-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: abril 2014

sábado, 26 de abril de 2014

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS


SEGUNDO DOMINGO DA PÁSCOA

Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

            O Segundo Domingo do Tempo Pascal nos introduz no Tempo em que  celebramos a ressurreição do Senhor, como único e grande dia, que se estende desde o Domingo da Páscoa ao domingo de Pentecostes. “Os cinquenta dias entre o domingo da Ressurreição e o domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa, ou melhor, como um grande domingo” (Normas Universais ao Ano Litúrgico e Calendário Romano Geral, n. 22).
            Celebramos o domingo da Divina Misericórdia, instituído por João Paulo II,  canonizado neste domingo, ao lado do Papa João XXIII, O Papa Bom. Damos graças ao Senhor por tão amados intercessores junto de Deus, bem como por seu eterno amor por nós, disposto a nos perdoar, sempre que nosso coração arrependido volta-se para ele.  Escolhi como lema de minha Ordenação Presbiteral, a quinta Bem-aventurança do Sermão da Montanha de Jesus: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7), justamente porque não obstante meus incontáveis limites, o Senhor me quis Sacerdote, tamanha Sua Misericórdia por mim! Como Tomé, exclamamos maravilhados: “Meu Senhor e meu Deus”.  Desde criança aprendi que a profissão da fé de Tomé seria a ideal, cada vez que fizesse a genuflexão diante do Cristo Sacramentado, seja na Hóstia Consagrada exposta, seja escondida no Sacrário. Por isso, quando coloco o joelho direito no chão, em sinal de adoração ao Senhor presente no mistério de nossa Fé, a Eucaristia, digo com a poesia de meu coração: “Meu Senhor e meu Deus”. Também quando ergo Jesus transubstanciado de um pedacinho de pão em Seu Corpo e de um pouquinho de vinho no Seu precioso Sangue, meu coração remete aos meus lábios a mesma expressão: “Meu Senhor e meu Deus!”.
O primeiro encontro de Jesus ressuscitado com seus discípulos é marcado pela saudação feita por Ele: ‘A paz esteja convosco’. Por duas vezes o Ressuscitado deseja a paz a seus amigos. Em seguida, os envia em missão, soprando sobre eles o Espírito. Buscar e construir a paz é missão dos seguidores do Ressuscitado, pois o Reino de Deus, anunciado e realizado por Jesus e continuado pelas comunidades animadas pelo Espírito, manifesta-se na paz. Reino de Justiça, Paz e Alegria como frutos do Espírito Santo. O Apóstolo, amigo de Jesus, ressalta que a paz, para ser autêntica, deve ser trazida pelo Cristo. Uma paz diferente da paz construída pelos tratados políticos. Paz (é shalom) significa integridade da pessoa diante de Deus e dos irmãos. Significa também uma vida plena, feliz e abundante. Paz é sinal da presença de Deus, porque o nosso Deus é um ‘Deus da Paz’ (Rm 15,33). Paz significa muito mais do que ausência de guerra. Significa construir uma convivência humana harmoniosa, em que as pessoas possam ser elas mesmas, tendo o necessário para viver, convivendo felizes.
            A comunidade, que abre suas portas, acolhe o Senhor e o segue é enviada pelo Espírito do Ressuscitado a testemunhar o amor do Pai, isto é, a prolongar, no curso dos tempos, a oferta da vida que, em Jesus, Deus fez à humanidade. O reino da vida que Cristo veio trazer é incompatível com as situações desumanas em que vivem mergulhados milhões de seres humanos. ‘Como discípulos e missionários, somos chamados a intensificar nossa resposta de fé e a anunciar que Cristo redimiu todos os pecados e males da humanidade’ (Documento de Aparecida, n. 134).
