-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: 03/06/13

quarta-feira, 6 de março de 2013

O sorriso de Maria...

Maria vive agora, na alegria e na glória da ressurreição. Suas lágrimas ao pé da Cruz foram transformadas em um sorriso que nada poderá apagar, enquanto sua compaixão materna por nós se mantém intacta. A intervenção prestativa e caridosa da Virgem Maria ao logo da história testemunha este auxílio e continua a suscitar, no povo de Deus, uma confiança inabalável na Mãezinha do Céu: a oração “Lembrai-vos”, de São Bernardo, expressa muito bem este sentimento. Maria ama cada um de seus filhos, com uma atenção particular para com aqueles que, como seu Filho, na hora da Paixão, são tomados pelo sofrimento; Maria os ama, simplesmente porque eles são seus filhos, de acordo com a vontade de Cristo na Cruz. O salmista, percebendo, de longe, este vínculo materno que une a Mãe de Cristo e o povo devoto, profetiza sobre a Virgem Maria que "as pessoas mais ricas do povo... buscarão a tua alegria "(Sl 45 [44], 13). Aqui em Lourdes, durante a aparição que aconteceu na quarta-feira, dia 3 de março de 1858, Bernadette contempla de forma muito especial o sorriso de Maria. Este sorriso foi a primeira resposta que a Bela Senhora deu à jovem vidente que desejava saber quem era ela. Antes de se apresentar à jovenzinha, alguns dias mais tarde, como a "Imaculada Conceição", Maria lhe deu a conhecer, primeiramente, o seu sorriso, como a porta de entrada mais adequada para a revelação do mistério. Bento XVI, Homilia, Esplanada do Rosário, Lourdes, segunda-feira 15 de setembro de 2008

Maria é Mãe, assim como Deus é Pai

A Maternidade Virginal de Maria aparece como a mais alta revelação das possibilidades oferecidas à humanidade pela graça divina, assim como a Paternidade de Deus é a revelação suprema da divindade. Que Deus seja o Pai, de fato, como nos revela o Evangelho, não é apenas uma expressão de seu relacionamento com suas criaturas, no que eles têm de mais generoso. É uma expressão que deriva do fato de que a generosidade que Ele nos testemunhou é apenas um reflexo e uma derivação da generosidade ilimitada, próprios de sua vida transcendente. Desde toda a eternidade, em sua natureza mais íntima, Deus é Pai. Isso significa que ele é Amor, Amor não somente criativo, mas doado, que se dá a si mesmo e o dom de si mesmo é a sua vida. Maria é a criatura que realiza de modo mais perfeito a imagem divina, mantendo-se no plano da criatura, porque ela é Mãe, como Deus é Pai (...) Assim como a Paternidade é própria de Deus, assim a Maternidade aparece como sendo própria da criatura. (...) Todavia, Deus é Pai no sentido da perfeição transcendente, na medida em que não precisa da colaboração de mãe alguma para gerar, e não precisa, tão pouco, de qualquer matéria para criar... Maria, ao contrário, leva ao máximo, o caráter, próprio à criatura, de total dependência de Deus. Sua Maternidade expressa esta verdade; não somente ela recebe o dom de gerar, mas recebe o dom de gerar um Filho pré-existente e ele próprio, totalmente transcendente. No entanto, o caráter virginal de sua Maternidade lhe vale esta perfeição insólita de comunicar a seu Filho, não somente como à metade da humanidade, que Ele tornará sua, mas, igualmente, da humanidade inteira. Assim, como Deus é Pai em um sentido absoluto, Maria é Mãe numa plenitude que não é acessível a qualquer outra mulher. Filho único do único Pai Celestial através da sua divindade, Jesus é o Filho de sua única Mãe terrena por meio de sua humanidade. Louis Bouyer O Trono de Sabedoria: ensaio sobre o significado da devoção mariana Paris, 1957, pp.146-148 (citado em Étienne Catta, Sedes Sapientiae, em:. Maria – estudos sobre a Virgem Maria – sob a direção de Hubert du Manoir, SJ - Volume VI, 1961, pp 836-837)