismo”.

De fato, Deus, ao inspirar os autores da Bíblia, não os anulava em sua personalidade, em sua cultura, em seus conhecimentos, em seu modo de ser, de comportar-se, de falar; os redatores eram o que eram, escreviam do jeito de cada um; porém, eram fiéis em redigir o que Deus lhes fazia compreender.

Tanto é verdade que, a mesma história, contada por diversos redatores, nem sempre coincide nos detalhes; precisamente porque cada redator via a mesma realidade de forma diferente.

Entretanto, se você der atenção à “intenção religiosa” do que foi escrito, verá que todos os redatores transmitem, em última análise, a mesma mensagem.

É nesse sentido que se diz que a Bíblia é inspirada por Deus: é preciso não se perder nas questões humanas, que são variadas, secundárias e até limitadas, e concentrar a atenção na “intenção” visada para comunicar uma mensagem vinda de Deus.

¢ Conclusão: Bíblia nas mãos, mente e coração em Deus, pergunte o que Ele quer dizer com a passagem que você está lendo.

Quem vai dar a você a resposta correta? – A IGREJA, pois a Palavra de Deus não foi comunicada para “individualidades”, mas para um “povo”, ou melhor, para o Povo de Deus.

Por isso, a Bíblia nunca pode ser separada da Igreja

Dom Hilário Mozer-SDB

Fonte:http://domhilario.blogspot.com

Um "sim" que compromete a vida

Leitura Orante (5/09/2010)

Lc 14,25-33

Certa vez uma grande multidão estava acompanhando Jesus. Ele virou-se para eles e disse:
- Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: "Este homem começou a construir, mas não pôde terminar!"
- Se um rei que tem dez mil soldados vai partir para combater outro que vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e vê se está bastante forte para enfrentar o outro. Se não fizer isso, acabará precisando mandar mensageiros ao outro rei, enquanto este ainda estiver longe, para combinar condições de paz.
Jesus terminou, dizendo:
- Assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que tem.



Leitrura Orante
Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se encontram neste ambiente
virtual. Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos, com este acesso à internet,
nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 14,25-33 - As condições para ser seguidor de Jesus
Jesus Mestre fala claro sobre as exigências para quem se decide a segui-lo. Esta decisão supõe prontidão, desprendimento de outros vínculos, e ainda, a disposição a enfrentar o desconforto. É assim, se quiser seguir o Senhor. Jesus ilustra isto com duas parábolas: a do homem que decide construir uma torre e a do rei que se prepara para um combate. Em ambos os casos, o Mestre fala da necessidade de lançar bases, de preparar. O bem-aventurado Alberione, na sua inspiração original do carisma paulino, diz que num momento especial de oração diante do Santíssimo Sacramento na passagem do século XIX ao XX, "sentiu-se profundamente obrigado a se preparar para fazer algo pelo Senhor e pelas pessoas do novo século" (AD, 15). E a partir de então, tudo foi visto sob esta luz. Jesus Mestre recomenda, através da parábola, a "se sentar e calcular o quanto vai custar" a torre. "Se sentar" supõe atitude de parada, reflexão, criar convicções, definir um projeto com metas e estratégias claras. "Calcular o quanto vai custar", supõe investimento de valores, sendo o primeiro deles "amar a Jesus" Mais do que tudo, até mais que "a si mesmo". Supõe como diz o final deste texto, "deixar tudo o que tem". O que vale não é o "ter", mas, o "ser com Jesus", ou, o deixar que Jesus seja o meu tudo, a minha vida.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo? Ou tenho olhado noutra direção? No Documento de Aparecida, os bispos disseram: "Parecidos com o Mestre. A admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo, uma adesão de toda sua pessoa ao saber que Cristo o chama por seu nome (cf. Jo 10,3). É um "sim" que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6). É uma resposta de amor a quem o amou primeiro "até o extremo" (cf. Jo 13,1). A resposta do discípulo amadurece neste amor de Jesus: "Te seguirei por onde quer que vás" (Lc 9,57). (DAp 136.)
E eu me interrogo: Sinto-me uma pessoa parecida com o Mestre? Como respondo ao seu chamado e olhar de amor? Como é minha adesão, o meu "sim" realmente me compromete com Jesus Caminho, Verdade, Vida?
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração:
Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.
(Bv Alberione)
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, acolhido no meu coração e no coração das demais pessoas.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp

Um amor eterno



A capacidade de ver o outro de forma diferente
O amor só pode ser eterno à medida que vivermos a conquista do outro todos os dias. E isso só a partir do momento em que o amor de Deus incendiar a nossa vida. Nós só podemos ser livres quando temos dono, mas um dono que nos administre para o amor e para a liberdade. O meu Dono [Deus] me ama, tem apreço por mim! Não vai me sugerir nada que vá me fazer mal, porque Seu dom é amor. Ele não escraviza ninguém.