            O cristão isolado (ausente da comunidade) é vítima do egoísmo e exige provas para crer. É na vida da comunidade que encontramos as provas de Jesus que está vivo. Ser cristão, hoje, requer e significa pertencer a uma comunidade concreta, na qual se pode viver uma experiência permanente de discipulado e de comunhão. Por esta razão, a marca registrada deste Segundo Domingo da Páscoa é a , vivida em comunidade. É em comunidade que se realiza o encontro com o Ressuscitado e a experiência de uma vida nova.
            No tempo da Páscoa, a comunidade cristã tem a oportunidade de aprofundar o evento da salvação, cuja memória desponta de modo pungente na liturgia desse tempo.
            Convém chamar a atenção para o fato de que a vida nova não está isenta de dificuldades. O cristão não é tirado do mundo pelos sacramentos que celebra, mas situado nele de uma maneira especial: como comunidade que aponta e evoca uma realidade nova, mostrando aos demais que a salvação alcançada em Cristo se realiza e se prolonga naqueles que aderem a Ele (). Pela comunhão com os irmãos, pela promoção da justiça e da libertação, pelo cultivo de utopias e esperanças de vida e de inclusão, a comunidade dos fiéis torna-se sinal da Páscoa, sinal da vida nova que Deus quer e preparou para todos. É possível enumerar vários acontecimentos que confirmam a convivência entre a realidade e a realização da Páscoa e os fatos e situações que indicam a direção contrária: violência, medo, fome, miséria, desastres, corrupção e maldade de todo tipo. Contudo, o fiel é chamado a ver além e através dessas realidades: a vitória de Cristo sobre a morte é também vitória sobre o pecado do mundo e seus efeitos. Os males que atravessam a nossa existência se tornam para os que veem, pela fé, sinais da realidade maior e melhor.
            Em tempos de ofertas religiosas de mercado, os espetáculos e as manifestações milagreiras tendem a desenraizar a experiência de Deus. Valem as “curas”, os choros, os arrepios, as emoções movidas por supostas adivinhações ou “revelações” misteriosas. Ninguém olha para as próprias feridas e para as feridas alheias para reconhecer a vida secreta que nelas habita. Os obstáculos e desafios não servem mais para fortalecer e serem abraçados como cruz do discipulado. São evitados. Se aceita a indiferença, sem qualquer perspectiva de solidariedade, de profetismo, de luta em vista de uma transformação. A Páscoa nos convida para algo mais: para a luz que brilha na noite, para a palavra que recria, para vida que emerge das águas, para o pão que cria vida ao ser partido. A fé está enraizada na vida; na existência faz seu húmus. A ressurreição eleva aquilo que a encarnação assumiu.
            Acolhamos o dom da paz e do Espírito que nos constitui em artífices de relações novas, reconciliadas e fundadas na justiça e na misericórdia.
            Desejando a todos muitas bênçãos, com ternura e gratidão, o abraço amigo,
Pe. Gilberto Kasper
(Ler At 2,42-47; Sl 117(118); 1Pd 1,3-9 e Jo 20,19-31).



