O SENTIDO DA MATERNIDADE CRISTÃ
Pe. Gilberto Kasper
Mestre em Teologia
Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário,
Docente na Associação Faculdade de Ribeirão Preto do Grupo da UNIESP,
Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja
Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Presidente do
Fraterno Auxílio Cristão e Jornalista.
O mês de maio começa celebrando a
Festa de São José, Operário, embora seja bem mais dedicado à MULHER! Comemora
as Noivas, as Mães e é considerado pelos cristãos católicos, um mês dedicado à
MARIA, Mãe de Jesus.
Gostaria de refletir muitos temas, mas
pensei em escrever algo sobre o sentido da maternidade cristã, a partir das
milhares de mães que assumem seus filhos sozinhas. São as que nossa sociedade
chama de “mães solteiras”! É
interessante observar que nunca ouvi ninguém chamar uma mãe, casada,
direitinho, ou cujo pai assume com ela o filho, de “mãe casada”!
Continuamos com o péssimo hábito de
discriminar as pessoas, vivendo, muitas vezes, às escondidas, disfarçando
gravidez antecipada, aliás, nas últimas décadas, a maioria das crianças nascem
aos sete meses, ou me engano? Casamentos ou contratos de estabilidade conjugal
forçados, que não passam de hipocrisia, para não admitir, ou então não
sentir-se motivo de conversinhas de vizinhos maldosos seriam válidos? Certamente
a gravidez simplesmente, sem a certeza do amor gratuito, com sabor divino,
profundo e verdadeiro, não é razão suficiente para “mentir” fidelidade diante de testemunhas, de ministros assistentes
a matrimônios com aparatos megalomaníacos, como fotografias, filmagens, festas
em renomados espaços de elegância exacerbada. São simplesmente nulos. Não
acontece então o verdadeiro casamento, eis uma farsa.
Penso que estaria na hora de revermos
o verdadeiro sentido da maternidade cristã. O que significa ser mãe, com ou sem
parceiro? Ser mãe implica uma vocação específica, sublime, nobre e abençoada
por Deus, o Criador. Ser mãe é gerar vida com amor. Para ser mãe de verdade, é
preciso “fazer amor” e não
simplesmente relação sexual por mero prazer hedonista. É, por isso possível,
dissociar vocação ao matrimônio da vocação materna? Penso que não. Quem se casa
sem querer constituir Família, utiliza-se de uma Instituição Sagrada: A
Família, colocada de bruços nas últimas décadas, continua sendo a célula da
sociedade. Precisa urgentemente ser reerguida e reassumida por pessoas que
ainda acreditam em valores humanos e promovem a pessoa na sociedade, que ao
contrário, coisifica-a.
Quero, neste mês de maio, prestar
minha homenagem muito terna, às mães que chamam de “solteiras”: mulheres corajosas, especiais, que desempenham também
o papel de pais, para educar e amar divinamente os filhos que geraram, tantas
vezes com dificuldades impostas pela própria família, pelos parentes e por uma
sociedade que precisa ser mais amorosa, fraterna e misericordiosa com elas.
Quem julga, fala mal, condena e determina a sentença sobre qualquer pessoa e
seu comportamento, ousa prepotentemente ser deus sobre o outro. Minha ternura a
todas as Mães do mundo, sobre as quais invoco as bênçãos da Sagrada Família de
Jesus, Maria e José!
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