Segundo o ACI Digital (13/04/2017), embora o Santo
Sudário de Turim (Itália) seja o objeto mais importante relacionado a Jesus que
permanece até hoje, a Espanha também tem entre os seus tesouros três relíquias
importantes de Cristo.
Estas
relíquias são o Santo Cálice ou Santo Graal que está guardado na Catedral de
Valência (Espanha); o Sudário de Oviedo, pano que cobriu o rosto de Jesus; e o
Lignum Crucis, um pedaço da cruz do Senhor.
Estas
relíquias foram estudadas em profundidade e permitem aproximar-se um pouco mais
da Paixão de Cristo.
O Santo Cálice da Última Ceia
Segundo a
tradição, o cálice que Jesus usou na Última Ceia, o Santo Cálice ou Santo
Graal, é o objeto sagrado preservado na Catedral de Valência, (Espanha).
Este vaso
sagrado é formado por um copo de cristal de ágata, uma base e duas alças. O que
se sabe é que somente o copo de cristal de ágata teria sido usado por Jesus. A
base e alças com pedras preciosas foram inseridas durante a época medieval.
Segundo o
Pe. Jaime Sancho, custódio do Santo Cálice na Catedral de Valência, o estudo
mais completo deste objeto foi realizado em 1960 e demonstrou que existe um
alto grau de provas que confirmem a autenticidade desta relíquia.
“Nenhum
estudo arqueológico posterior desmentiu esta pesquisa. É o único cálice que
resistiu a críticas e investigação histórica”, assegurou o Pe. Sancho em
entrevista concedida ao Grupo ACI em julho de 2016.
“Quando
uma pessoa olha para esta relíquia descobre o amor de Deus na Eucaristia e isso
é o que converte”, assegurou o sacerdote e precisou que durante esses anos que
ele é custódio do Santo Cálice viu “muitas pessoas” chorarem ao ver esta
relíquia “e perceber o quanto Deus nos ama, o quanto Deus está esperando por
mim e me esperar nas coisas mais simples e pequenas”.
O Santo
Cálice teve uma relação muito especial com os Papas. De fato, quatro Pontífices
se relacionaram com ele: São João XXIII concedeu indulgência plenária na festa
do Santo Cálice celebrada no dia 30 de outubro; São João Paulo II o venerou na
Catedral de Valência e consagrou com ele durante a sua visita à Espanha em
1982.
Bento XVI
o usou durante a Missa do V Encontro Mundial das Famílias, realizada em
Valência em 2006 e o Papa Francisco concedeu a celebração do Ano Santo do
Cálice que começou no dia 29 de outubro de 2015 e terminou em novembro de 2016,
junto com o Ano da Misericórdia. O Ano Jubilar do Santo Cálice é celebrado regularmente
a cada cinco anos.
O Sudário de Oviedo
Segundo a
tradição, o sudário que cobria o rosto de Jesus está guardado na Catedral de
Oviedo e é exposto ao público apenas três vezes por ano: na Sexta-feira Santa;
no dia 14 de setembro, dia da Santa Cruz; e em 21 de setembro, festa do
Apóstolo São Mateus, padroeiro da cidade espanhola.
Os
apóstolos veneraram em Jerusalém as relíquias da Paixão, incluindo o Sudário,
durante os primeiros anos do cristianismo. Com a invasão dos persas no século
VII, conseguiram salvá-lo e foi levado à Espanha.
Jorge
Manuel Rodríguez Almenar, presidente do Centro Espanhol de Sindonologia,
explicou em diversas ocasiões que os estudos mostram que todos os elementos do
Sudário de Oviedo coincidem com os do Santo Sudário.
O último
estudo realizado pela Universidade Católica de Murcia, na Espanha, concluiu que
ambos os panos envolveram a mesma pessoa. Também precisou que o homem do Santo
Sudário e do Sudário de Oviedo sofreu a mesma ferida no lado.
Algo que
está de acordo com o que foi relatado no Evangelho de João, quando diz: “Mas,
vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas. Contudo um dos
soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”.
Lignum Crucis: Uma relíquia da Cruz de Cristo
O
mosteiro franciscano de Santo Toribio de Liébana, na Cantábria, guarda há mais
de 1200 anos um grande pedaço da Cruz de Jesus.
Esta
relíquia é conhecia pelo seu nome em latim Lignum Crucis, que significa lenho
ou madeira da Cruz. Este objeto sagrado corresponde à madeira horizontal do
lado esquerdo.
Santa
Helena, mãe do imperador Constantino, decidiu conservar as relíquias da Paixão
do Senhor. Uma delas foi a Cruz, que chegou à Espanha no século XVI, com os
restos de Santo Toribio, que tinha sido custódio dos lugares santos em
Jerusalém.
Em 1958,
realizaram alguns testes para comprovar a sua autenticidade e “confirmaram que
a madeira é de uma árvore que existe na Terra Santa e que tem uma idade
superior a 2000 anos”, assegurou ao Grupo ACI o Pe. Juan Manuel Núñez, superior
do convento de Santo Toribio de Liébana.
Além
disso, o DNA da relíquia coincide com o de outros pedaços menores da cruz
conservados em diferentes lugares do mundo.
“A maior
prova de veracidade das Lignum Crucis são todas as conversões que ocorrem no sacramento
da confissão no mosteiro”, afirma o sacerdote.
Segundo o
Pe. Nunez, o Lignum Crucis fala, “através de uma linguagem silenciosa, do amor
de Deus que se entrega ao coração de todos os homens. Um amor que ficou marcado
para sempre na Cruz e que diz a todos: ‘Embora não saibam lê-lo aqui diz como e
quanto os amo’”.
Desde o
século XVI se celebra o Ano Jubilar Lebaniego Santo Toribio de Liébana. Este
Ano Santo ocorre cada vez que o dia 16 de abril (festa de Santo Toribio) cai em
um domingo. Como o dia 16 de abril de 2017 coincide com o Domingo de
Ressurreição, o início deste Ano Santo começará no dia 23 de abril.
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