“E vós, maridos, amais as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de purificá–la com o banho da água e santificá–la pela Palavra para apresentar a si mesmo a Igreja, gloriosa, sem mancha nem ruga, ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. É grande este mistério: refiro–me à relação entre Cristo e a sua Igreja” (Ef 5, 25. 32).
Contemplando este mistério da Igreja, São Pio X dizia: “Os reinos e os impérios desmontaram; os povos que a glória de seus nomes assim como sua civilização os havia tornado célebres, desapareceram. Viram–se nações que, atingidas pela decrepitude, se desagregaram por si mesmas. A igreja, porém, é imortal por natureza, jamais o laço que a une ao seu celeste Esposo se romperá e, em conseqüência, a velhice não pode atingi-la; ela permanece exuberante da juventude, sempre transbordante dessa força com a qual ela nasceu do coração transpassado de Cristo morto sobre a Cruz”. (Encíclica Iucunda Sane).
A Santa Igreja Católica é a primeira, verdadeira, vencedora e única. A unidade da santíssima fé católica é um grande milagre e obra colossal da Igreja Latina.
O seu escopo é a salvação da humanidade pelo seu Senhor, Mestre, Pastor e Salvador Jesus Cristo.
A Igreja Católica é mais bela do que a própria beleza; mais rica do que todo o tesouro do mundo; mais poderosa do que todo exército do planeta; mais viva do que a própria vida; mais iluminada do que o Sol; a sua missão é mais alta do que o céu; a sua obra de caridade é mais profunda do que o mar; os seus santos são muito mais do que o ouro e todas as pedras preciosas e brilharam mais do que a Lua e todos os astros do firmamento; o seu conhecimento é milenar e indestrutível; têm mais elementos do que os da natureza; a sua força ultrapassa as quatro forças físicas fundamentais do universo; o grande poder contínuo do Pentecostes na Igreja é muito maior do que o acelerador de partículas do Grande Colisor de Hádrons. Um só dom do Espírito Santo tem mais energia atômica do que a física quântica e todas as bombas juntas.
A Igreja é a mestra por excelência da mais alta ciência da educação. Ela é a gloriosa mãe fecunda de todos os filhos de Deus e promotora de santificação das ovelhas do Sumo Pastor Jesus Cristo.
Para Igreja vencer imperadores idólatras e imorais, exércitos bárbaros, monarquias corruptas, sistema político e filosóficos ateus e carniceiros, cismas, seitas, secularismo e relativismo são necessárias armas poderosíssimas e atualizadas. Quais são essas armas? A Sagrada Escritura, A Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério infalível. Todo fundamento da Igreja Católica está no amor da Santíssima Trindade que termina no gênero humano.
A Igreja é Inerrante
A Igreja Católica é santa, justa e inerrante, ou seja, isenta de erros e pecados.
A Igreja Católica nunca errou e jamais vai errar. O seu Corpo é santo, cuja Cabeça também o é: Jesus Cristo. Ela é a Igreja do Deus vivo: coluna e sustentáculo da verdade (1 Tm 3, 15).
É errada a expressão “a Igreja é santa e pecadora”. Não existe tal expressão na Bíblia e nem na Tradição. A correta colocação se encontra no Credo dos Apóstolos: “Creio na Santa Igreja Católica”.
São injustas as acusações, calúnias difamações contra a Igreja Católica. Os críticos não sabem ou não querem entender a mistogogia da Igreja, separar o joio do trigo, saber compreender verdadeiramente os fatos históricos e dogmáticos e ter ciência “dos erros dos filhos pecadores” na Igreja e não “os pecados da Igreja”. A Igreja é toda santa (Ef 5, 27). É a noiva de Cristo (Mc 2, 19).
Vejamos de maneira magistral a explicação do grande teólogo beneditino Dom Estêvão Bettencourt:
“Nos últimos decênios tem sido transposto para a Igreja o título de “simultaneamente santa e pecadora”. Chega mesmo a designá–la como “a casta meretriz”.
Nos que concerne à Igreja, é necessário distinguir entre a pessoa e o pessoal da Igreja.