Para ter fogo é preciso ter lenha. Deus é o fogo. Nós precisamos ser essa lenha onde o Senhor queime. O Todo-poderoso não faz milagres para mostrar o Seu poder apenas, mas todas as manifestações do Senhor são para conquistar o coração que está ali. Ele assim fez com Moisés. A conquista vem por intermédio de coisas bonitas. Se você vai receber amigos, você oferece o melhor. Busca um jeito de manifestar o amor. É isso que Deus fez com esse profeta.


O "bonito" não se limita a um atrativo estético, interior. É você perceber algo a mais. É descobrir que alguma coisa daquela beleza supera as suas formas. É algo maior que me chama, que fala de mim, como se aquela beleza fosse algo que me faltasse. O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente. No meio de tanta gente, alguém se torna especial para você e você se aproxima. O amor é essa capacidade de retirar alguém da multidão, tirá-lo do lugar comum para um lugar dedicado, especial. Alguém descobriu uma sacralidade em você.


Amar é você começar a descobrir que, numa multidão, alguém não é multidão. Quando alguém se aproximou de você foi porque você gerou um encanto nessa pessoa. O outro se sentiu melhor quando se aproximou de você. A beleza da totalidade que você tem faz o outro melhor. A primeira coisa que o amor esponsal e conjugal cura são as orfandades que a vida nos colocou.


Não acredito em um casamento que não tem Deus na sua história. Como o seu marido vai reconhecer a sacralidade do seu coração se ele não traz a consciência de todo o sagrado que você é? O amor, quando não é amor, vira competição, disputa. Por isso o amor que é iniciado e mantido em Deus será sempre um amor de promoção do outro.


O casamento é um encantamento pelo outro, o qual vai ganhando sentido quando o vou conhecendo. Assim, todos os dias você precisa se aproximar do outro e descobrir o motivo para continuar o respeito e a alegria de estar diante daquela, que é sua ajuda adequada.


Casamento em que o outro é opressão, não é amor. O amor leva para o alto! Se vocês não se promovem mais significa que vocês estão esquecendo a vocação primeira do matrimônio: o de acender o fogo do amor, da dignidade e da felicidade do outro.

Padre Fábio de Melo

Deus não sabe amar menos...


Deus não nos ama mais do que aos outros.
E não ama os outros mais do que a nós.
E não ama o Papa mais do que a você,
nem a você mais do que ao Papa.
Se você acha que Deus ama você
mais do que aos outros, está enganado.
Alguém lhe ensinou um catecismo e uma teologia
vaidosa e errada.
Se você acha que Deus ama os outros
mais do que a você, enganou-se.

Deus não ama mais nem ama menos a ninguém.
Porque Ele só sabe amar de um jeito: ao infinito.
Se Ele amasse menos a alguém ele não seria Deus
Deus não sabe não amar.
E também não sabe amar menos ou mais.
Por isso que ele é Deus.
Nós amamos mais ou menos ou até odiamos.
Ele não faz isso.
E não fica decidindo sobre quem merece um quilo
de amor e quem merece apenas 300 gramas.

O problema do amor não é de Deus e sim, nosso.
O sol ilumina a terra toda, mas se alguém lhe fecha a porta,
sua luz não entra.
Não é o sol que ilumina menos,
somos nós que não deixamos que ele nos ilumine.
Não é Deus que ama menos.
Nós é que o acolhemos menos ou mais.
Da próxima vez que você tiver a tentação de dizer
que Deus o ama menos ou mais repense sua teologia.
Deus ama sempre do mesmo jeito: ao infinito.
Mas há gente que responde totalmente ou apenas parcialmente.
Jesus foi perfeito na sua resposta.
Por isso é que nunca ninguém nesse mundo
amou tanto quanto Ele.
Deus amou Jesus ao infinito e Jesus amou Deus ao infinito.
É por isso que dizemos que Jesus é o Filho bem amado.
Bem amado porque bem amou!

Pe. Zezinho, scj