-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: 07/24/17

segunda-feira, 24 de julho de 2017

O amor de São Luiz Gonzaga à sua mãe



Conheça uma linda carta escrita pelo Santo à sua mãe no século XVI…

Considerado o “Patrono da Juventude”, São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione. Recebeu por parte de sua mãe a formação cristã. Já seu pai o motivava a ser príncipe. Sua família tinha muitas posses mas, graças ao amor de Deus, Luís – desde cedo – deixou-se possuir por esse amor.
Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Ali descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação.
Renunciou ao título e à herança paternas e aos catorze anos entrou no noviciado romano da Companhia de Jesus, sob a direção de São Roberto Belarmino, esquecendo totalmente sua origem de nobreza, escolheu para si as incumbências mais humildes, dedicando-se ao serviço dos doentes, sobretudo na epidemia que atingiu Roma no ano de 1590. São Luís Gonzaga, morreu no dia 21 de junho de 1591, tendo apenas 23 anos de idade, provavelmente tendo contraído a terrível doença. Seu corpo repousa na Igreja de Santo Inácio, em Roma.
Ele tinha uma grande afeição por sua mãe. Perceba nas linhas abaixo o quanto era grande seu amor por Deus, por ela e pela Igreja.

Segue um trecho da Carta escrita por São Luís Gonzaga à sua mãe:

Ilustríssima senhora, peço que recebas a graça do Espírito Santo e a sua perpétua consolação. Quando recebi tua carta, ainda me encontrava nesta região dos mortos. Mas agora, espero ir em breve louvar a Deus para sempre na terra dos vivos. Pensava mesmo que a esta hora já teria dado esse passo. Se é caridade, como diz São Paulo, chorar com os que choram e alegrar-se com os que se alegram (cf. Rm 12,15), é preciso, mãe ilustríssima, que te alegres profundamente porque, por teus méritos, Deus me chama à verdadeira felicidade e me dá a certeza de jamais me afastar do seu temor.
Na verdade, ilustríssima senhora, confesso-te que me perco e arrebato quando considero, na sua profundeza, a bondade divina. Ela é semelhante a um mar sem fundo nem limites, que me chama ao descanso eterno por um tão breve e pequeno trabalho; que me convida e chama ao céu para aí me dar àquele bem supremo que tão negligentemente procurei, e me promete o fruto daquelas lágrimas que tão parcamente derramei.
Por conseguinte, ilustríssima senhora, considera bem e toma cuidado em não ofender a infinita bondade de Deus. Isto aconteceria se chorasses como morto aquele que vai viver perante a face de Deus e que, com sua intercessão, poderá auxiliar-te incomparavelmente mais do que nesta vida. Esta separação não será longa; no céu nos tornaremos a ver. Lá, unidos ao autor da nossa salvação, seremos repletos das alegrias imortais, louvando-o com todas as forças da nossa alma e cantando eternamente as suas misericórdias. Se Deus toma de nós aquilo que havia emprestado, assim procede com a única intenção de colocá-lo em lugar mais seguro e fora de perigo, e nos dar aqueles bens que desejamos dele receber.
Disse tudo isto, ilustríssima senhora, para ceder ao desejo que tenho de que tu e toda a minha família considereis minha partida como um feliz benefício. Que a tua bênção materna me acompanhe na travessia deste mar, até alcançar a margem onde estão todas as minhas esperanças. Escrevo isto com alegria para dar-te a conhecer que nada me é bastante para manifestar com mais evidência o amor e a reverência que te devo, como um filho à sua mãe.
Equipe da Editora Cléofas

Por que uma Festa ao Sagrado Coração de Jesus?