sábado, 12 de abril de 2014

DOMINGO DE RAMOS


COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
COLETA NACIONAL DA SOLIDARIEDADE


Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!

"Jesus Cristo se tornou obediente,
obediente até a morte numa cruz.
Pelo que o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe
um nome muito acima de outro nome" (Fl 2,8s).

O Domingo de Ramos introduz a Semana da Paixão do Senhor. A Liturgia nos oferece dois evangelhos de Mateus: um para a bênção dos ramos (Mt 21,1-11) e outro para a Liturgia da Palavra - narrativa da Paixão (Mt 26,14-27,66).

Há poucos dias, o povo tinha visto Jesus ressuscitar Lázaro em Betânia. Estava maravilhado! Ele tinha certeza de que este era o Messias anunciado pelos profetas. Contudo, pensava que fosse um Messias político, libertador social, forte e poderoso, que arrancaria Israel das garras dos opressores e lhe devolveria os bons tempos de Salomão. Jesus, porém, apresenta-se completamente diferente do imaginário popular. Ao contrário dos poderosos que andavam em carros de guerra, em imponentes cavalos, ele entra em Jerusalém montado num jumentinho. Jesus é um rei manso, humilde e pacífico e, ao mesmo tempo, forte e firme. É interessante observar que foi um jumentinho que conduziu Jesus, ainda no útero de Maria, porta-jóias do Salvador, a Belém onde nasceu; ao Egito, para fugir da inveja incontrolável de Herodes que não admitiu alguém melhor e maior do que ele; de volta a Nazaré, onde passou sua infância na simplicidade de uma Família simples, comum e obediente à Palavra de Deus, e agora à Entrada triunfal em Jerusalém, ao encontro de sua paixão e morte de cruz!

Ele faz justiça, devolvendo vida aos excluídos, humildes e necessitados. As multidões o reconhecem, estendem mantos à sua passagem e, com ramos nas mãos, aclamam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito, aquele que vem em nome do Senhor. Hosana no mais alto do céu!” Em contrapartida, os poderosos preocupam-se e agitam-se.

O Filho de Deus entra em Jerusalém como rei messiânico, humilde e pacífico. É o servo paciente que se encaminha para enfrentar voluntariamente, sem violência, a humilhação e o aparente fracasso, impostos pela maldade humana. Jesus chega à cidade, em direção à qual peregrinou por longos dias, para ser vitorioso: “vencerá pela força da não violência do amor”.  O caminho do Messias e de todos os seguidores é paradoxal: pelo fracasso ao triunfo, pela derrota à vitória, pela humilhação à glória, pela morte na cruz à ressurreição.

A liturgia do Domingo de Ramos revela a grande contradição entre a relação do povo e o Filho de Deus e sua missão redentora. Primeiro a multidão aclama: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito aquele que vem em nome do Senhor. Hosana no mais alto do céu!” Dias depois, grita por sua condenação: “Crucifica-o! Crucifica-o!” A cruz e a morte despontam no horizonte da recusa do projeto messiânico: “O caminho do amor que se entrega a Deus e aos humanos, em favor da justiça e da paz, de forma mansa e humilde”.

O Domingo de Ramos é marcado, de uma parte, pelo mistério, pelo despojamento e pela entrega total e, de outra, pelo senhorio e pela glória do Filho de Deus.

O relato da Paixão é um convite a entrarmos a Páscoa. Esta se constitui num chamado à vida nova, à vida no Espírito, que implica amor incondicional a Deus e ao próximo e cuidado fraterno da criação. Esta vida nova nos é dada e leva à plenitude a obra da criação. Na celebração pascal, recebemos o Espírito do Ressuscitado para vivermos a vida nova.

Para emoldurar a leitura da Paixão do Senhor, a liturgia deste domingo, proclama o terceiro canto do Servo Sofredor. O apóstolo Paulo, na perspectiva da Paixão do Senhor, exorta os filipenses a contemplarem o Filho de Deus que, inteiramente despojado, se fez servo e obediente à vontade do Pai, até a morte de cruz. Em sua total entrega, revelou o mistério de sua grandeza. Por isso, o Pai o ressuscitou e o glorificou.

