"Deixai vir a mim os pequequinos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham"
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
A SOLICITUDE PELA SAÚDE PÚBLICA
Pe. Gilberto Kasper*
Sabemos que surgem sempre ameaças de novas doenças, que assustam. Não basta empenhar-se na cura de quem já está infectado. É preciso ir às causas. Citemos a calamidade da AIDS. Está ligada a uma série de comportamentos humanos, que estão longe de serem recomendados. É preciso apelar para a responsabilidade nesses campos, tanto no que diz respeito ao uso de drogas, que virou o grande pesadelo de nossos tempos, como a todo campo de doenças sexualmente transmissíveis. É preciso advertir acerca das consequências para, depois, não se limitar a chorar sobre o leite derramado.
Não há dúvida de que um dos fatores decisivos para a prevenção das doenças é a higiene e uma vida regrada. Mas é também preciso advertir sobre o exagero, que chega até o escrúpulo e à ansiedade, que se incute e implanta nesse campo. Vida saudável não é só comida e bebida saudáveis, mas também alegria e paz, convivência harmônica e fé, descanso e trabalho, exercício físico e mental... Temos que aprender a viver em cidade, criando hábitos urbanos, mas também tornando a cidade mais humana, com espaços para o lazer e para a convivência salutar. A solicitude pela saúde pública vai desde a água potável ao esgoto, desde o ar respirável ao ambiente de relativa tranquilidade, que evite o barulho desmesurado e o trânsito caótico. Cuidar da saúde não é, em primeiro lugar, cuidar de hospitais e postos de saúde, mas criar as condições que a promovam. Ou seja, cuidar da saúde, não se reduz às terapias que se ocupam com as doenças e enfermidades.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como expressão de uma inter-relação entre três níveis vitais: o físico, o psíquico e o social. Com isso, demonstra que não existe saúde sem os requisitos fundamentais da educação, da habitação, da alimentação, da equidade, da paz, da justiça social e da fé.
Com grande esperança em nossos eleitos para governar nossas cidades nos próximos quatro anos, confiamos que se realizem de verdade, as promessas elencadas nos “projetos que nortearam as campanhas eleitorais”. Exercendo nossa cidadania, ficaremos atentos e cobraremos com veemência tudo o que nos foi prometido!
Precisamos descobrir entre nós, verdadeiros líderes, que nos desacomodem da passividade. Tenhamos consciência de nossa participação ativa na elaboração das leis, bem como de suas devidas aplicações. Sem nossa participação não teremos como cobrar e nem esperar melhorias. A Santo Antoninho que o diga, esperando há 5 anos!
*pe.kasper@gmail.com
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