Veja o que nos explica um grande santo da nossa Igreja…
    A finalidade da Festa do Sagrado Coração de Jesus é honrar, mais fervorosa e ardentemente, o amor de Jesus Cristo sofrendo e instituindo o Sacramento de seu Corpo e Sangue.
A fim de penetrar no espírito da devoção para com o Coração de Jesus, é mister, portanto, honrar os sofrimentos passados do Salvador e reparar as ingratidões de que é diariamente saturado na Eucaristia.
    Quão profundas foram as dores do Coração de Jesus!
Todas as provocações convergiram para Ele. Foi cumulado de humilhações, ferido pelas mais revoltantes calúnias, que procuravam roubar-lhe a honra; foi saciado de opróbrios e coberto de desprezos. Apesar de tudo isto, porém, ofereceu-se voluntariamente, sem a mais leve queixa. Seu amor foi mais forte que a morte, e as torrentes da desolação não conseguiram arrefecer-lhe o ardor .
    Essas dores já terminaram, sem dúvida, mas, desde que Jesus as suportou por nós, o nosso reconhecimento deve persistir, e compete ao nosso amor honrá-las como se estivessem presentes aos nossos olhos.
    Veja o que nos explica um grande santo da nossa Igreja…
A finalidade da Festa do Sagrado Coração de Jesus é honrar, mais fervorosa e ardentemente, o amor de Jesus Cristo sofrendo e instituindo o Sacramento de seu Corpo e Sangue.
    A fim de penetrar no espírito da devoção para com o Coração de Jesus, é mister, portanto, honrar os sofrimentos passados do Salvador e reparar as ingratidões de que é diariamente saturado na Eucaristia.
   Quão profundas foram as dores do Coração de Jesus!
    Todas as provocações convergiram para Ele. Foi cumulado de humilhações, ferido pelas mais revoltantes calúnias, que procuravam roubar-lhe a honra; foi saciado de opróbrios e coberto de desprezos. Apesar de tudo isto, porém, ofereceu-se voluntariamente, sem a mais leve queixa. Seu amor foi mais forte que a morte, e as torrentes da desolação não conseguiram arrefecer-lhe o ardor .
Essas dores já terminaram, sem dúvida, mas, desde que Jesus as suportou por nós, o nosso reconhecimento deve persistir, e compete ao nosso amor honrá-las como se estivessem presentes aos nossos olhos.

   As razões que determinaram a instituição da Festa do Sagrado Coração de Jesus, e o modelo pelo qual Jesus manifestou seu Coração, ensinam-nos que é na Eucaristia que O devemos honrar, pois é aí que O encontramos na plenitude de seu amor.
Foi diante do Santíssimo Sacramento exposto que Santa Margarida Maria recebeu as revelações do Sagrado Coração; foi na Hóstia Santa que Jesus se lhe apresentou com o Coração entre as mãos, dizendo estas adoráveis palavras, o mais eloquente comentário de sua presença eucarística: “Eis o Coração que tanto amou os homens”.
E o Nosso Senhor, aparecendo à venerável Madre Mectilde, fundadora de um Instituto de Adoradoras, recomendou-lhe que honrasse e amasse com ardor possível o seu Sagrado Coração no Santíssimo Sacramento, e Lho deu como penhor de seu amor para lhe servir de refúgio durante a vida e consolação na hora da morte.
Ó Jesus, sede minha luz, minha nuvem luminosa no deserto deste mundo, meu único Senhor, pois não quero outro! Sede minha única ciência. Fora de Vós, tudo é nada para mim.
São Pedro Julião Eymard

A devoção ao Sangue de Cristo e seu significado



“Contemplemos com devoção o sangue de Jesus derramado até a última gota por nós na cruz pela redenção da humanidade.” (São Pio de Pietrelcina)

    O mês de julho é dedicado à devoção do preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo perdão dos nossos pecados. São João Batista apresentou Jesus ao mundo dizendo: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Sem o Sangue desse Cordeiro não há salvação”. Em toda a celebração eucarística, de fato, torna-se presente, juntamente com o Corpo de Cristo, o seu precioso Sangue da nova e eterna Aliança, derramado por todos em remissão dos pecados (cf. Mt 26, 27).
    O Sangue de Cristo representa a Sua Vida humana e divina, de valor infinito, oferecida à Justiça divina para o perdão dos pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares. Quem for batizado e crer, como disse Jesus, será salvo (Mc 16,16) pelo Sangue de Cristo.
Em cada Santa Missa a Igreja renova, presentifica, atualiza e eterniza este Sacrifício de Cristo pela Redenção da humanidade. Em média, a cada quatro segundos essa oferta divina sobe ao Céu em todo o mundo. É o Sangue e o Sacrifício do Senhor oferecido ao Pai para satisfazer a Justiça divina ferida por nossos pecados.
   Este Sangue está presente na Eucaristia: Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. Na Comunhão podemos ser lavados e inebriados pelo Sangue redentor do Cordeiro sem mancha que veio tirar o pecado de nossa alma. Mas é preciso parar para adorá-lo no Seu Corpo dado a nós. Infelizmente muitos ainda comungam mal, com pressa, sem Ação de Graças, sem permitir que o Sangue Real e divino lave a alma pecadora e doente.
   O Catecismo da Igreja ensina que mesmo que o mais santo dos homens tivesse morrido na cruz, seria o seu sacrifício insuficiente para resgatar a humanidade das garras do demônio; era preciso um sacrifício humano, mas de valor infinito. Só Deus poderia oferecer este sacrifício; então, o Verbo divino, dignou-se assumir a nossa natureza humana, para oferecer a Deus um sacrifício de valor infinito. A majestade de Deus é infinita; e foi ofendida pelos pecados dos homens. Logo, só um sacrifício de valor infinito poderia restabelecer a paz entre a humanidade e Deus.

