-- Meu Imaculado -- Coração Triunfará: COMO UM AFRESCO DESTRUÍDO DESPERTOU UMA GRANDE DEVOÇÃO MARIANA

quarta-feira, 26 de julho de 2017

COMO UM AFRESCO DESTRUÍDO DESPERTOU UMA GRANDE DEVOÇÃO MARIANA


MATER DIVINAE PROVIDENTIAE

Scipione Pulzone (1550-1598), nascido na cidade italiana de Gaeta, região do Lazio,  foi um pintor Renascentista e está intrinsecamente relacionado a uma preciosa devoção mariana propagada pelos Clérigos Regulares de São Paulo, conhecidos popularmente como “Barnabitas”. E foram justamente esses filhos de Santo Antonio Maria Zaccaria que por acidente - quiçá providencial - encontraram na tela de Pulzone aquela que distinguiria a piedade mariana entre sua família religiosa: Nossa Senhora Mãe da Divina Providência.


Vamos aos fatos:

Em 1659, durante o pontificado de Alexandre VII, os Barnabitas estavam construindo uma nova igreja em Roma, “Ss. Biagio e Carlo ai Catinari”, pois o templo que outrora estivera sob sua direção, “San Paolo alla Collona”, estava sendo demolido.


No edifício em processo de extinção sob os golpes dos operários, havia um venerado afresco da Santíssima Virgem Maria que deveria ser cuidadosamente retirado para figurar na nova igreja, conforme solicitação dos religiosos.


No entanto, durante o translado da peça, por infeliz acidente, a mesma foi seriamente danificada e o arquiteto responsável, desejando compensar o prejuízo inestimável, ofereceu ao superior da comunidade uma pintura de autoria de Scipione Pulzone, retirada de sua coleção pessoal. Essa representação pictórica trazia a Santíssima Virgem tendo em seus braços uma criança personificando a humanidade pecadora.

A pintura caiu no agrado dos Barnabitas e foi colocada no oratório do convento. Em 1732, uma cópia da mesma pintura foi feita a pedido do então pároco daquela igreja, padre Pietro Maffetti. Essa reprodução foi entronizada num pequeno corredor que ligava o templo à residência dos religiosos. Sob a imagem, padre Maffetti mandou escrever: “Mater Divinae Providentiae”, Mãe da Divina Providência. Rapidamente tornou-se alvo da veneração do povo romano que àquela igreja acorria para contemplar e rezar junto a Mãe Celeste cujo olhar sereno se mostrava cheio de luminosa e imensa ternura.


Como a devoção cresceu e se espalhou por conta da difusão dos fiéis e dos próprios religiosos Barnabitas, no dia 25 de setembro de 1744, o Papa Bento XIV aprovou a Confraria da Mãe da Divina Providência, mais tarde sendo a mesma elevada à arquiconfraria, em 16 de julho de 1839, pelo Papa Gregório XVI.

Hoje, a devoção à Mãe da Divina Providência está espalhada pelo mundo, especialmente, em países onde atuam os Clérigos Regulares de São Paulo e seu ramo feminino, as Irmãs Angélicas. No Brasil a devoção chegou com esses religiosos em 1903, quando assumiram o Seminário Diocesano de Belém, Pará e, mais tarde, os cuidados com a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré.

Mater Divinae Providentiae, ora pro nobis!

Artigo escrito por Rodrigo Ruiz, professor de História formado pelo Centro Universitário Claretiano.

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