"Deixai vir a mim os pequequinos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham"
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
A FAMÍLIA: ESPERANÇA DE NOVA HUMANIDADE
NATAL PE. GILBERTO
Pe. Gilberto Kasper
pe.kasper@gmail.com
Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
“A Solenidade do Natal do Senhor se prolonga e se desdobra em várias comemorações que ajudam a aprofundar o mistério da encarnação. Todas essas, em íntima conexão com o nascimento do Filho de Deus, revelam aspectos importantes de um único acontecimento: Deus se fez um de nós. É dentro deste horizonte que se situa a Festa da Sagrada Família, que a Igreja celebra nesta sexta-feira, dia 30 de dezembro.
Deus vem ao encontro da vida humana por inteiro, não se isentando de participar de nada, somente do pecado, para, em contrapartida conceder a todos a participação na vida divina. Os antigos chamavam isso de sacrum comercium, isto é, sagrado comércio, ou divina troca: Deus entra em comunhão com a vida humana para possibilitar aos seres humanos entrar em comunhão com a vida divina.
Maria e José, os pais de Jesus, levam ao templo, lugar do encontro religioso com Deus, duas pombinhas. É a oferenda dos pobres, a expressão religiosa de sua condição e pequenez. É no meio dessa situação onde se situa o Filho de Deus. Na comunicação de dons a humanidade oferece aquilo que tem: fragilidade, pobreza, pequenez... Já Deus escolheu se encontrar com a humanidade no seio da família, é esse o lugar do encontro, profundamente humano e existencial, com a obra preferida de suas mãos. A nós ele oferece o seu Filho. A humanidade, figurada por Maria e José, Simeão e Ana, acolhe Jesus, que na economia da Nova Aliança vai salvar a humanidade do pecado e da morte.
Outrora Deus, para provar a fé do seu servo, pede o sacrifício do seu único Filho. Na nova economia, Deus aceita a oferenda livre de Jesus, que gera a fé e confirma A Família: Esperança de Nova Humanidade” (cf. Roteiros Homiléticos da CNBB, pp. 46-48).
Lamentavelmente o Papai Noel tenta ocupar o lugar do verdadeiro homenageado, Jesus Cristo! O grande convite deste Natal foi uma nova contemplação do Presépio em nossas residências, templos e praças. Imaginemos um Presépio sem os protagonistas do mesmo: Jesus, Maria e José: sobrariam apenas animais e o feno que serviu de berço ao Recém-Nascido, o Salvador do Mundo! Não caiamos na tentação consumista de subtrair do “presépio de nossa sociedade” a Família. Sem ela, seremos ainda mais ocos, vazios, estéreis da presença de um Deus amoroso, feito pessoa na meiguice e ternura de um bebê, igual a nós em tudo, menos no pecado!
Em nossa Igreja Santo Antoninho, na Av. Saudade, 222-1 nos Campos Elíseos de Ribeirão Preto, celebraremos a Festa da Sagrada Família no sábado, dia 31 de dezembro às 19 horas. Já no domingo, 1º de Janeiro, celebraremos a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, no Dia Mundial da Paz, às 8 e 10 horas. Que o Senhor abençoe todas as nossas Famílias, resgatando principalmente aquelas que se encontram de bruços e engolidas pela Cultura da Sobrevivência!
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