15 ensinamentos dos santos sobre a amizade


    Quem encontrou, encontrou um tesouro!
    Pode ser que muitos de nós sejamos ricos e ainda não nos demos conta. A Palavra de Deus já nos ensinava desde o Antigo Testamento: “Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro. Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável. Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão” (Eclo 6, 14-16).
Se Jesus, que é Deus, quis precisar de amigos para seguir sua caminhada neste mundo; imagine nós? O ser humano não pode viver como uma ilha. É como afirmou São João Bosco em sua famosa frase:     “Deus nos colocou no mundo para os outros”. Uma grande verdade! Inclusive, podemos dizer até que a partir de Cristo, a amizade tomou um novo sentido, o amigo é aquele que descobriu o valor e a dignidade do irmão, à luz do Evangelho. Essa sincera amizade, no verdadeiro sentido humano e cristão, se propagou entre os primeiros cristãos refugiados nas catacumbas. A história da Igreja é marcada de exemplos de profundas amizades entre os santos padres, como São Basílio e São Gregório, entre os grandes santos, como São Francisco de Assis e Santa Clara, Santo Ambrósio e Santa Mônica e muitos outros.

    Em um de seus belíssimos escritos, São Gregório Nazianzeno, um dos padres da Igreja, escreveu sobre seu amigo São Basílio, e nos explicou um pouco como viviam profundamente a amizade:
“Encontramo-nos em Atenas. Como o curso de um rio, que partindo da única fonte se divide em muitos braços, Basílio e eu nos tínhamos separado para buscar a sabedoria em diferentes regiões. Mas voltamos a nos reunir como se nos tivéssemos posto de acordo, sem dúvida porque Deus assim quis.
Nesta ocasião, eu não apenas admirava meu grande amigo Basílio vendo-lhe a seriedade de costumes e a maturidade e prudência de suas palavras, mas ainda tratava de persuadir a outros que não o conheciam tão bem a fazerem o mesmo. Logo começou a ser considerado por muitos que já conheciam sua reputação.
Que aconteceu então? Ele foi quase o único entre todos os que iam estudar em Atenas a ser dispensado da lei comum; e parecia ter alcançado maior estima do que comportava sua condição de novato. Este foi o prelúdio de nossa amizade, a centelha que fez surgir nossa intimidade; assim fomos tocados pelo amor mútuo.
Com o passar do tempo, confessamos um ao outro nosso desejo: a filosofia era o que almejávamos. Desde então éramos tudo um para o outro; morávamos juntos, fazíamos as refeições à mesma mesa, estávamos sempre de acordo aspirando os mesmos ideais e cultivando cada dia mais estreita e firmemente nossa amizade.
Movia-nos igual desejo de obter o que há de mais invejável: a ciência; no entanto, não tínhamos inveja, mas valorizávamos a emulação. Ambos lutávamos, não para ver quem tirava o primeiro lugar, mas para cedê-lo ao outro. Cada um considerava como própria a glória do outro.
Parecia que tínhamos uma só alma em dois corpos. E embora não se deva dar crédito àqueles que dizem que tudo se encontra em todas as coisas, no nosso caso podia se afirmar que de fato cada um se encontrava no outro e com o outro.