Pessoa da Igreja é o elemento estável e santo que ela contém como Esposa de Cristo “sem mancha nem ruga” (Ef 5, 25 – 27). Como Corpo de Cristo, vivificado pela indefectível presença de Cristo, a Igreja conserva uma santidade imperecível de Cristo. Ela é a mãe de filhos, que são o seu pessoal. Estes são pecadores, de modo que introduzem o pecado na Igreja, que os carrega procurando dar–lhes o remédio necessário. Observe–se bem que o Papa João Paulo II, ao pedir perdão, nunca o pediu para a Igreja, mas sempre para os filhos ou o pessoal da Igreja.
A expressão “casta meretriz” é imprópria, porque consta de um substantivo sinistro e de um adjetivo alvissareiro; a Igreja seria substancialmente pecadora e acidentalmente ou ocasionalmente santa-o que é falso, ela é substantivamente santa e acidentalmente portadora do pecado de seus filhos. Analisando essa ambígua realidade, podia o Papa Pio XII escrever em 1943:
“Nada se pode conceber de mais glorioso, mais nobre, mais honroso do que pertencer à Igreja Santa, Católica, Apostólica e Romana, por um Chefe tão sublime, somos penetrados por um único Espírito Divino; enfim somos alimentados neste exílio terrestre por uma só doutrina e um só Pão celeste, até que finalmente tomemos parte na única e eterna bem aventurança celeste” (Pio XII – Mystici Corporis Christi n° 90 – 29/06/1943). (PR, N° 535, pp. 22 e 23).
A Igreja: Mãe Santa
Sobre a Igreja, escreve a maior gênio do pensamento filosófico e teológico do século V, fundador, bispo e Doutor da Igreja Santo Agostinho de Hipona:
“Visitai esta mãe, que vos gerou. Vede o que ela vos deu: uniu a criatura ao criador, dos servos fez filhos de Deus, dos escravos do demônio irmão de Cristo. Não sereis ingratos a tão grandes benefícios se lhe oferecerdes a alegria da vossa presença. Ninguém pode sentir que Deus o ama se despreza a Igreja mãe. Está mãe Santa e espiritual prepara–vos cada dia alimento espiritual... ela não quer que seus filhos tenham fome desse alimento. Não abandoneis esta mãe, para que ela vos sacie da abundancia de sua casa... vos recomende a Deus Pai como filhos dignos e vos conduza, livres e com saúde, à pátria eterna, depois de vos ter alimentado com amor”.
O renomado escritor e intelectual inglês Gilbert K. Chesterton afirmou esplendidamente: “A Igreja Católica é a única coisa que salva o homem da degradante escravidão de ser um filho de sua época”.
Conclusão
As promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo são fiéis e podemos caminhar seguros com elas.
Como é maravilhoso ser membro da Igreja Católica de Cristo. Ser discípulo e missionário da Boa Nova do Salvador.
Cremos nas palavras do Bom Pastor:
“Eis que eu vos envio como ovelhas entre lobos. Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma” (Mt 10, 16. 28).
“As portas do inferno nunca prevalecerão contra a minha Igreja”. (Mt 16, 18).
“Toda a autoridade sobre o céu e sobre a terra me foi entregue. Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!”. (Mt 28, 19. 20).
“Eu vos disse tais coisas para terdes paz em mim. No mundo tereis tribulações, mas tente coragem: eu venci o mundo” (Jo 16, 33).
“Mas recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e a Samaria, e até os confins da terra” (At 1, 8).
Não existem palavras para explicitar a magnífica felicidade de pertencer à Igreja guiada e iluminada pelo divino Espírito Santo, e esta Igreja só pode ser: Una, Santa Católica e Apostólica.
Una, porque o seu modelo é de plena unidade e une todos os fiéis na comunhão em Cristo.
Santa, porque Deus santíssimo e o seu autor; Cristo entregou-se por ela, para santificá–la e torná–la santificante e o Espírito Santo a vivifica com a caridade.
Católica, porque a sua missão de pregar o Evangelho é universal. Nela contém a plenitude dos meios de salvação.
Apostólica, porque a sua origem está edificada sobre o “alicerce dos apóstolos”, porquanto ensinada, santificada e dirigida, até a volta de Cristo, pelos Apóstolos, graças a seus sucessores, os bispos em comunhão com o sucessor de Pedro.
