-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: A Mãe de todas as mães (I)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A Mãe de todas as mães (I)

A Mãe de todas as mães (I)

No verão de 1918, nossos ulanos (lanceiros de alguns antigos exércitos europeus) ocuparam a Ucrânia avançando até a Criméia. Eles lutaram contra os comunistas liberando a região das mãos dos guerrilheiros vermelhos. Eis que, de repente, em uma cidade que havia sido quase que inteiramente incendiada, fomos pegos numa cilada. Após violento combate, prenderam-nos a todos. Éramos doze homens. Arrastaram-nos para a cidade mais próxima, onde fomos interrogados. O chefe era um tcheco de Praga, um desertor que falava perfeitamente alemão. Este homem cismou, particularmente, com a minha pessoa. Apropriando-se da minha carteira de dinheiro, dela retirou uma medalha, antiga peça em prata, com a imagem da Mãe de Deus, Protetora de Francônia. Eu recebera esta lembrança de minha mãe, quando deixara a cidade, para que me protegesse de todo o mal, pois a medalha já resguardara meu pai, meu avô e meu tataravô de tantos perigos. Naquele momento o miserável tinha, contra a luz, a Virgem Mãe em suas mãos; examinando-a, parecia estar a sorrir. Seria troça, indulgência ou emoção? Impossível saber. Em seguida leu, em voz alta, o exergo, que é a divisa da nossa família: "Meiner Liebe Glut leuchtet nicht minder als die Sterne": "A chama do meu amor não brilha menos do que as estrelas." Eis, pois, a medalha entre as mãos de um bolchevique. Por que motivo eu não a tinha usado no peito como meus pais? Minha mãe a colocara em meu pescoço, abraçando-me, no dia em que parti. Eu tinha vergonha daquela piedosa "superstição". Colocara, então, a medalha na carteira... Vendo o meu tesouro em mãos estrangeiras, meu coração se revoltou; avancei contra o tcheco, arrancando a medalha de suas mãos. Este começou a rir, maldosamente: "Ei! capitão, o senhor parece que põe a sua confiança num feitiço. E ainda por cima é falso, pois não lhe trouxe sorte alguma... Se por esta coisa eu lhe concedesse algum favor, o senhor a venderia?..." Não respondi a uma pergunta tão insolente. O tcheco se aproximou, gritando cheio de raiva: "Destrua!" Eles nos encarceraram numa sala de aula, onde nós pudemos nos deitar. Atormentado, cheio de medo, não consegui dormir naquele leito de palha.


Testemunho de um velho oficial da Grande Guerra, segundo R. Demi ! Ein Mutterherz fur allé, pp. 118-121 Referido no Recueil Marial (Florilégio Mariano) 1986 do Frei Albert Plfeger, marista




Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.Amém.

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