O devido respeito para com a Sagrada Eucaristia


    Apesar de toda catequese da Igreja sobre a Eucaristia, ainda hoje Jesus é muito desrespeitado e profanado na Hóstia Santa
    Os Sacramentos que Cristo deixou na Igreja transmitem a graça da salvação que Ele conquistou pela sua morte e ressurreição; mas a sagrada Eucaristia vai mais além, porque  é o centro da fé católica; é o maior de todos os Sacramentos porque nele Cristo está vivo, em corpo, sangue, alma e divindade.
Há dois mil anos, desde que pela primeira vez Jesus celebrou a Eucaristia na Santa Ceia, nunca mais a Igreja deixou de realizá-la. Além disso, Cristo na Hóstia sagrada, vítima oferecida em sacrifício, é guardado nos Sacrários para ser adorado pelos fiéis e levado aos doentes. Mas, apesar de toda catequese da Igreja sobre a Eucaristia, ainda Jesus é muito desrespeitado e profanado na Hóstia santa.
Uma dessas profanações acontece quando alguém, ciente de que está em pecado grave, comunga sem se confessar com o sacerdote. São Paulo nos lembra da gravidade de Comungar sem estar em condições para isso. Ele diz: “Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor. Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação. Esta é a razão por que entre vós há muitos adoentados e fracos, e muitos mortos”. (1 Cor 11,26-30)
É claro que não devemos deixar de Comungar por qualquer falta cometida, mas quando o pecado é grave, mortal, é indispensável a Confissão. Não se pode receber Aquele que é Santo em um coração que não esteja purificado.
Outra profanação seríssima contra a Eucaristia é o uso de Hóstias consagradas para a chamada “missa negra” realizada em cultos demoníacos. São Paulo fala da grandeza do Corpo de Cristo na Eucaristia: “O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?…  As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”. (1Cor 10,16-21).
Só para dar um exemplo recente, cito a notícia da Gaudim Press (12/5/2014): “A Arquidiocese de Boston emitiu um comunicado oficial no qual rejeitou os planos para a realização de uma “Missa Negra”, no campus da Universidade de Harvard, em 12 decpa_segredo_da_sagrada_eucaristia maio. “Para o bem dos fiéis católicos e de todas as pessoas, a Igreja oferece um ensinamento claro sobre o culto ao demônio. Esta atividade separa as pessoas de Deus e da comunidade humana, e põem os seus participantes perigosamente próximos dos trabalhos destrutivos do mal”, advertiu a Arquidiocese.
Em vários lugares têm havido terríveis profanações da Eucaristia com arrombamentos de Sacrários, roubo de Hóstias e até pisoteamento delas. Diante de tudo isso, é preciso o máximo de cuidado com a proteção da Sagrada Eucaristia nos Sacrários. Esses devem ser muito bem fixados, fechados e protegidos. Quando há adoração do Santíssimo Sacramento exposto no Ostensório, nunca se pode deixar o mesmo sem alguém em adoração e vigilância.
Outro cuidado deve ser ao ser distribuída a Comunhão aos fiéis: é preciso observar se os mesmos as colocam na boca na frente do ministro, como obriga a Igreja. Alguém deve estar ao lado do ministro para verificar isso e proibir que alguém esconda a Hóstia e a leve para casa.
Além disso, todo respeito deve ser observado na Igreja diante do Sacrário. Ao se passar diante dele devemos fazer a genuflexão com um dos joelhos em um ato de adoração. Se passarmos diante do Santíssimo exposto, então, devemos nos ajoelhar com os dois joelhos para esse ato de adoração.  Não podemos deixar que a Presença de Deus no meio de nós se torne algo trivial, banal, sem merecer a devida atenção e respeito. Diante Dele é preciso silêncio, adoração e todo respeito.
Prof. Felipe Aquino

O que é uma relíquia sagrada?

