COMENTANDO A PALAVRA DE DEUS
Meus queridos Amigos e
Irmãos na Fé!
“Alegremo-nos todos no Senhor:
Hoje nasceu o Salvador do mundo,
Desceu do céu a verdadeira paz!”(Sl
2,7).
ANÚNCIO NATALINO
“Transcorridos muitos séculos desde que Deus criou o mundo
e fez o homem à sua imagem,JESUS CRISTO DEUS ETERNO E FILHO DO ETERNO
PAI,
querendo santificar o mundo com a sua vinda,
foi concebido por obra do Espírito Santo e se fez homem; transcorridos nove meses
nasceu da Virgem Maria em Belém de Judá.Eis o Natal de Nosso Senhor Jesus
Cristo segundo a natureza humana.Venham, adoremos o Salvador.Ele é Emanuel,
Deus Conosco.”
(Liturgia
Diária de Dezembro de 2014 da Paulus, p. 76)
Nosso Comentário da Palavra da Solenidade do Natal do Senhor,
tentará, resumidamente abordar as Celebrações da Noite de dia 24 e do Dia 25 de
Dezembro!,
Procurar
Por isso, “Exultemos
todos no Senhor: nasceu o salvador do mundo, do céu desceu a verdadeira paz e
felicidade. Na fragilidade da criança, contemplamos a revelação de Deus na
história da humanidade. Deus se encarna no humano para nos tornar mais divinos.
Todos
somos convidados a formar coro com os anjos: glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra às pessoas de boa
vontade. Jesus chegou até nós, trazendo-nos a salvação. Chegou a salvação
dos pobres e oprimidos (Is 9,1-6). Por
meio de Jesus, Deus entra na história da humanidade para dela fazer parte (Lc
2,1-14). A graça de Deus traz salvação a toda a
humanidade (Ler Tt 2,11-14).
Cristo,
que nasce pobre em Belém, está entre nós na simplicidade do pão que
compartilhamos, dando graças ao Pai. Com Maria e os pastores, reconheçamos e
adoremos nosso Senhor.
As promessas de Deus se cumprem: um menino nasceu para nós; ele é o
príncipe da paz e a luz que brilha para o mundo, afastando toda treva. Na
fragilidade da criança, Deus se torna presente em nosso meio. A palavra se fez
pessoa e veio morar junto conosco.
A
luz se manifestou para iluminar os caminhos da humanidade, que anseia por paz e
fraternidade. Acolhamos com alegria a palavra de Deus, força de vida e
salvação. Deus vem trazer-nos paz e salvação. A palavra de Deus torna-se carne
e habita entre nós. Ele nos fala diretamente por meio de seu Filho.
Louvemos
o Pai porque, com a encarnação de seu Filho, possibilita o encontro do divino
com o humano. A palavra eterna do amor de Deus se fez homem, e nós vimos
brilhar a sua luz” (cf. Liturgia Diária de Dezembro de 2014 da Paulus, pp. 74-84).
Gosto muito da frase que
se pronuncia, geralmente em voz baixa, durante o canto da preparação das
oferendas na Missa, enquanto se coloca uma gota de água no cálice de vinho: “Pelo mistério desta água e deste vinho,
possamos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa
humanidade”. Penso que esta afirmação deveria ser dita em voz alta, pois
sintetiza o evento do Natal do Senhor! Nossa participação
de toda a História da Salvação é apenas uma gotinha de água, o mínimo,
unicamente o esforço por acolher A
palavra de Deus que se faz Pessoa igualzinha a nós em tudo, menos no
pecado, remetendo-nos ao mais profundo conhecimento de Deus, na meiguice de um
recém-nascido. Todo o resto Deus mesmo realiza em nós, na medida em que o
permitimos agir.
A Natividade de Jesus é uma festa
antiga. Esta celebração deita suas raízes na veneração da gruta em que o Senhor
nasceu. No rito romano, como liturgia orgânica e já instituída somente tem-se
notícia a partir do século IV, quando aparece pela primeira vez a data de 25 de
dezembro, segundo os testemunhos de um antigo documento chamado Cronógrafo Romano.
O que se celebra nesta
liturgia é bem mais do que o aniversário do nascimento histórico de Jesus. É,
em suma, a celebração de sua Páscoa vista sob a perspectiva de sua entrada no
horizonte da história humana de modo inaudito e admirável, como sugere a
bucólica cena do nascimento narrado no Evangelho de Lucas. Embora se possa (e
deva!) localizar os feitos maravilhosos do Senhor no âmbito da história humana,
que o ocidente convencionou consignar em “passado – presente – futuro”, a ação
divina sempre precede e supera os nossos limites temporais e espaciais. Por
isso, a liturgia divina quando celebrada se torna uma espécie de parêntesis no
tempo cronológico, como momento da história da salvação que nos alcança aqui e
agora, um acontecimento que deve ser lembrado em todo tempo e lugar.
A celebração da Natividade
do Senhor é festa de sua manifestação na carne, isto é, Deus vindo ao
encontro da humanidade como pessoa humana: “sob
véus de humildade podemos ver” o Deus invisível e eternal grandeza (Adeste Fidelis – Cristãos, vinde todos).
Para Agostinho, no século
V, a celebração do Natal do Senhor não tinha sentido de sacramento, era a recordação da Natividade de Jesus. Para
o bispo de Hipona, o único sacramento
era a Páscoa, pela qual os seres humanos e a criação inteira tinham sido
reintegrados à sua origem, que é o próprio Deus, sumo bem. Será Leão Magno, no
mesmo século e alguns anos mais tarde quem encontrará o sentido mistérico e por
isso, sacramental, do Natal do Senhor. Para ele, a Natividade,
celebração da encarnação do Verbo, está intimamente ligada à Páscoa. É seu
início, pois, quando a Igreja celebra esta solenidade, comemora o aspecto do
novo nascimento dos fiéis para uma vida redimida: ‘No momento em que vosso Filho assume nossa fraqueza, a natureza humana
recebe uma incomparável dignidade: ao tornar-se um de nós, nós nos tornamos
eternos’. Fica evidenciado o aspecto sacramental
e pascal do Natal do Senhor.
Gosto de pensar como Deus dribla a
humanidade, nascendo numa manjedoura, entre animais. Como se não bastasse, se
permite anunciado em primeiro lugar aos mais simples dos simples: os pastores, durante uma fria madrugada.
Talvez os únicos acordados naquela noite. Certamente os mais sensíveis e talvez
os mais disponíveis para ouvir o jubiloso anúncio dos Anjos: “Glória
a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade”, isto é,
aos homens
e mulheres de coração aberto para acolher, como que uma “manjedoura”, um
recém-nascido envolvo em panos, Emanuel, o DEUS CONOSCO, a meiguice
e fragilidade de um bebê. Simplesmente uma criança. Isto me convence que Deus é
muito mais simples do que O complicamos! Basta estar aberto, atento,
ser hospitaleiro e acolhedor. Basta ler a face do Senhor no semblante do Outro!
Feliz e santo
Natal a todos!
Pe. Gilberto Kasper
(Ler Is
52,7-10; Sl 97(98); Hb 1,1-6 e Jo 1,1-18).
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