"Deixai vir a mim os pequequinos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham"
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
É MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR
Pe. Gilberto Kasper
pe.kasper@gmail.com
Mestre em Teologia Moral, Especialista em Bioética, Ética e Cidadania, Professor Universitário, Assistente Eclesiástico do Centro do Professorado Católico, Reitor da Igreja Santo Antônio, Pão dos Pobres da Arquidiocese de Ribeirão Preto e Jornalista.
A Filosofia estabelece o princípio: “sublata causa tollitur effectus”, que, traduzido, garante que eliminando a causa cessa o efeito. O glossário popular sentencia que é melhor prevenir do que remediar.
Se isso vale em todos os campos, aplica-se particularmente à saúde. É preciso prevenir as doenças para garantir a saúde. Começa pela boca. Não só pelos cuidados com a higiene, com a escovação dos dentes, como com todo alimento que se ingere. Uns fazem mal aos dentes, outros ao estômago, outros aos rins, outros ao sistema nervoso etc. Quem sabe alimentar-se adequadamente corre menos perigo de ficar doente. A solução preventiva está na dosagem da dieta.
Além da boca, corremos hoje uma infinidade de riscos de acidentes e de violência. É possível cuidar-se mais, evitando os perigos, que nos rondam de todos os lados. A imprudência está na raiz de muitos males que nos acometem, conforme afirma Dom Dadeus Grings em sua Cartilha da Saúde, que nos autorizou a reproduzir suas ideias publicadas em seu material, partilhando-as com nossos leitores tão diletos.
A saúde não é apenas questão pessoal. Integra as exigências do bem comum. Por isso, procede-se a uma vacinação em massa, para prevenir e, consequentemente, eliminar o perigo de alastramento de pestes. Estamos, hoje, bem mais seguros que nas épocas anteriores à vacinação. A população inteira é imunizada contra certas doenças, que antigamente constituíam graves pesadelos e dizimavam populações inteiras.
Quando eu era criança, a pessoa que morria aos 60 anos de idade, morria velha. Muitas delas nem sabiam de que morriam. A medicina, embora menos desenvolvida, era mais preventiva. Mas não havia o hábito de refazer os chamados “exames de rotina”, anualmente. Hoje, quando a pessoa morre aos 80 anos de idade, lamentamos com comentários, como: “Mas ainda era tão jovem e já faleceu?”. Com o avanço da medicina ocorre uma tendência de esticar a vida. O que se torna um desafio para o Estado é a manutenção de um povo que vive mais, sem produzir. É lamentável quando se culpa os Pensionistas e Aposentados de causarem os chamados “rombos na Previdência”. Pessoas que gastaram a vida pelo desenvolvimento de uma Nação, acusados de “pesadelos econômicos”. Oxalá saibamos reconhecer e respeitar mais nossos idosos, proporcionando-lhes vida e saúde dignas.
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