                                                          (Relíquia de Santo Antonio)

     Segundo o ACI Digital (13/04/2017), embora o Santo Sudário de Turim (Itália) seja o objeto mais importante relacionado a Jesus que permanece até hoje, a Espanha também tem entre os seus tesouros três relíquias importantes de Cristo.
Estas relíquias são o Santo Cálice ou Santo Graal que está guardado na Catedral de Valência (Espanha); o Sudário de Oviedo, pano que cobriu o rosto de Jesus; e o Lignum Crucis, um pedaço da cruz do Senhor.
    Estas relíquias foram estudadas em profundidade e permitem aproximar-se um pouco mais da Paixão de Cristo.
    O Santo Cálice da Última Ceia
    Segundo a tradição, o cálice que Jesus usou na Última Ceia, o Santo Cálice ou Santo Graal, é o objeto sagrado preservado na Catedral de Valência, (Espanha).
   Este vaso sagrado é formado por um copo de cristal de ágata, uma base e duas alças. O que se sabe é que somente o copo de cristal de ágata teria sido usado por Jesus. A base e alças com pedras preciosas foram inseridas durante a época medieval.
    Segundo o Pe. Jaime Sancho, custódio do Santo Cálice na Catedral de Valência, o estudo mais completo deste objeto foi realizado em 1960 e demonstrou que existe um alto grau de provas que confirmem a autenticidade desta relíquia.
   “Nenhum estudo arqueológico posterior desmentiu esta pesquisa. É o único cálice que resistiu a críticas e investigação histórica”, assegurou o Pe. Sancho em entrevista concedida ao Grupo ACI em julho de 2016.
“Quando uma pessoa olha para esta relíquia descobre o amor de Deus na Eucaristia e isso é o que converte”, assegurou o sacerdote e precisou que durante esses anos que ele é custódio do Santo Cálice viu “muitas pessoas” chorarem ao ver esta relíquia “e perceber o quanto Deus nos ama, o quanto Deus está esperando por mim e me esperar nas coisas mais simples e pequenas”.
    O Santo Cálice teve uma relação muito especial com os Papas. De fato, quatro Pontífices se relacionaram com ele: São João XXIII concedeu indulgência plenária na festa do Santo Cálice celebrada no dia 30 de outubro; São João Paulo II o venerou na Catedral de Valência e consagrou com ele durante a sua visita à Espanha em 1982.
   Bento XVI o usou durante a Missa do V Encontro Mundial das Famílias, realizada em Valência em 2006 e o Papa Francisco concedeu a celebração do Ano Santo do Cálice que começou no dia 29 de outubro de 2015 e terminou em novembro de 2016, junto com o Ano da Misericórdia. O Ano Jubilar do Santo Cálice é celebrado regularmente a cada cinco anos.
    O Sudário de Oviedo
    Segundo a tradição, o sudário que cobria o rosto de Jesus está guardado na Catedral de Oviedo e é exposto ao público apenas três vezes por ano: na Sexta-feira Santa; no dia 14 de setembro, dia da Santa Cruz; e em 21 de setembro, festa do Apóstolo São Mateus, padroeiro da cidade espanhola.
    Os apóstolos veneraram em Jerusalém as relíquias da Paixão, incluindo o Sudário, durante os primeiros anos do cristianismo. Com a invasão dos persas no século VII, conseguiram salvá-lo e foi levado à Espanha.
    Jorge Manuel Rodríguez Almenar, presidente do Centro Espanhol de Sindonologia, explicou em diversas ocasiões que os estudos mostram que todos os elementos do Sudário de Oviedo coincidem com os do Santo Sudário.
    O último estudo realizado pela Universidade Católica de Murcia, na Espanha, concluiu que ambos os panos envolveram a mesma pessoa. Também precisou que o homem do Santo Sudário e do Sudário de Oviedo sofreu a mesma ferida no lado.
    Algo que está de acordo com o que foi relatado no Evangelho de João, quando diz: “Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas. Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”.
    Lignum Crucis: Uma relíquia da Cruz de Cristo
O mosteiro franciscano de Santo Toribio de Liébana, na Cantábria, guarda há mais de 1200 anos um grande pedaço da Cruz de Jesus.
    Esta relíquia é conhecia pelo seu nome em latim Lignum Crucis, que significa lenho ou madeira da Cruz. Este objeto sagrado corresponde à madeira horizontal do lado esquerdo.
    Santa Helena, mãe do imperador Constantino, decidiu conservar as relíquias da Paixão do Senhor. Uma delas foi a Cruz, que chegou à Espanha no século XVI, com os restos de Santo Toribio, que tinha sido custódio dos lugares santos em Jerusalém.
    Em 1958, realizaram alguns testes para comprovar a sua autenticidade e “confirmaram que a madeira é de uma árvore que existe na Terra Santa e que tem uma idade superior a 2000 anos”, assegurou ao Grupo ACI o Pe. Juan Manuel Núñez, superior do convento de Santo Toribio de Liébana.
   Além disso, o DNA da relíquia coincide com o de outros pedaços menores da cruz conservados em diferentes lugares do mundo.
   “A maior prova de veracidade das Lignum Crucis são todas as conversões que ocorrem no sacramento da confissão no mosteiro”, afirma o sacerdote.
    Segundo o Pe. Nunez, o Lignum Crucis fala, “através de uma linguagem silenciosa, do amor de Deus que se entrega ao coração de todos os homens. Um amor que ficou marcado para sempre na Cruz e que diz a todos: ‘Embora não saibam lê-lo aqui diz como e quanto os amo’”.