O grande convite para todos nós cristãos é o despojamento total, o que naturalmente não é tão simples. Não é fácil optar pela humilhação quando se ocupam cargos e funções de confiança, na vida social, política, eclesial e comunitária. Fazemos de tudo para alcançar prestígio, e deste dificilmente abrimos mão, mesmo que isso prejudique a outros. Ainda é muito notória entre os cristãos, o carreirismo, a busca do poder e do prestígio a todo custo. Revestimo-nos mais do caráter invejoso de Herodes e dos que pediram a crucifixão do Salvador, do que da personalidade do próprio Cristo, não obstante nos pensemos cristãos, daqueles que se dizem "certinhos" enquanto conseguem esconder seus limites e pecados atrás dos que chegaram a público. Como é frequente, principalmente entre "autoridades ou pessoas públicas, e aqui não escapamos também nós eclesiásticos" esconder nossos pecados atrás daqueles que foram descobertos. Certa vez numa visita à Penitenciária, ouvindo as lamúrias e desabafos de alguns detentos, disse a eles: "Agradeçam a Deus a sorte que tiveram de serem presos. Assim terão oportunidade de mudarem de vida. Sinto dó daqueles que fazem coisas piores, mas sentem-se melhores, pelo simples fato de não terem sido descobertos em seus erros..." O outro problema é a discriminação que se institucionaliza em relação aos que um dia, sabe-se por que, erraram. Mesmo mudando de vida, dificilmente têm novas oportunidades. Os certinhos não deixam. Sentem-se superiores e falta-lhes a capacidade da cruz, ou seja, do perdão, da misericórdia e do amor de verdade!

Não nos esqueçamos de levar às Comunidades os justos resultados de nossos exercícios quaresmais de penitência, partilhando um pouco de nós com quem tem menos. É o Dia Nacional de Coleta da Solidariedade: FRATERNIDADE E TRÁFICO HUMANO! Não nos roguemos o direito de “traficar” nossa Coleta. Sejamos honestos com Deus, conosco e com quem dependerá de nossa partilha generosa! Em 2012 a Diocese de São José dos Campos, da qual veio nosso Arcebispo Metropolitano, Dom Moacir Silva, repassou 40% da Coleta ao Fundo Nacional da Solidariedade da CNBB o valor de R$ 92.118,78, enquanto nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto, seguramente maior e muito mais rica, enviou apenas R$ 34.733,31. Uma diferença bastante estranha de R$ 57.385,47. Cada um tire suas conclusões (cf. Manual da CF/2014 p. 121).

Que a Semana Santa nos faça melhores do que somos e que a cruz nos santifique!

Desejando a todos muitas bênçãos, com ternura e gratidão, nosso abraço fiel e amigo,

Pe. Gilberto Kasper
(Ler Mt 21,1-11; Is 50,4-7; Sl 21(22); Fl 2,6-11 e Mt 27,11-54). 


sábado, 5 de abril de 2014

QUINTO DOMINGO DA QUARESMA

COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS


Meus queridos Amigos e Irmãos na Fé!



Chegamos ao Quinto Domingo da Quaresma. Depois de quarenta dias de grande jejum, continuada penitência e profundo retiro de oração, vamos contemplar hoje a Ressurreição e a Vida. Este Quinto Domingo da Quaresma, pelos antigos era chamado de "Domingo da Paixão" - ressaltado pelos acontecimentos da ressurreição de Lázaro. Ressurreição que causou ódio das autoridades civis daquele tempo contra Jesus, que dava um sinal de como deveria ser sua própria ressurreição. O acontecimento de hoje conduz à Páscoa da morte e ressurreição de Jesus Cristo.

A experiência batismal estabelece e manifesta a sintonia existente entre os três últimos domingos da Quaresma. No Terceiro Domingo da Quaresma, no acontecimento da Samaritana, falou-se em água viva, em água que jorra para a vida eterna, e Jesus apresentou-se como quem é capaz de dar de beber esta água salvadora. No Quarto Domingo da Quaresma, Jesus revelou-se como a luz do mundo. A água e a luz fazem crescer, vivificam os seres vivos. Sem água e sem luz, conhecemos a morte. A partir da água e da luz, Jesus reafirma sua divindade e seu poder de dar a vida, e a vida plena, que não se acaba.

