"Deixai vir a mim os pequequinos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham"
terça-feira, 29 de maio de 2012
Eterna aliança em Maria
Ó Maria! Maria, templo da Santíssima Trindade, Maria, lar do fogo divino, Maria, Mãe da Misericórdia, vós portastes o fruto da vida; vós salvastes o gênero humano, pois da vossa carne, Cristo se fez carne e nos resgatou. Sim, o Cristo nos resgatou por meio de Sua Paixão, e vós, pelo sofrimento de vossa alma e de vosso corpo. Ó Maria, oceano tranqüilo, Maria, fonte da paz. Maria, vaso de humildade, onde brilhava a luz da verdadeira sabedoria que vos ergueu acima de vós mesma. Vós encantastes o Pai celeste, e Ele vos extasiou, vos maravilhou; Ele vos cativou, envolvendo-vos com os laços de um amor inefável e, por esta luz, pelo ardor da vossa caridade, por esta chama de humildade, vós o forçastes a descer em vosso seio. Aliás, a bondade infinita de Deus para com os homens, harmonizava-se convosco e era cúmplice vossa. (...)
Ó Maria, o Deus Todo-Poderoso batia à vossa porta, e se vós não lhe tivésseis oferecido a vossa vontade, Ele não teria se revestido da natureza humana. Ó minha alma, cobre-te de vergonha e de embaraço, ao tomar ciência do pacto que Deus fez contigo e da aliança em Maria. Deves compreender, agora, que Aquele que te criou, sem a tua própria participação, não pode salvar-te sem ti, sem a tua vontade, visto que Ele se dirige à vontade de Maria e que dela, aguarda o consentimento... Ó Maria, sede bendita entre todas as mulheres, pelos séculos e séculos, pois vós nos destes hoje a vossa substância. A Divindade se uniu e se incorporou à nossa humanidade por meio de vós, de tal forma, que nada pode separá-la desta realidade, nem mesmo a morte ou nossa Ingratidão. Como a Divindade manteve-se unida ao corpo no sepulcro, e à alma de Jesus Cristo no limbo, e depois, à sua alma e ao seu corpo após a Ressurreição, nossa aliança com ela jamais foi rompida e jamais será, por toda a eternidade.
Santa Catarina de Sena (1347-1380),
primeira mulher proclamada Doutora da Igreja pelo Papa Paulo VI, em 1970,
Trechos de uma oração feita em Roma, no dia da Anunciação da Virgem Santíssima.
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