"Deixai vir a mim os pequequinos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham"
terça-feira, 15 de maio de 2012
O SENTIDO DA MATERNIDADE CRISTÃ
Pe. Gilberto Kasper
pe.kasper@gmail.com
Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
O mês de maio começa celebrando a Festa de São José, Operário, embora seja bem mais dedicado à MULHER! Comemora as Noivas, as Mães e é considerado pelos cristãos católicos, um mês dedicado à MARIA, Mãe de Jesus.
Gostaria de refletir muitos temas, mas pensei em escrever algo sobre o sentido da maternidade cristã, a partir das milhares de mães que assumem seus filhos sozinhas. São as que nossa sociedade chama de “mães solteiras”! É interessante observar que nunca ouvi ninguém chamar uma mãe, casada, direitinho, ou cujo pai assume com ela o filho, de “mãe casada”!
Continuamos com o péssimo hábito de discriminar as pessoas, vivendo, muitas vezes, às escondidas, disfarçando gravidez antecipada, aliás, nas últimas décadas, a maioria das crianças nascem aos sete meses, ou me engano? Casamentos ou contratos de estabilidade conjugal forçados, que não passam de hipocrisia, para não admitir, ou então não sentir-se motivo de conversinhas de vizinhos maldosos seriam válidos? Certamente a gravidez simplesmente, sem a certeza do amor gratuito, com sabor divino, profundo e verdadeiro, não é razão suficiente para “mentir” fidelidade diante de testemunhas, de ministros assistentes a matrimônios com aparatos megalomaníacos, como fotografias, filmagens, festas em renomados espaços de elegância exacerbada. São simplesmente nulos. Não acontece então o verdadeiro casamento, eis uma farsa.
Penso que estaria na hora de revermos o verdadeiro sentido da maternidade cristã. O que significa ser mãe, com ou sem parceiro? Ser mãe implica uma vocação específica, sublime, nobre e abençoada por Deus, o Criador. Ser mãe é gerar vida com amor. Para ser mãe de verdade, é preciso “fazer amor” e não simplesmente relação sexual por mero prazer hedonista. É, por isso possível, dissociar vocação ao matrimônio da vocação materna? Penso que não. Quem se casa sem querer constituir Família, utiliza-se de uma Instituição Sagrada: A Família, colocada de bruços nas últimas décadas, continua sendo a célula da sociedade. Precisa urgentemente ser reerguida e reassumida por pessoas que ainda acreditam em valores humanos e promovem a pessoa na sociedade, que ao contrário, coisifica-a.
Quero, neste mês de maio, prestar minha homenagem muito terna, às mães que chamam de “solteiras”: mulheres corajosas, especiais, que desempenham também o papel de pais, para educar e amar divinamente os filhos que geraram, tantas vezes com dificuldades impostas pela própria família, pelos parentes e por uma sociedade que precisa ser mais amorosa, fraterna e misericordiosa com elas. Quem julga, fala mal, condena e determina a sentença sobre qualquer pessoa e seu comportamento, ousa prepotentemente ser deus sobre o outro. Minha ternura a todas as Mães do mundo, sobre as quais invoco as bênçãos da Sagrada Família de Jesus, Maria e José!
Em nossa Igreja Santo Antoninho, Pão dos Pobres, na Avenida Saudade, 222-1, nos Campos Elíseos, em Ribeirão Preto, prestaremos nossa singela homenagem a todas as Mães que celebrarem conosco, uma das Missas as 8 e 10 horas! E a Igreja-Mãe as abraça, enquanto ofereceremos suas vidas no precioso cálice do Senhor!
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