A Santa Madre Igreja nos ama e devemos amá–la até o fim das nossas vidas.
Um só batismo, um só Deus, um só Bom Pastor, um só Espírito Consolador, uma só fé, uma só esperança e uma só Igreja.
Pe. Inácio José do Vale
"Deixai vir a mim os pequequinos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham"
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
A Oração Quaresnal
Segundo a mais antiga tradição litúrgica e ascética da Igreja, a Quaresma é tempo privilegiado de oração. E por quê? Que características, que efeitos tem a oração, para ser tão recomendada neste tempo? Aponto oito motivos para incrementarmos nossa oração neste tempo sagrado de preparação para a santa Páscoa:
1. A oração abre-nos para Deus, várias vezes já escrevi sobre este tema. Nossa tendência é termos a nós próprios como centro, como eixo da existência. Assim sendo, vivemos miseravelmente em função de nós mesmos: tudo julgamos a partir de nós, buscamos nossos interesses, caímos na ilusão de pensar que nossas idéias e avaliações são a própria verdade, e que nossos critérios e desejos são o que é correto.
Assim, fechados em nós, vivemos numa ilusão tremenda: a ilusão de que somos o centro, somos auto-suficientes, somos deuses... Em conseqüência, sem nem percebermos, manipulamos os outros, manipulamos a realidade e até mesmo nossa fé em Deus: eu, o centro; tudo o mais, girando em torno a mim! Isto é pura loucura e somente a oração pode nos colocar de verdade diante da nossa realidade.
Quando nos abrimos para Deus, escutando sua palavra, saboreando tudo quanto fez em nosso favor, calando diante dele o nosso coração e deixando-nos invadir pela doçura de sua presença, então, sim, vamos vendo que Deus é tudo e nós somos tão pequeninos! Vamos, então, entrando, num verdadeiro diálogo com Deus: Ele vai se tornando não Algo, mas Alguém, vivo, amante, terno e que dá novo sentido à minha vida. Rezando, vou aprendendo a deixar que o Senhor seja de verdade Deus na minha vida!
2. Conseqüência deste primeiro efeito da oração é que, rezando e colocando-me autenticamente diante de Deus. Vou começando a ver minha vida numa nova luz, numa luz verdadeira e não mais nas minhas ilusões: “Na tua luz contemplamos a luz”, diz o Salmo. Agora sim: eu mesmo e tudo quanto me acontece começa a ser compreendido diante de Deus, na perspectiva de Deus e não mais a partir da minha ilusória perspectiva. Tudo enche-se de sentido, em tudo começo a perceber um apelo de Deus e em tudo procuro dar uma resposta generosa ao Senhor. Minha vida passa a ser povoada pela presença amiga, forte e suave do Deus vivo.
3. Nesta luz para quem nem mesmo as trevas são escuras, eu me percebo na minha verdade. Sou totalmente dependente de Deus: dele vim e para ele vou, como exclamava Santa Teresa de Jesus: “Vossa sou, para vós nasci! Que quereis fazer de mim?” Experimento – e com alegria – que sou frágil, pequeno e, no entanto, amado. Podemos, então, compreender a frase tão intensa de São Francisco de Assis, dita com humildade e alegria: “Quem é tu? Quem sou eu? Tu és o meu tudo; eu sou o teu nada!” – Mas um “nada” feliz porque pleno do Tudo, aberto para ele e por ele sustentado fiel e amorosamente.
4. Esta luz que a oração permite entrar em nossa vida mostra também nossa infidelidade, nosso pecado, nossa humana debilidade. É um processo doloroso, mas que também liberta. Quando não nos damos conta de nossas imperfeições, infidelidades e pecados é porque temos uma consciência superficial de Deus e não nos olhamos diante da sua luz. São João da Cruz afirmava que, num quarto na penumbra, mesmo que estivesse muito sujo de poeira, ninguém veria. Mas, quanto mais luz entrasse naquele ambiente, mais ficava patente a sujeira. Assim conosco: quanto mais temos consciência da presença de Deus, mais aparece o nosso pecado e humana fragilidade.