O motivo da celebração eucarística é a ressurreição e a vida de todos os que se deixam conduzir pela palavra de Deus. Dela nos vem a força e a esperança para continuar na caminhada rumo à Páscoa, superando toda tristeza e morte. O profeta Ezequiel anuncia ao povo que Deus deseja comunicar a vida a quem está sob o jugo da morte. Jesus, ao ressuscitar Lázaro, concretiza o sonho do profeta e se apresenta como “a ressurreição e a vida”. Deus não quer que seu povo viva em condições de mortos-vivos e abandonado à própria sorte. Jesus ama seu povo e, por isso, ordena que desatemos as amarras que mantêm as pessoas presas. Viver segundo o Espírito de Deus é fazer nossas opções de Jesus.

O Profeta Ezequiel prega para um povo 'morto', caído por terra e sem esperança de vida. Um povo vencido e desanimado no exílio, que é visto como um monte de ossos secos. A 'palavra profética' é palavra recriadora. Por isso, o que parece impossível aos homens, pode se transformar numa ocasião para Deus revelar a sua força recriadora. Lentamente os ossos são revivificados pelo Espírito de Deus. O povo renova-se à medida que vai tomando consciência da sua dignidade.

O Apóstolo Paulo fala do espírito que vivifica, mesmo se o corpo estiver morto. O espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos fará viver até os nossos corpos mortais. Esta vida nova, vida habitada pelo Espírito, requer superação de tudo o que não agrada a Deus. A partir da Ressurreição de Cristo quem determina o ser e agir do ser humano, não é mais o pecado e o egoísmo, mas o Espírito; não é mais a morte, mas a vida.

Jesus está a caminho de Jerusalém. É sua última viagem. Em Betânia, apenas a uns 3 km de Jerusalém, faz o grande milagre da ressurreição de Lázaro. Betânia era parada obrigatória dos peregrinos de Jerusalém. Ali eles tomavam banho, preparavam-se para entrar na cidade santa. Não poderia ser diferente com Jesus e com os apóstolos. A parada de Jesus foi na casa de Maria, de Marta e de Lázaro, seus íntimos amigos.

A figura de Lázaro, encerrado no sepulcro e amarrado em faixas, personifica o discípulo que, ao convite do Senhor, necessita sair de seu mundo (aqui o sepulcro é imagem forte disso), para ganhar a vida. A vida do batizado implica rupturas e mudanças radicais com determinadas práticas de vida, ao mesmo tempo em que ele se insere numa comunidade de vida. Na Quaresma, somos chamados à conversão, a deixar projetos que nos prendem ao egoísmo e a apostar na tarefa de criar um mundo solidário, com mais vida. Temos de anunciar, mais com ações do que com palavras, que acreditamos que só é parceiro de Deus quem defende a vida e que tudo será possível com amor autêntico e coerente.

Somos convidados a preparar-nos bem, a fim de que esta seja a mais rica Páscoa já celebrada em nossa vida pessoal, comunitária e social. Não deixemos para celebrar o rico Sacramento da Confissão na última hora, na Semana Santa! Aproveitemos os Mutirões de Confissões nas Foranias de nossa Arquidiocese, que reúnem dezenas de Sacerdotes cada noite, em praticamente todas as Paróquias para atender-nos e devolver-nos a paz que o pecado nos tira. Os Padres também precisam de tempo oportuno e necessário para bem prepararem-se para as solenes celebrações de toda a Semana Santa! Procurar a confissão de última hora, geralmente frustra tanto o Sacerdote como quem o busca. A confissão deve ser celebrada e não improvisada. É compensador ver e sentir as pessoas celebrarem sua Reconciliação com Deus, consigo mesmas e com os outros! O alívio do perdão e da reconciliação revestirá a Celebração da nossa principal festa anual: a Páscoa da Ressurreição do Senhor e nossa de sentido mais profundo, oferecendo-nos, diante de nossa Cultura de Sobrevivência, novas esperanças, perspectivas, ânimo e sentido de vida verdadeira.

Desejando a todos muitas bênçãos, com ternura e gratidão, nosso abraço amigo,

Pe. Gilberto Kasper

(Ler Ez 37,12-14; Sl 129(130); Rm 8,8-11 e Jo 11,1-45).