   Desde o século XVI se celebra o Ano Jubilar Lebaniego Santo Toribio de Liébana. Este Ano Santo ocorre cada vez que o dia 16 de abril (festa de Santo Toribio) cai em um domingo. Como o dia 16 de abril de 2017 coincide com o Domingo de Ressurreição, o início deste Ano Santo começará no dia 23 de abril.

Saiba o porque da missa de sétimo dia

Reza-se pelos mortos, porque é bom e salutar, ou seja, é saudável não só pela ligação afetiva com aquela pessoa que partiu, mas é saudável porque cremos que fomos batizados em nome da Santíssima Trindade, portanto, fazemos parte do Corpo de Cristo. Por isso, rezamos por aqueles que partiram, para que, não tendo morrido totalmente santo, possa alcançar por nossas preces e pela misericórdia de Deus a vida eterna (CIC 1031-1032).

Reza-se pelo defunto, oferece-se algum sacrifício para que a alma alcance a purificação, e pela fé na ressurreição. Deus, em sua imensa misericórdia, purifica as almas, toma-as para o seu Reino. Por que, então, rezar por sete dias? Ou por que uma Missa de sétimo dia?

O número sete na bíblia

O número sete na Bíblia indica perfeição. Em sete dias, Deus criou o mundo (Gn 2,2). Na história de Noé, choveu por sete dias e, depois de sete dias, Noé soltou a pomba, e a ave trouxe um ramo de oliveira que indicava o fim do dilúvio (Gn 8,10). Em relação à morte, quando Jacó morreu, José fez luto de sete dias (Gn 50,10). Em relação a um sacrifício purificador, durante sete dias deveria se oferecer um sacrifício expiatório (Êx 29,36-37). A mulher grávida que tivesse o bebê, apenas no sétimo dia estaria purificada (Lv 12,2). O leproso, para ser considerado limpo, precisaria de sete banhos de purificação (Lv 14,7).

Nos Evangelhos, Jesus fez a multiplicação dos pães com sete (Mt 15,36). Ele disse a Pedro que se deveria perdoar setenta vezes sete (Mt 18,22). No episódio com a samaritana, ela havia tido cinco maridos e o sexto não era dela, mas ela encontrou o Sétimo, Jesus, que lhe deu água viva para beber (Jo 4,1-26). Sete indica perfeição, indica um percurso, perseverança; na oração por um falecido, também se reza pelo significado do sete, reza-se para que a alma seja purificada.

Histórico da Missa de sétmo dia no Brasil

Na realidade brasileira, reza-se ainda uma Missa de sétimo dia por causa da extensão territorial. Os parentes que não podiam chegar a tempo para velar o morto vinham depois de alguns dias; assim, a Missa de sétimo dia permitia que o parente distante pudesse estar com a família e rezar pelo defunto.

Por fim, reza-se a Missa de sétimo dia, porque desde o Gênesis havia o costume fazer luto pelos mortos, por outras passagens que falam dessa realidade de purificação da alma do falecido, reza-se devido à fé católica na ressurreição dos mortos, reza-se pela oportunidade de um parente distante estar com a família do falecido e rezar com a família. Reza-se uma Missa de sétimo dia para fazer alusão ao dia que o Senhor descansou. Rezar é ainda uma oportunidade para aqueles que ficaram, louvar a Deus pelo dom da vida daquele que partiu, rezar uma Missa de sétimo dia, para aqueles que ficaram, é uma oportunidade de pensar como está a própria vida