5. Mas, esta experiência não nos deprime, não nos faz sentir rejeitados pelo Senhor. Pelo contrário: quando é a luz de Deus que ilumina e mostra nossas fraquezas e infidelidades, a dor pelo pecado vem misturada com a consolação da certeza do perdão e, portanto, cheia de doce esperança. A oração, portanto, faz-nos experimentar o quanto o Senhor é paciente conosco, nos perdoa e nos acolhe, apesar de tudo! Experimentamos o quanto o seu amor é gratuito e fiel!
6. A experiência de um amor assim, gratuito, doce, fiel, abundante, que resultado terá em nós? Uma profunda experiência de conversão, de modo especial em relação ao nosso modo de tratar os outros e com eles nos relacionarmos. Começamos a respeitar e acolher os demais por amor de Deus, porque fomos amados primeiro! Acaba em nós aquela desconfiança em relação às intenções dos irmãos, aquele azedume que nos faz julgar, aquele espírito maligno de competição, que nos leva a ver no outro não um irmão, mas uma ameaça. Belo fruto da oração: a doçura e o acolhimento dos demais.
7. A oração é também poderosa arma no combate espiritual, pois a vida cristã não consiste em boa vontade, mas numa constante luta contra as más tendências que pululam em nós. É precisamente a oração que nos reveste da força do Espírito do Senhor e nos faz participar daquele combate de Jesus no deserto! Sem oração, adeus crescimento efetivo na virtude e no seguimento de Cristo. Sem a oração, a própria ascese, isto é, os exercícios de penitência e piedade, podem tornar-se busca de si próprio, orgulho e amor próprio. É a oração que nos mantém, diante de Deus!
8. Finalmente, a oração dá-nos a graça de viver toda a vida na presença de Deus; faz-nos cumprir aquele preceito do Senhor: “Caminha na minha presença e sê perfeito!” A vida enche-se, então de sentido e podemos experimentar algo do céu já sobre esta terra... Aí, tornam-se verdadeiras em nós as palavras de Santa Teresa: “Nada te perturbe, nada te espante! Tudo passa, Deus não muda! A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem nada lhe falta. Só Deus basta!” Aproveitemos este tempo favorável , este dias de salvação, para rezarmos melhor e rezar na vida o Mistério que iremos celebrar da paixão , morte e ressurreição de Jesus.
Pe. Emílio Carlos Mancini, A†Ω
Fundador da Comunidade Alpha e Ômega
1. A oração abre-nos para Deus, várias vezes já escrevi sobre este tema. Nossa tendência é termos a nós próprios como centro, como eixo da existência. Assim sendo, vivemos miseravelmente em função de nós mesmos: tudo julgamos a partir de nós, buscamos nossos interesses, caímos na ilusão de pensar que nossas idéias e avaliações são a própria verdade, e que nossos critérios e desejos são o que é correto.
Assim, fechados em nós, vivemos numa ilusão tremenda: a ilusão de que somos o centro, somos auto-suficientes, somos deuses... Em conseqüência, sem nem percebermos, manipulamos os outros, manipulamos a realidade e até mesmo nossa fé em Deus: eu, o centro; tudo o mais, girando em torno a mim! Isto é pura loucura e somente a oração pode nos colocar de verdade diante da nossa realidade.
Quando nos abrimos para Deus, escutando sua palavra, saboreando tudo quanto fez em nosso favor, calando diante dele o nosso coração e deixando-nos invadir pela doçura de sua presença, então, sim, vamos vendo que Deus é tudo e nós somos tão pequeninos! Vamos, então, entrando, num verdadeiro diálogo com Deus: Ele vai se tornando não Algo, mas Alguém, vivo, amante, terno e que dá novo sentido à minha vida. Rezando, vou aprendendo a deixar que o Senhor seja de verdade Deus na minha vida!
2. Conseqüência deste primeiro efeito da oração é que, rezando e colocando-me autenticamente diante de Deus. Vou começando a ver minha vida numa nova luz, numa luz verdadeira e não mais nas minhas ilusões: “Na tua luz contemplamos a luz”, diz o Salmo. Agora sim: eu mesmo e tudo quanto me acontece começa a ser compreendido diante de Deus, na perspectiva de Deus e não mais a partir da minha ilusória perspectiva. Tudo enche-se de sentido, em tudo começo a perceber um apelo de Deus e em tudo procuro dar uma resposta generosa ao Senhor. Minha vida passa a ser povoada pela presença amiga, forte e suave do Deus vivo.
3. Nesta luz para quem nem mesmo as trevas são escuras, eu me percebo na minha verdade. Sou totalmente dependente de Deus: dele vim e para ele vou, como exclamava Santa Teresa de Jesus: “Vossa sou, para vós nasci! Que quereis fazer de mim?” Experimento – e com alegria – que sou frágil, pequeno e, no entanto, amado. Podemos, então, compreender a frase tão intensa de São Francisco de Assis, dita com humildade e alegria: “Quem é tu? Quem sou eu? Tu és o meu tudo; eu sou o teu nada!” – Mas um “nada” feliz porque pleno do Tudo, aberto para ele e por ele sustentado fiel e amorosamente.
4. Esta luz que a oração permite entrar em nossa vida mostra também nossa infidelidade, nosso pecado, nossa humana debilidade. É um processo doloroso, mas que também liberta. Quando não nos damos conta de nossas imperfeições, infidelidades e pecados é porque temos uma consciência superficial de Deus e não nos olhamos diante da sua luz. São João da Cruz afirmava que, num quarto na penumbra, mesmo que estivesse muito sujo de poeira, ninguém veria. Mas, quanto mais luz entrasse naquele ambiente, mais ficava patente a sujeira. Assim conosco: quanto mais temos consciência da presença de Deus, mais aparece o nosso pecado e humana fragilidade.
5. Mas, esta experiência não nos deprime, não nos faz sentir rejeitados pelo Senhor. Pelo contrário: quando é a luz de Deus que ilumina e mostra nossas fraquezas e infidelidades, a dor pelo pecado vem misturada com a consolação da certeza do perdão e, portanto, cheia de doce esperança. A oração, portanto, faz-nos experimentar o quanto o Senhor é paciente conosco, nos perdoa e nos acolhe, apesar de tudo! Experimentamos o quanto o seu amor é gratuito e fiel!
6. A experiência de um amor assim, gratuito, doce, fiel, abundante, que resultado terá em nós? Uma profunda experiência de conversão, de modo especial em relação ao nosso modo de tratar os outros e com eles nos relacionarmos. Começamos a respeitar e acolher os demais por amor de Deus, porque fomos amados primeiro! Acaba em nós aquela desconfiança em relação às intenções dos irmãos, aquele azedume que nos faz julgar, aquele espírito maligno de competição, que nos leva a ver no outro não um irmão, mas uma ameaça. Belo fruto da oração: a doçura e o acolhimento dos demais.
7. A oração é também poderosa arma no combate espiritual, pois a vida cristã não consiste em boa vontade, mas numa constante luta contra as más tendências que pululam em nós. É precisamente a oração que nos reveste da força do Espírito do Senhor e nos faz participar daquele combate de Jesus no deserto! Sem oração, adeus crescimento efetivo na virtude e no seguimento de Cristo. Sem a oração, a própria ascese, isto é, os exercícios de penitência e piedade, podem tornar-se busca de si próprio, orgulho e amor próprio. É a oração que nos mantém, diante de Deus!
8. Finalmente, a oração dá-nos a graça de viver toda a vida na presença de Deus; faz-nos cumprir aquele preceito do Senhor: “Caminha na minha presença e sê perfeito!” A vida enche-se, então de sentido e podemos experimentar algo do céu já sobre esta terra... Aí, tornam-se verdadeiras em nós as palavras de Santa Teresa: “Nada te perturbe, nada te espante! Tudo passa, Deus não muda! A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem nada lhe falta. Só Deus basta!” Aproveitemos este tempo favorável , este dias de salvação, para rezarmos melhor e rezar na vida o Mistério que iremos celebrar da paixão , morte e ressurreição de Jesus.
Pe. Emílio Carlos Mancini, A†Ω
Fundador da Comunidade Alpha e Ômega
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